out 01 Santa Teresa do Menino Jesus (de Lisieux), Virgem e doutora da Igreja MR out 01 Santas Máxima e Júlia, Martires MR out 01 Beata Cecília Eusepi, Terciária servita out 01 Beata Florença Caerols Martinez, Virgem e mártir MR out 02 Beata Emília de Villeneuve, Fundadora out 02 Beata Maria Antonina (Maria Anna) Kratochwil, Virgem e mártir MR out 02 Beata Maria Guadalupe Ricart Olmos, Virgem e mártir MR out 03 Beata Agostinha da Assunção, Virgem mercedária out 03 Beata Madalena a Maior, Virgem mercedária out 03 Beata Maria da Santíssima Trindade, Virgem mercedária out 03 Santa Cândida de Roma, Mártir MR out 04 Santa Áurea de Paris, Abadessa MR out 04 Santa Damarides, Mulher de São Dionísio o Areopagita out 05 Santa Maria Faustina Kowalska, Virgem MR out 05 Santa Caritina, Martir MR out 05 Santa Mamlacha, Virgem e mártir MR out 05 Beata Ana Schaeffer MR out 05 Santa Túlia, Venerada em Manosque out 06 Santa Maria Francisca das Cinco Chagas (Ana Maria Gallo), Religiosa MR out 06 Santa Alberta, Virgem e mártir out 06 Santa Fe de Agen, Mártir MR out 06 Beata Maria Rosa (Eulália Melânia) Durocher, Fundadora MR out 07 Santa Júlia de Augusta, Virgem e mártir out 07 Santa Justina de Pádua, Mártir MR out 07 Beatas Inês, Madalena, Catarina, Branca e Mariana, Mercedárias out 08 Santa Benedita de Origny-sur-Oise, Mártir out 08 Santa Pelágia MR out 08 Santa Ragenfreda (Ragenfrida), Abadessa MR out 08 Santa Reparata de Cesareia da Palestina, Mártir MR out 08 Santa Tais (Taide), Penitente out 08 Santas Paládia e Lourença, Mártires out 09 Santa Públia de Antioquia MR out 10 Santa Eulampia e S. Eulampio, Irmãos Mártires MR out 10 Santa Tanca, Mártir MR out 10 Santa Teodequildes (Telquilde), Abadessa MR out 10 Beata Ângela Maria Truszkowska MR out 10 Beata Maria do Esponsalício (Ma. Catarina Irigoyen Echegaray), Virgem out 11 Santa Maria Desolada (Soledad) Torres Acosta, Fundadora MR out 12 Santa Domnina de Anazarbo e S. Donnino Mártires MR out 13 Santa Parasceve a Jovem, Eremita out 13 Santa Quelidônia de Subiaco, Solitária MR out 13 Beata Alexandrina Maria da Costa MR out 13 Beata Madalena Panattieri, Dominicana MR out 14 Santa Angadrisma, Abadessa MR out 14 Santa Manequilde, Virgem MR out 14 Beata Ana Maria Aranda Riera, Virgem e mártir MR out 15 Santa Teresa de Jesus (d'Avila), Virgem e Doutora da Igreja MR out 15 Santa Tecla de Kitzingen, Abadessa MR out 15 Santa Madalena de Nagasaki, Mártir do Japão MR out 15 Santa Aurélia de Strasburgo out 15 Santa Eusébia, Virgem de Vercelli out 15 Santa Fortunata, Mártir venerada em Patria out 15 Santa Sofia (Suia), Virgem e mártir out 15 Beata Aurélia de Ratisbone, Reclusa out 15 Beata Elisabete de Hoven, Monja out 15 Beata Filipa de Chantemilan out 16 Santa Edviges, Religiosa, Duquesa da Silésia e Polônia MR out 16 Santa Margarida Maria Alacoque, Virgem MR out 16 Beata Lutgarda de Wittichen, Abadessa out 16 Santa Bonita de Brioude MR out 17 Beata Tarsília Cordoba Belda, Viúva, mártir MR out 17 Beatas Maria Natália de S. Ludovico Vanot e 4 comp. Mártires MR out 18 Beata Margarida Tornielli, Clarissa out 19 Santa Fridesvida, Abadessa MR out 19 Santa Laura de Córdoba, Mártir out 19 Beata Inês de Jesus (Galand) de Langeac, Dominicana MR out 19 Beata Sancha de Aragão, Virgem mercedária out 19 Santa Cleópatra out 20 Santa Maria Bertila Boscardin, Virgem MR out 20 Santa Adelina de Mortain, Abadessa MR out 20 Santa Irene de Portugal, Mártir out 20 