Martirológio
Romano: Em Nagasaki, Japão, beatos Luís Yakichi e Lúcia, esposos, e seus filhos
André e Francisco, mártires, que enfrentaram a morte por Cristo: os rapazes e a
mãe foram decapitados diante do pai e este foi queimado vivo.
O casal Luís e Lucia Yakisci e seus
filhos, André e Francisco, pertenciam a diocese de Funai, e foram martirizados
por sua fé no Japão, sua pátria.
Em 1622, os cristãos de Nagasaki planejaram
libertar o missionário Luís Florès, detido nos cárceres de Firando. Para
executar a árdua tarefa foi encarregado o próprio Luís Yakisci, homem bastante
inteligente e astuto, que com uma pequena embarcação conseguiu iludir a
vigilância dos guardas e libertar o Padre Florès. A fuga porém foi descoberta
em seguida e os guardas, dotados de meios mais velozes, conseguiram alcançar a
precária embarcação de Yakisci e reconduziram ao cárcere os dois prisioneiros.
Luís foi submetido a vários
interrogatórios por parte dos juízes, interessados em descobrir os nomes dos
organizadores do complô. Foi submetido a suplícios contínuos que tornaram seu
corpo irreconhecível, mas todas as torturas não abateram o seu ânimo. Jamais
revelou nada, mesmo quando ameaçaram de morte também os seus mais íntimos
familiares. Todos os quatro recusaram a liberdade em troca da renúncia à fé de
Cristo e ao juiz não restou senão condenar ao martírio a heroica família.
Os dois filhos foram decapitados junto com
a mãe diante do pai, e este foi queimado vivo lentamente. Isto aconteceu no dia
2 de outubro de 1622 em Nagasaki, cidade japonesa na qual haviam nascido. Os
dois filhos nasceram respectivamente em 1615 e 1619, enquanto dos pais não se
tem esse dado.
O Beato Pio IX beatificou esta família no
dia 7 de maio de 1867, junto com um grupo de 205 mártires em terra japonesa,
entre os quais outros 15 casais todos da mesma nacionalidade. Até hoje o Japão
é a nação que deu à Igreja Universal o maior número de modelos de santidade
vivida no estado conjugal.
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