Stos Paulina, Artêmis e Cândida, afresco
do séc. XIV, Regio Emilia, Itália
Este casal de mártires é comemorado em 6 de junho no Martirologio
Romano, baseando-se na ‘Passio ss. Petri
et Marcellini’ que conta: Artêmis era o carcereiro da prisão romana onde os
dois cristãos, Pedro e Marcelino, depois martirizados, e posteriormente
considerados santos, estavam aprisionados.
Artêmis tinha uma filha possuída pelo demônio, Paulina. Pedro prometeu-lhe
libertar a filha do demônio se se convertesse ao Cristianismo. Artêmis recusou,
considerando o santo mártir como um louco. Mas, em seguida ao milagre acreditou
e se converteu junto com a esposa, Cândida, e a filha Paulina, que fora curada,
e todos foram batizados.
Denunciado como cristão no tribunal do juiz Sereno, Artêmis foi
condenado à morte com sua esposa e filha. Conduzidos à Via Aurélia, as duas
mulheres, Cândida e Paulina, foram lançadas num fosso e em seguida sepultadas
sob uma grande quantidade de pedras. Quanto a Artêmis, este foi morto pela
espada.
Os corpos da família foram recuperados pelos cristãos: Artêmis e Paulina
foram sepultados perto da Basílica de São Pancrácio na Via Aurélia; quanto a
Santa Cândida, seus despojos foram sepultados em uma Basílica da Via Portuense.
O Diário Romano indica que posteriormente as relíquias de Santa Paulina
e de São Artêmis foram trasladadas para a Igreja dos Santos Silvestre e
Martino, em Roma, onde são citados em uma lápide do ano 849. Em 1960, o hagiógrafo
P. Lugano disse que atualmente somente o corpo de Santa Paulina se encontra
naquela igreja.
A existência histórica de Santa Paulina mártir é fora de dúvida, pois
ela é citada em muitas fontes hagiográficas antigas, juntamente com seus pais,
Artêmis e Cândida.
Etimologia: Cândido (a) do latim Candidus = cândido, alvo, puro, branco.
Artêmis
derivado do grego artemés = são,
sadio, saudável.
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