Beata Maria de Jesus, Virgem mercedária out 21 Beata Laura de Sta Catarina de Siena Montoya y Upegui, Fundadora MR out 21 Santa Celina de Meaux, Virgem out 21 Santa Celina Mãe de S. Remígio MR out 21 Santa Córdula, Mártir em Colônia out 21 Santa Letícia out 21 Santa Odília, Mártir out 21 Santa Úrsula e companheiras, Mártires MR out 21 Santa Zaíra, Mártir out 22 Beata Lúcia Bartolini Rucellai, Monja out 22 Santa Esclaramunda, Rainha de Maiorca, mercedária out 22 Santas Nunila e Alódia, Martires MR out 23 Santa Elfrida (Etelfrida) de Ramsey, Abadessa MR out 23 Santa Odalberta, Viúva, Duquesa da Aquitânia out 23 Beata Catarina da Bósnia, Rainha, Terciária franciscana out 23 Beata Maria Josefina (Ana Josefa) Leroux, Ursulina, mártir out 23 Beatas Maria Clotilde Ângela de S. Fco Borja Paillot e 5 comp. Mártires MR out 24 Santas Petronilha e Pôncia, Abadessas premostratenses out 25 Beata Maria Teresa Ferragud Roig e 4 filhas irmãs Mártires MR out 25 Santa Canna, Mulher de São Sadwrn out 25 Santa Daria, Mártir MR out 25 Santa Tabita de Ioppe, Viúva out 25 Santas Daria e Derbilia de Connaught, Mártires out 26 Beata Celina Chludzinska Borzecka, Viúva, fundadora out 27 Beata Emelina, Eremita e conversa cistercense out 27 Santa Balsâmia out 28 Santa Cirila de Roma, Virgem e mártir out 28 Santas Sabina e Cristeta, Mártires MR out 29 Beata Clara Luce Badano, Jovem focolarina out 29 Santa Ermelinda, Virgem do Brabante out 30 Beata Benvinda Boiani, Virgem MR out 30 Santa Eutrópia de Alexandria, Mártir MR out 31 Beata Maria de Requesens, Virgem mercedária out 31 Beata Maria Puríssima da Cruz (Maria Isabel Salvat Romero) Virgem
"O encanto grandioso e delicado da Cristandade não provém tanto do que ela realizou, como da harmonia profunda e da veracidade cintilante dos princípios sobre os quais ela construiu". Graças a Igreja Católica a mulher foi elevada a uma dignidade nunca antes atingida. Essas mulheres virtuosas também contribuíram para a grandeza da Cristandade. Aquelas glorificadas pela Igreja, o foram para que as mulheres de todos os tempos as tomassem como exemplo.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Santas festejadas no mês de outubro
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Santa Lioba, Abadessa - Festejada 28 de setembro
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Santa Teresa Couderc, co-Fundadora - Festejada 26 de setembro
No dia 2 de fevereiro de 1805, os sinos de Sablières, um recanto perdido do Alto-Ardèche, anunciaram a entrada na Igreja de Maria Vitória, que nascera na véspera no lar de Cláudio Couderc e Ana Méry.A infância de Maria Vitória transcorreu no amor de uma família modesta, mas muito unida; era a segunda dos 10 filhos. Por João, o mais velho de seus oito irmãos, que viria a ser padre, Maria tem uma afinidade especial.Aos 17 anos, seus pais puderam enviá-la para o colégio das Irmãs de São José, em Vans. Maria sente cada dia mais a sede de conhecer e amar a Deus.Na primavera de 1825, o pai vai buscá-la em Vans. Toda a família ia participar de uma missão que aconteceria em Sablières para estimular a fé e a vida cristã da paróquia. Os pregadores vinham de Lalouvesc, centro de Missões diocesanas e de peregrinações.Entre os pregadores, o Padre Estevão Terme, apóstolo inflamado, a quem Maria Vitória confia seu desejo de ser toda de Deus. Ele reconheceu nela as disposições naturais e sobrenaturais que a tornavam capaz de um amor