Sobre seu túmulo havia uma inscrição que apenas mencionava que ela dera
sua vida em sacrifício pela causa da Fé.
A lápide que cobria seu sarcófago continha a seguinte inscrição: “+
D(E)D(ICAVIMUS) F(IDE)L(I) MART(YRI) PRISCE NIMIS N(OBIS) D(ILECTAE)”, que
traduzida significa: DEDICAMOS (ESTE SEPÚLCRO) À FIEL MÁRTIR PRISCA POR NÓS
ARDENTEMENTE AMADA.
Segundo a interpretação dos descobridores, esta epígrafe deve ter sido
colocada pelo Bispo de Cagliari, Brumasio, no início do século VI. Pesquisas
recentes do arqueólogo Mauro Dadea demonstraram que este bispo providenciara
pessoalmente a colocação das relíquias de São Esperate, e de outros mártires
seus companheiros, na antiga igreja do centro habitado de Valeria, depois
conhecida como São Esperate. Esta jovem, portanto, viveu no tempo da
perseguição aos cristãos pelos romanos, no século II d.C.
As atas do descobrimento das relíquias, que se encontram no Santuário de
Caller do Pe. Esquirro, relatam um fato extraordinário: quando o sarcófago de
Prisca foi aberto, o seu corpo apareceu, para grande espanto dos arqueólogos,
imerso em um mar de rosas. Os descobridores seiscentistas de seu túmulo supõe
que a Santa tivesse origem sarda.
As suas relíquias, conforme consta de documentos antigos do século XVII,
foram deixadas em São Esperate. No decorrer dos séculos se perdeu a sua exata
localização. Mas alguns fragmentos menores destas relíquias foram distribuídos
a alguns expoentes da alta aristocracia, que os conservaram nas capelas
privadas de seus palácios. Uma destas relíquias, depois do falecimento do
último representante de uma família nobre de Cagliari, da qual era proprietário,
retornou a São Esperate no ano jubilar de 2000, doada pelos seus descendentes.
Todos os anos, no dia 5 de maio, data do "adventus", isto é,
dia da trasladação do corpo da Santa para a cidade, no dia mesmo em que se
celebra a solenidade de Santa Prisca, Virgem e Mártir, a relíquia é exposta ao
culto público na igreja paroquial, para onde vem transportada numa procissão
pelas ruas da cidade, que para a ocasião se enfeita com um tapete de pétalas de
perfumadíssimas rosas.
*
De acordo com o teólogo católico Johamm Kirsh, narrativas relacionadas à
Santa não são históricas. Segundo a legenda, Santa Prisca pertencia a uma
família nobre e na idade de treze anos foi levada diante do imperador Cláudio
acusada de ser cristã. Este imperador ordenou que ela sacrificasse ao deus
Apolo e, diante de sua recusa, ela foi flagelada e colocada na prisão.
Como ela persistia na sua fé em Jesus Cristo após a saída da prisão, foi
novamente punida e aprisionada. Ela foi levada para o anfiteatro para ser morta
por um leão, mas este se colocou aos seus pés sem feri-la. Após três dias na
prisão, foi torturada, continuou viva, mas foi decapitada.
Os cristãos sepultaram seu corpo na catacumba próxima ao local de seu
martírio. Ainda existe, no Aventine, em Roma, uma igreja de Santa Prisca, no
mesmo local em que uma antiquíssima igreja, a Titulus Priscoe, era
mencionada no século V e construída provavelmente no século IV.
Etimologia:
Prisca, do latim Priscus = "prisco, antigo, velho". Na época imperial romana, na linguagem poética, tinha um matiz de respeito e veneração. Priscila = diminutivo de Prisca.
Fico muito feliz em saber, que tenho o mesmo nome desta corajosa Santa.
ResponderExcluirTb😍❤️
ExcluirFiquei espantada em saber que se comemora o dia dela no dia 5/5 e meu aniversário é 6/5. ❤ Como Deus é bom.
ResponderExcluirQue ela a abençoe, Pri! E reze por todos nós!
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