Estefânia nasceu em 1457, em Orzinuovi,
próximo de Brescia, na Itália, filha de Lorenzo de Quinzanis e sua esposa, que
eram piedosos, mas pobres. Filha de camponeses, se dedicou como seus pais ao
cultivo dos campos. Seu pai se tornou membro da Ordem Terceira de São Domingos
quando Estefânia era muito pequena. Enquanto o acompanhava nas visitas ao
mosteiro na cidade vizinha de Soncino, ela se encontrou com o frade
estigmatizado, o Beato Mateus Carrieri, O.P., que a instruiu no Catecismo.
Carrieri lhe disse que ela seria sua herdeira espiritual, uma afirmação que ela
não conseguiu entender por muitos anos.
Estefânia começou a ter visões de santos dominicanos a partir dos sete
anos, idade em que ela fez os votos religiosos de pobreza, castidade e
obediência, e ganhou um anel simbólico de seu casamento místico com Cristo.
Carrieri morreu quando Estefânia tinha 14 anos; pouco depois ele apareceu a
Estefânia numa visão e ela recebeu os estigmas.
Ela então começou a trabalhar como serva para viver, mas continuou sua
formação na Ordem Terceira e aos quinze anos fez sua profissão no priorado
dominicano de Soncino. Sua devoção aos pobres e doentes a levou a fundar as
Irmãs da Ordem Terceira naquela cidade, sendo a primeira prioresa. A fundação
tinha como prioridade a educação das jovens.
Seus conselhos eram procurados por muitos, inclusive por Santa Ângela
Merici, fundadora das Ursulinas, e também pelo Beato Agostinho Fangi, O.P., bem
como pela irmã terceira e mística, a Beata Osana de Mântua.
Ela participou de diversos estágios da Paixão de Cristo, o que foi
testemunhado por 21 pessoas em 1497, num depoimento ainda existente. Fontes
afirmam que embora Estefânia fosse "feia", ela possuía um cabelo
magnífico e, irritada com esta única beleza, o arrancou pelas raízes.
Estefânia tinha uma devoção particularmente intensa por São Tomás de
Aquino. Para superar uma tentação contra a pureza, ela se atirou sobre um monte
de espinhos para imitar o Doutor Angélico. Exaurida por esta penitência, ela
rezou para São Tomás e, de acordo com a legenda, foi amarrada por anjos com uma
corda tão fortemente à volta de sua cintura, que ela gritou de dor.
Embora Estefânia não tenha tido nenhum estudo formal em Teologia,
conseguia discutir teologia mística em níveis muito profundos. É considerada,
por isso, a padroeira dos teólogos. Dizia-se que era capaz de ler os corações e
mentes das pessoas à sua volta e que tinha o dom da profecia e da cura. Viveu
em um jejum quase contínuo e acertou a previsão da data de sua própria morte,
que ocorreu de causas naturais em 2 de janeiro de 1530, dizendo: Em tuas
mãos, ó Senhor, entrego o meu espírito!
Foi beatificada pelo Papa Bento XIV em 14 de dezembro de 1740. As suas
relíquias foram levadas para Soncino em 1988. A Ordem Dominicana a recorda no
dia 3 de janeiro, enquanto que nas Dioceses de Brescia e Crema a sua memória é
celebrada no dia 16 de junho.
Estimada irmã Zeni: saúde e paz.
ResponderExcluirCara irmã, sou apreciador e seguidor de seu blog. Parabéns por sua dedicação e trabalho.
Também eu tenho um blog sobre santos que iniciei em setembro de 2013: santosebeatoscatolicos.blogspot.com.br.
Gostaria de lhe pedir licença para publicar uma ou outra santa/beata de seu blog em meu blog, com a devida referência ao mesmo. Você permite? Ficaria muito grato com seu sim.
Desde já desejo-lhe que a Virgem Maria a recompense por seu trabalho e missão. Certamente muitas almas já se beneficiaram com suas publicações. Quiçá muitos outros irmãos e irmãs tivessem o mesmo interesse e atividade.
Um abraço fraterno:
Giovani Carvalho Mendes, carmelita descalço secular.
PS:como você consegue traduções tão bem feitas do site santiebeati.it? Muitas vezes tenho colocado no Google Tradutor e a tradução é péssima, cheia de erros e meio incompreensiva. Você sabe italiano?