absoluto. “Dêem-ma e farei dela uma religiosa”, disse ele a Cláudio Couderc.Em Lalouvesc, o túmulo de São Francisco Régis atraía as multidões, e o padre Terme via com pesar que as peregrinações eram ocasião de desordens. Tomou então a iniciativa de abrir uma casa destinada a acolher senhoras e moças, casa que confiou a algumas das Irmãs de São Régis, pequena Comunidade fundada por ele.Em 1826, Maria Vitória ingressa no pequeno noviciado de Vals, onde, sob a direção da Irmã Clara, o Padre Terme reunia as vocações colhidas nas suas andanças apostólicas. Maria Vitória recebe o nome de Irmã Teresa. Em 1826-27, nascia a Congregação de Nossa Senhora do Retiro no Cenáculo, em Lalouvesc, no meio de um povo cuja fé fora abalada pela ignominiosa Revolução Francesa.Em 1828, os acontecimentos o levam o Padre Terme a nomear Irmã Teresa como Superiora, se bem que esta tivesse apenas 23 anos. Durante esse tempo, aos olhos dos homens, Madre Teresa capina os jardins, lava a louça, mergulha no silêncio e na sombra. Como a semente, escondida na terra, morre para virem os frutos.Madre Teresa logo percebeu que o acolhimento dado a qualquer pessoa que se apresentasse era incompatível com as exigências de uma vida religiosa e um serviço apostólico autênticos. Pediu e obteve permissão do Padre Terme para serem recebidas apenas as peregrinas que aceitassem fazer de sua estada um tempo de oração mais intenso; ela sugeria de 3 a 9 dias de retiro.No outono de 1829, ao fazer seu próprio retiro, o Padre Terme descobre os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola. Ficou entusiasmado e quis que as Irmãs também os experimentassem imediatamente. Em seguida ordenou-lhes utilizar daí em diante, junto às pessoas acolhidas na Casa, esta forma de retiro que unia tão intimamente a experiência de oração e a reflexão sobre os mistérios da fé.Conduzidos pelo Espírito de Deus, que lhes indicava o retiro e a instrução religiosa como os meios para atingir seus objetivos, os fundadores visavam a renovação da fé e a extensão do Reino de Deus.Em 1831, o Padre Terme consagra os bens e as pessoas da comunidade ao Sagrado Coração de Jesus pelas mãos de Maria Santíssima. Em 1832, Madre Teresa se torna superiora geral de todas as comunidades fundadas pelo Padre Terme; Lalouvesc torna-se então a Casa Mãe.O Padre Terme inicia uma missão em Viviers, depois vai a Lanarce, e finalmente a sua aldeia natal, Le Plagnal. Ali, esgotado por seu intenso ministério e minado pela febre, falece no dia 12 de dezembro de 1834, na idade de 43 anos. Em seu testamento ele confia sua obra a Madre Teresa, que tinha então 29 anos.Madre Teresa pediu então ao bispo que a comunidade fosse confiada ao Padre Renault, o Provincial dos Jesuítas da França. Ela dirige a pequena Congregação com o apoio dos jesuítas e colabora com eles.Alguns anos de paz e de vida apostólica são quebrados pela separação dolorosa das Irmãs de São Regis, que iam cuidar das escolas, e as Irmãs do Retiro (mais tarde Nossa Senhora do Cenáculo).Esgotada, Madre Teresa adoece e deve repousar em Nossa Senhora d’Ay. Em 15 de agosto de 1837, em sua oração, Madre Teresa foi impelida a confirmar e ampliar um ato do Padre Terme, consagrando novamente a Congregação a Nossa Senhora. Com profunda humildade, percebeu o que lhe parecia ser a vontade de Deus: entregou-se a ela plenamente e demitiu-se de toda autoridade.Em outubro de 1838, de acordo com o Bispo de Viviers, o