Martirológio
Romano: Em Bilzen, no Brabante, no território da moderna Bélgica, Santa
Landrada, Abadessa.
As fontes que se referem a Santa Landrada
são: um relato da elevação e da transladação do corpo, redigido por Erigero,
que se baseia no relato dos habitantes de Wintershoven; um relato dos milagres,
do mesmo autor (ed. Acta SS. lulii, II, Venezia 1747, pp. 628-29); uma Vita redigida por Teodorico de St-Trond
(m. 1117); menção em quatro ladainhas, uma delas do início do século XI de
St-Pierre-au-Mont-Blandin de Gand, uma do fim do século XII, de São Bavão de
Gand, uma da primeira metade do século XII, contida em um Saltério conservado
em Orbais e uma quarta, da primeira metade do século XIII, constando do ms.
1553 de Troyes.
Landrada descendia de uma nobre família.
Segundo a Vita S. Landrada redigida por Teodoro ou Thierry de Saint-Trond (+
1107), ela descendia de Pepino o Velho e de Santo Arnolfo, Bispo de Metz.
Levando-se em consideração que ela faleceu
em 690, ela deveria ser filha de Ansegisel († 648/680) e de Santa
Begga († 693). O problema desta identificação situa-se na insistência do
biógrafo sobre o fato que Landrada ser filha única de seus pais, quando o casal
Ansegisel e Begga teve pelo menos mais um filho, Pepino de Herstal.
Provavelmente o biógrafo confundiu Santa Landrada com uma homônima e meio
século posterior que seria filha de Carlos Martel.
O onomástico sugere uma relação da Santa
com os primeiros Robertiens, família à qual pertencia seu protetor São Lambert
de Maastricht.
Ela decidiu consagrar sua virgindade a
Deus e após recusar um bom partido em casamento, foi para Munsterbilzen
(Belisia Monasterii), em Hesbaye, onde viveu na solidão e na piedade.
No ano 670, em um local, segundo a
legenda, em que uma cruz de fogo caiu do céu, ela edificou uma igreja que São
Lambert de Maastricht consagrou, e fundou uma comunidade religiosa com outras
jovens piedosas, entre as quais Santa Amalberga.
Esta fundação, conhecida inicialmente sob
o nome de Convento de Belysia, foi feita sob a direção de São Lambert. A
comunidade adotou a regra beneditina. São Lambert foi sempre o protetor do novo
mosteiro.
Em 690, sentindo-se muito doente, ela
pediu a presença de São Lambert em seu mosteiro, mas ele apenas chegou após ela
ter falecido e ser sepultada.
Segundo a legenda, São Lambert desejou
levar o corpo de sua protegida para Wintershoven, junto de São Landoaldo. Como
os habitantes de Munsterbilzen desobstruíram o túmulo em 8 de julho, foi
impossível levar o corpo da santa, e São Lambert aceitou que o corpo
permanecesse na igreja de Munsterbilzen.
Em 980, suas relíquias foram transferidas
para a Abadia de São Bavão, em Gand.
Santa Ida de Bolonha, mãe de Godofredo de
Bouillon foi educada na Abadia de Munsterbilzen.
Santa Landrada é celebrada no dia 8 de
julho e a transladação de suas relíquias é comemorada no dia 8 de março.
*
A Abadia de Munsterbilzen está situada na
seção Munsterbilzen da comuna de Bilzen, na Bélgica, a 16 k no Sudeste de
Hasselt, na Província de Limbourg. A antiga Abadia de
Munsterbilzen (ou Abadia Santa Landrada de Munsterbilzen), próximo de
Bilzen, no Limbourg belga, era um mosteiro de monjas beneditinas datando da
época merovíngia.
Origem da comunidade
religiosa
Landrada fundou a comunidade de monjas por
volta do ano 670.
Invasões normandas
depois a refundação
No fim do século IX os Normandos
devastaram a região. Por volta de 880, a abadia foi vandalizada, como foram as
igrejas das cidades próximas de Tongres, Liège de Maastricht e Saint-Trond. Ela
foi logo reconstruída.
No século IX ela era conhecida como Abadia
do Santo-Amor. Esta abadia era uma ermida originaria da Aquitânia e
estabelecida nos arredores de Maastricht, a fundação do Mosteiro Munsterbilzen
foi inspirada após uma peregrinação ao túmulo de São Pedro em Roma.
Abadia de Munsterbilzen, Bélgica |
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