Martirológio
Romano: Em Blangy, no território de Arras, na França, Santa Berta, abadessa, que
tendo entrado com suas filhas Gertrudes e Deotila no mosteiro por ela fundado,
depois de alguns anos se retirou como reclusa em uma cela.
Santa Berta nasceu na França por volta do
ano 640, filha de Rigoberto, conde palatino sob o reino carolíngio de Clodovil
II (636-656), e de Ursona, filha do rei de Kent, Inglaterra.
Com vinte anos, por motivos de Estado,
desposou Sigfrido, um parente do rei; do matrimônio nasceram cinco filhas. Quando seu
marido morreu, em 672, depois de vinte anos de matrimônio, ela pode por fim abraçar sua vocação monástica, para o que
construiu duas casas de oração. Conta
sua legenda que as construções ruíam e que então um anjo lhe apareceu para
indicar o lugar em que devia fundar o mosteiro. Assim, em 682 ou 685, Berta fundou um convento em Blangy, Artois
(atualmente Blangy-sur-Ternoise).
Nesse mosteiro se
retirou com suas duas filhas mais velhas, Gertrudes e Deotila. Durante alguns
anos exerceu a função de abadessa. Uma vez organizada a comunidade, deixou a
direção do mosteiro nas mãos de suas filhas e se retirou numa cela pequena
junto à igreja do mosteiro, onde se dedicou à penitência e à oração.
Após muitos vividos praticamente como sepultada
viva, morreu de causas naturais em 4 de julho de 725, com uns 85 anos. Suas relíquias
foram transladadas em 825 de Erstein para Estrasburgo para salvá-las das invasões
dos normandos, mas em 1032 retornaram ao mosteiro de Blangy, que entrementes
havia sido incorporado à Ordem Beneditina.
Na diocese de Arras a festa de Santa Berta
é celebrada no dia 4 de julho, dia também indicado no Martirológio Romano.
Grandeza de alma! Muito desconhecida, infelizmente!
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