Padre Renault demite Teresa e nomeia a Sra. de Lavilleurnoy, uma viúva que entrara na comunidade. Logo o Padre Renault se deu conta de seu erro e a demite. Ela deixara a comunidade em plena desordem.O Padre Renault estava prestes a dar novamente a responsabilidade da Congregação a Teresa, mas ela se esconde no silêncio e na humildade, e encoraja as Irmãs a elegerem Madre Charlotte Contenet. Esta consegue reverter a situação e a Congregação se desenvolve. Mas, ela confina Teresa nos trabalhos mais humildes e penosos, mantendo-a a distância da comunidade.Teresa e uma outra Irmã são enviadas para limpar uma casa que seria usada em um projeto de fundação em Lyon. Vendo que o local não era conveniente, ela toma a iniciativa de procurar um outro local e de assinar a compra de um terreno na colina de Fourvière. Madre Contenet descobre então as capacidades e o devotamento de Teresa, que recupera sua confiança.Em 1844, uma comunidade se instala em Fourvière e Teresa é nomeada assistente. A Congregação adota o nome de Nossa Senhora do Cenáculo. Em 1850, uma fundação feita em Paris tem uma superiora que fomenta um projeto de cisão. Teresa é enviada a Paris para conter a crise e acalmar os espíritos. No final de 1856, ela se torna superiora da comunidade de Tournon. Em 1860, é nomeada assistente da superiora de Montpellier.Em 1867, Madre Teresa volta para Lyon, que não deixaria mais. Embora não tenha mais funções de autoridade, ela continua envolvida no apostolado: encarregada dos catecismos; da formação dos adultos e dos adolescentes, preparando-os para os sacramentos; ela acompanha as retirantes.Madre Teresa se vê mais e mais cercada de estima e de afeição; as retirantes bem como as Irmãs se beneficiavam de todos os recursos de seu coração, da sua oração e da sua experiência.Em 1877, a nova superiora geral, sabedora das diversas crises enfrentadas pela Congregação, faz reconhecer oficialmente Madre Teresa como sua co-fundadora com o Padre Terme. Em 1878, católicos leigos são ligados a Congregação.Santa Teresa Couderc morre no dia 26 de setembro de 1885, no Cenáculo de Fourvière. Seu corpo é transferido para Lalouvesc.Ela foi declarada Beata por Pio XII em 4 de novembro de 1951, e canonizada no dia 10 de maio de 1970 por Paulo VI. A aldeia de Lalouvesc (Ardèche), local de peregrinação a São João Francisco Regis, tornou-se também local de peregrinação a Santa Teresa Couderc.A aprovação definitiva das Constituições da Congregação pela Santa Sé, que ocorreu em 1886, confirmou a orientação da fundação e reconheceu sua missão na Igreja.Meu Deus, fazei que eu Vos ame como me amastes, que eu Vos ame como o mereceis, que eu Vos ame no tempo e na eternidade. Senhor Jesus, eu me uno a vosso Sacrifício perpétuo, incessante, universal. Eu me ofereço a Vós por todos os dias de minha vida e por todos os instantes do dia, conforme vossa santíssima e adorável vontade. Fostes a vítima de minha salvação, quero ser a vítima de vosso amor. Atendei meu desejo, aceitai minha oferta, ouvi minha oração. Que eu viva de amor, que eu morra de amor, e que o último pulsar de meu coração seja um ato do mais perfeito amor. Assim seja!Santa Teresa Couderc
domingo, 25 de setembro de 2011
Beata Ermengarda, Cisterciense - Festejada 25 de setembro
