segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Santa Colomba de Córdoba, Mártir – 17 de setembro

Martirológio Romano: Em Córdoba na Andaluzia, Espanha, Santa Colomba, virgem e mártir, que durante a perseguição dos mouros professou espontaneamente a sua fé diante de juízes e do conselho da cidade, e foi prontamente decapitada pela espada diante das portas do palácio

     Santa Colomba viveu na cidade de Córdoba, Espanha, sob o domínio muçulmano durante o século IX.
     Colomba foi uma das flores mais formosas que a Igreja moçárabe produziu na Córdoba desses dias. "Formosíssima e nobilíssima, espelho e norma de santidade para todos os cordobeses", escreveu dela seu pai espiritual e panegirista Santo Eulógio de Córdoba, que dedica a ela o cap. X do 1. III do seu Memoriale Sanctorum (PL, CXV, coll. 806-12). Santo Eulógio também diz dela: “perfeita na castidade, firme na caridade, constante na oração, pronta em obedecer, propensa à misericórdia, fácil no perdoar, atenta no ensino, disposta a ensinar”.
     Colomba foi uma das discípulas prediletas e mais fervorosas do grande santo. Esta jovem nobre cordobesa havia escutado as pregações de Santo Eulógio e daí veio sua conversão. Lutou contra o parecer de sua família para entrar no Mosteiro de Tábanos (Córdoba), onde era abade do mosteiro duplo (masculino e feminino) seu irmão Martim - este mosteiro fora fundado por sua irmã Isabel e pelo marido desta, São Jeremias mártir. Após a morte de sua mãe conseguiu realizar seu desejo.
     Ali, Colomba entregou-se de cheio às mais duras práticas da vida monástica. Ela e sua irmã Isabel dirigiam o mosteiro, inculcando nas almas jovens e ternas de suas discípulas os altos e luminosos ideais da perfeição cristã. Sua alma ardia de vivos desejos de voar para Cristo, para viver eternamente ao lado de seu Amado. Suas irmãs a ouviam muito frequentemente cantar com sua bela voz a Antífona da liturgia visigoda: “Abri-me, Senhor, as portas de tua glória para que volte àquela pátria onde não existe a morte, onde a doçura do gozo é perpetua!” Colomba chegou a ser eleita abadessa.
     Em 852 acontecera um concílio dos bispos em Córdoba, no qual, para evitar abusos, provocações e desordens, fora proibido aos cristãos de apresentar-se espontaneamente ao martírio. Mas Colomba, seja porque ignorasse o decreto, ou movida por impulso interior, abandonou secretamente o mosteiro e se apresentou aos juízes declarando-se cristã e convidando-os a abandonar o erro. Levada diante do conselho da cidade (satrapum concilio) defendeu a fé católica e proclamou sua dedicação total a Nosso Senhor Jesus Cristo.
     Foi decapitada no dia 17 de setembro de 853 diante do palácio do governo, depois de ter oferecido um dom aos seus assassinos. O seu corpo, lançado no Rio Guadalquivir e encontrado ileso e integro depois de seis dias, foi sepultado na Basílica de Santa Eulália.
     As relíquias de Santa Colomba, segundo consta, foram transportadas mais tarde para a Abadia de Santa Maria de Nájera e para o priorado, dependente dessa, de Santa Colomba. Sua festa é celebrada em grande parte da Espanha do dia 17 de setembro.

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