Na Polônia, o Terceiro Reich nazista colocou o clero no programa de submissão, porque constituía a classe dirigente da Nação e tinha grande influência sobre o povo, o que o tornava particularmente perigoso.A Bielorrússia era tratada com a mesma desconfiança, pois a “classe dirigente” a ser eliminada compreendia os sacerdotes e as religiosas.Depois de todas as restrições econômicas, de culto, de todas as atividades pastorais e espirituais, chegou a vez da eliminação física dos mesmos, geralmente sob a acusação de terem tido contato com familiares de pessoas aprisionadas ou fuziladas, ou de ter ajudado prisioneiros russos, hebreus etc.Somente na região de Nowogródek, no oeste da Bielorrússia, entre 1942 e 1943, sessenta sacerdotes e religiosas foram mortos, nenhum foi levado para os campos de concentração: preferiam fuzilá-los ou sufocá-los com gás, e em alguns casos as vítimas foram queimadas vivas.As onze religiosas mártires da Congregação das Irmãs da Sagrada Família de Nazaré, faziam parte da Casa de Nowogródek, e quando, pela metade de julho de 1943, a Gestapo prendeu cerca de 120 habitantes da região, elas se declararam prontas a dar suas vidas no lugar daqueles que tinham família. Assim, no dia 31 de julho à tarde, foram convocadas ao comissariado.Para lá foram elas acreditando que, por não terem feito nenhum mal, no máximo seriam deportadas para a Alemanha para os trabalhos forçados. Mas logo se desiludiram, porque a Gestapo as mandou transportar num caminhão e a 3 km de distância pretendiam fuzilá-las. Entretanto, a presença de camponeses que se retiravam do campo tornou o ato impossível naquele momento. Levaram-nas de volta ao comissariado e as colocaram na cantina, não na prisão.As onze irmãs passaram a noite em oração e na manhã seguinte, 1º de agosto de 1943, os algozes vieram buscá-las, encontrando-as imersas em profunda paz. A 5 km de Nowogródek, foram fuziladas e com elas um jovem bielo-russo.A população local imediatamente tributou veneração pelas irmãs martires, sendo que muitas graças foram obtidas por sua intercessão.Irmã Maria Estela do Santíssimo Sacramento (Adelaide Mardosewiz) era a superiora da Casa e tinha 55 anos. Ela já havia dirigido as irmãs durante a ocupação soviética (1933-41), quando sofreram a espoliação do hábito e a dissolução da Casa. Depois de terem se reunido novamente, enfrentou a ocupação alemã. Mulher de grande fé soube infundir nas irmãs o espírito de sacrifício que as levou ao martírio.
"O encanto grandioso e delicado da Cristandade não provém tanto do que ela realizou, como da harmonia profunda e da veracidade cintilante dos princípios sobre os quais ela construiu". Graças a Igreja Católica a mulher foi elevada a uma dignidade nunca antes atingida. Essas mulheres virtuosas também contribuíram para a grandeza da Cristandade. Aquelas glorificadas pela Igreja, o foram para que as mulheres de todos os tempos as tomassem como exemplo.
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