Personagem histórico singular devido às diversas características de sua vida: condessa de nascimento, esposa e viúva por duas vezes, mãe afetuosa e pressurosa, regente de ducado, monja, depois envolvida na política, conciliadora de facções em luta, novamente monja cisterciense, peregrina.Ermengarda, cujo nome deriva do antigo provençal “Ermenjardis”, trazido do alemão arcaico “Irmingard” e que significa “protegida de Odim”, nasceu na metade do século XI em Angers, filha de Fulque IV, Conde de Anjou.Muito jovem, segundo o costume da época, casou-se com Guilherme IX, Conde de Poitiers, de quem se separou em 1091; em 1093, casou-se com Alano IV, Duque da Bretanha.O relacionamento deles foi tempestuoso no início. Ela tentou deixá-lo para entrar para o Convento de Fontevrault, pedindo que seu casamento fosse anulado. Os bispos se recusaram a fazê-lo, mandando-a de volta para seu esposo e exortando-a a aceitar seu lugar como esposa e mãe. O casal deve ter chegado a um entendimento, já que tiveram três filhos: Conan III (m. 17/9/1148), que sucedeu seu pai no ducado; Edviges, que se casou com o futuro Balduino VII de Flandres; Godofredo (m. 1116).A prevalência da paz em seu ducado tornou possível a Alano responder ao chamado do papa Urbano II e, no verão de 1096, ele se juntou à Primeira Cruzada, em companhia de outros senhores bretões. Quando seu esposo partiu para a Cruzada, Ermengarda governou a Bretanha como regente por cinco anos e cuidou da educação de seu filho Conan.Ao retornar da Cruzada, Alano se interessou cada vez mais por assuntos religiosos. Devido à enfermidade, Alano abdicou, em 1112, em favor de seu filho Conan, e se retirou para a Abadia de Saint-Sauveur, em Redon, onde morreu e foi sepultado.Ermengarda também desejava segui-lo nessa escolha e retirou-se no mosteiro feminino de Fontevrault, sob a direção do Beato Roberto d’Arbrissel.À morte do seu esposo, Ermengarda saiu do mosteiro para assumir pessoalmente o papel de conciliadora na província da Bretanha agitada por intrigas de corte e pelos interesses dos nobres.São Bernardo de Claraval (1091-1153), reformador dos cistercienses, enviou-lhe cartas amigáveis, homenageando-a por seu senso de justiça fundamentado na Fé católica. E foi das mãos deste Santo que em 1129, ela recebeu o véu de monja cisterciense no priorado de Larrey, próximo de Dijon.Convidada por seu irmão Fulque, que se tornara Rei de Jerusalém, Ermengarda fez uma rápida peregrinação à Palestina. Ao retornar para a Bretanha, auxiliou na fundação da Abadia Cisterciense de Buzay, perto de Nantes, da qual foi o primeiro abade Nivardo, irmão de São Bernardo.Ermengarda morreu em Larrey no dia 1º de junho de 1147, e foi sepultada em Redon, onde já fora enterrado seu esposo, Alano.O Menológio de Citeaux a comemora no dia 25 de setembro, enquanto que no novo Menológio Cisterciense ela é recordada no dia 31 de maio, mas sem nenhum título.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Beata Emilia Tavernier Gamelin, Fundadora - Festejada 23 de setembro
Emilia Tavernier nasceu em Montreal, Canadá, em 19 de fevereiro de 1800, de pais humildes, mas virtuosos e trabalhadores. Ela é a última de quinze filhos do casal Tavernier-Maurice; seus pais faleceram quando ela era uma menina. Eles deixaram como herança a seus filhos uma educação marcada pela presença da Divina Providência em suas vidas.Aos 4 anos, Emilia foi confiada a uma tia paterna, que percebeu na criança uma inclinação para os pobres e sofredores. Aos 18 anos, Emilia vai ajudar seu irmão que ficara viúvo. O único que pede é poder servir comida aos mendigos