A pedra era pesada; oito homens juntos poderiam apenas empurrá-la, mas como poderia o pobre Gaspar erguê-la? O venerável ancião - segundo os relatos da época - reiterou a sua ordem e o pastor obedeceu, empurrando a pedra - não se sabe com que força - e viu surgir, diante de seus olhos, um jorro de água fresca que passou a correr. Imediata e avidamente, ele se ajoelhou e bebeu daquela fonte. Ao se levantar, a aparição desaparecera. Gaspar corre ao povoado para contar o que lhe tinha acontecido e os curiosos vieram constatar o ocorrido. Apenas três horas passadas, naquele local conhecido por todos como árido, e desprovido de qualquer fonte, uma água abundante começara a correr.
Os habitantes da região começaram a construir uma capela no local da aparição, para onde iam muitos doentes que voltavam “curados ou confortados diante de seus sofrimentos”. A capela foi concluída em 1663 e confiada pelo bispo de então aos Padres Oratorianos, que construíram um santuário ao redor da fonte. O lugar foi transformado num Santuário Consagrado a São José. Multidões começaram a visitar o local e a terem suas graças alcançadas. Até hoje, há no local uma inscrição tirada do livro de Isaías: “Vós tirareis com alegria água das fontes de salvação”.
No dia 19 de março, após a aparição de São José, em Bessillon (Cotignac), e o surgimento repentino da fonte de água, Luís XIV decretou como legal, festivo e feriado, o dia de São José. Um sermão do escritor francês, Bossuet, o felicitaria por este gesto.
A fonte de São José
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