que se apresentam. A mesa que utilizava para servi-los ela chamava carinhosamente de “A Mesa do Rei”.Em 1823, casou-se com Jean-Baptiste Gamelin, um produtor de maçãs. Nele ela encontrou um amigo dos pobres que compartilha de suas aspirações. Desta união nasceram três filhos, que para sua grande tristeza falecem, a despeito da grande dedicação e abnegação com que os tratara. O esposo, com quem havia vivido anos felizes e de fidelidade conjugal, também faleceu.Em meio a todas essas provas, Emilia não se detém em seus sofrimentos, mas encontra na Virgem das Dores o modelo que deveria orientar sua vida. Sua oração e a contemplação da Virgem aos pés da Cruz de Seu Divino Filho, abrem seu coração para uma caridade compassiva com todos os que sofrem. Daí em diante esses seriam seu esposo e seus filhos.Os primeiros de uma longa lista de pobres são um pobre deficiente mental e sua mãe idosa, que se beneficiam não apenas dos recursos que lhe deixara seu esposo, mas também de seu tempo, de sua dedicação, de seu bem-estar, de suas diversões e até de sua saúde.Sua casa se torna o refúgio de todos e ela expande os espaços para abrigá-los. Idosos, órfãos, presos, imigrantes, desempregados, surdos-mudos, jovens ou casais em dificuldades, deficientes físicos e doentes mentais, todos conhecem bem a sua casa que chamam de “Casa da Providência”, porque ela mesma é uma “verdadeira providência”.Emilia é bem recebida tanto nos lares como nos cárceres, entre os enfermos e entre os que estão saudáveis, porque leva consolo e assistência. Ela é verdadeiramente o Evangelho em ação: “O que fazes ao menor de meus irmãos, a Mim me fazes”.Familiares e amigas se reúnem junto a ela para ajudá-la. Outros porém não entendem tanta dedicação e ao ver que outro refúgio está sendo aberto, comentam: “Madame Gamelin não tinha loucas suficientes, teve que buscar outras!”.Durante quinze anos seus gestos heróicos de dedicação se multiplicaram, no início sob o olhar de reconhecimento e aprovação do Bispo Jean-Jacques Lartigue, e depois de Mons. Ignace Bourget, o segundo Bispo de Montreal, que pensa que uma vida tão preciosa não pode desaparecer sem que alguém siga o exemplo.Em uma estadia em Paris, em 1841, Mons. Bourget pede o envio das Filhas de São Vicente de Paula para dar suporte a obra da Sra. Gamelin, com a finalidade de estabelecer as bases de uma comunidade religiosa. Ao receber a resposta afirmativa, mandou construir uma casa para acolhê-las em Montreal. Porém, na última hora as religiosas mudaram de idéia. A Providência tinha outros planos. A obra da Sra. Gamelin sobreviveu a tudo isto.O bispo procura candidatas em sua diocese; elas foram confiadas a Emilia, que as formaria para a obra de caridade que ela realizava com tanta dedicação, e para a missão Providência, que proclama com atos que falam mais forte do que as palavras.As Irmãs da Providência nasceram a partir da Casa da Providência, na Igreja de Montreal. Emilia Tavernier-Gamelin se reuniu às primeiras religiosas, primeiro como noviça, e depois como sua mãe e fundadora.A primeira profissão religiosa foi celebrada no dia 29 de março de 1844.As necessidades dos pobres, dos doentes, dos imigrantes, etc., não cessavam de aumentar naquela cidade, na sociedade em vias de desenvolvimento.O Instituto conheceu horas sombrias, quando as Irmãs diminuíram de número devido às epidemias. Quando o Bispo Bourget duvida da boa vontade da superiora, influenciado por uma religiosa muito negativa, a fundadora mantém-se de pé junto a Cruz, seguindo o exemplo da Virgem das Dores, seu modelo a partir das horas de luto. O mesmo bispo reconheceu sua grandeza de alma e sua generosidade que chega ao heroísmo.A nova comunidade cresce: as Irmãs da Providência se multiplicam, são 50 em 1851, apenas oito anos após seu nascimento e no ano mesmo em que a fundadora falece, vítima da epidemia de cólera. Suas filhas receberam o último testamento dos lábios de sua mãe: humildade, simplicidade, caridade, sobretudo caridade.A partir de um início humilde, são 6147 jovens que se comprometeram a seguir o exemplo da Beata Emilia Tavernier Gamelin. Hoje elas são encontradas no Canadá, Estados Unidos, Chile, Argentina, Haiti, Camarões, Egito, Filipinas e Salvador.Em 23 de dezembro de 1993, as virtudes heróicas de Emilia Tavernier Gamelin foram promulgadas. Depois de um milagre atribuído a sua intercessão ser reconhecido oficialmente em 18 de setembro de 2000, sua beatificação foi proclamada em 7 de outubro de 2001.Sua festa litúrgica é 23 de setembro, dia de aniversário de seu falecimento em 1851.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Nossa Senhora de La Salette - Festa 19 de setembro
Dois pastorinhos - Maximin Giraud e Mélanie Calvat - tiveram uma visão da Virgem Maria numa montanha perto de La Salette, França, a 19 de setembro de 1846, por volta das três horas da tarde. Fazia muito sol. Maximin Giraud e Mélanie Calvat haviam recebido apenas uma muito limitada educação.
A aparição consistia em três fases diferentes. As crianças viram, numa luz resplandecente, uma bela dama em um estranho costume, falando alternadamente francês e patois. Ela estava sentada sobre uma pedra, e as crianças relataram que a "Belle Dame" estava riste e chorando, com seu rosto descansando em suas mãos. A Bela Senhora pôs-se de pé. E disse: "Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade!"
As crianças foram até a Bela Senhora. Ela não parava de chorar. Segundo os relatos das crianças a Senhora era alta e toda de luz. Vestia-se como as mulheres da região: vestido longo, um grande avental, lenço cruzado e amarrado às costas, touca de componesa. Rosas coroavam sua cabeça, ladeavam o lenço e ornavam seu calçado. Em sua fronte a luz brilhava como um diadema. Sobre os ombros carregava uma pesada corrente. Uma corrente mais leve prendia sobre o peito um crucifixo resplandecente, com um martelo de um lado, e de outro uma torquês.
Assim a Bela Senhora falou em segredo a Maximino e depois a Melânia. E novamente, os dois em conjunto ouvem as seguintes palavras: "Se se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de trigo, e as batatinhas serão semeadas nos roçados" E a Bela Senhora conclui, não mais em patois, e sim em francês: "Pois bem, meus filhos, transmitireis isso a todo o meu povo". Terminou assim a aparição. Segundo as crianças ela andava, mas as plantas de seus pés não esmagavam a relva, quase não dobravam os talos. Mélanie correu e a contemplou de novo lá no alto. E depois, segundo ela, viu o rosto e a figura da Senhora desaparecendo à medida que a luminosidade aumentava.
Mais uma vez Ela chora! |
Durante a aparição, Nossa Senhora, após dar o segredo, ditou à vidente Mélanie Calvat, palavra por palavra, uma regra para que se fundasse uma ordem religiosa com o nome de "Ordem da Mãe de Deus" e que se destinaria aos "Apóstolos dos Últimos Tempos".
Em relação aos "Apóstolos dos Últimos Tempos", Nossa Senhora de La Salette disse:
Eu dirijo um urgente apelo à Terra; chamo os verdadeiros discípulos do Deus Vivo que reina nos Céus; chamo os verdadeiros imitadores de Cristo feito Homem, o único e verdadeiro salvador dos homens; chamo os meus filhos, os meus verdadeiros devotos, aqueles que já se me consagraram a fim de que vos conduza ao meu Divino Filho; os que, por assim dizer, levo nos meus braços, os que têm vivido do meu Espírito; finalmente, chamo os Apóstolos dos Últimos Tempos, os fiéis discípulos de Jesus Cristo que têm vivido no desprezo do mundo e de si próprios, na pobreza e na humildade, no desprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento e no desconhecimento do mundo. Já é hora de que saiam e venham iluminar a Terra. Ide e mostrai-vos como filhos queridos meus. Eu estou convosco e em vós sempre que a vossa fé seja a luz que alumie, e nesses dias de infortúnio, que o vosso zelo vos faça famintos da glória de Deus e da honra de Jesus Cristo.
O tema central das mensagens da Virgem para a Humanidade foi que deveriam livrar-se do pecado mortal e fazer penitência, ou sofreriam terríveis sofrimentos. A Virgem Maria predisse eventos futuros da sociedade e da Igreja. O cumprimento destas previsões foi também visto como uma das indicações da veracidade da aparição nas investigações que se seguiram à aparição.
No que diz respeito à sociedade, a Virgem Maria previu que a colheita seria completamente fracassada. Em dezembro de 1846, a maior parte das camadas populares foi atingida por doenças e, em 1847, uma fome assola a Europa, resultando na perda de cerca de um milhão de vidas, sendo cem mil só na França. A cólera se tornou prevalente em várias partes da França e custou a vida de muitas crianças. O desaparecimento da Segunda República Francesa, com a Guerra franco-prussiana (1870-1871) e a revolta da Comuna de Paris de 1871 foram igualmente previstos.
No que diz respeito à Igreja, Ela previu que a fé católica na França e no mundo, mesmo na hierarquia católica, iria diminuir bastante, por causa dos muitos pecados dos leigos e do clero. Guerras iriam ocorrer se os homens não se arrependessem, Paris e Marselha seriam destruídas. A Humanidade foi alertada para a vinda do anticristo e do fim dos tempos. Para Maximino, Ela previra a conversão da Inglaterra na fase final do Apocalipse.
A Virgem cita o ano de 1864, quando haveria a "multiplicação de maus livros sobre a terra" e a "pregação de um evangelho contrário ao de Jesus Cristo negando a existência do céu e do inferno". Seu alerta, embora parecesse confuso à época previu a o lançamento em 1864 do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec que pregava exatamente as mesmas abominações e relata os mesmo "prodígios" que Maria alertou dezenas de anos antes.
Outro clamor atual da Virgem é quanto à crise moral e até mesmo litúrgica da vida sacerdotal; podemos até citar as desonras e a vergonha da Igreja com a falta de muitos dos seus membros pelos escândalos de pedofilia, sincretismo, apostasia e outras abominações:
Os sacerdotes, ministros de meu Filho, os sacerdotes, por sua má vida, por suas irreverências e sua impiedade em celebrar os santos mistérios, por amor do dinheiro, das honras e dos prazeres, os sacerdotes tornaram-se cloacas de impureza. Sim, os padres pedem vingança, e esta está suspensa sobre as suas cabeças. Desgraçados dos padres e das pessoas consagradas a Deus, as quais, por suas infidelidades e sua má vida crucificam novamente o meu Filho! Os pecados das pessoas consagradas a Deus clamam ao Céu e chamam a vingança e ela está às suas portas, pois não se encontra ninguém para implorar misericórdia, e perdão para o povo; não há mais almas generosas não há mais ninguém digno de oferecer a Vítima sem mancha ao Pai Eterno em favor do mundo.
A Basílica de Nossa Senhora de La Salette foi iniciada em 1852, concluída em 1865, e designada basílica em 1879. É uma grande, quase austera igreja, com uma fachada ladeada por duas torres. No interior da basílica, a nave é delimitada por duas fileiras de colunas bizantinas. Possui três medalhões representando as fases da aparição, os prantos, a mensagem, e a partida. A basílica também inclui um pequeno museu que documenta a história de La Salette.