Marta é contemporânea
de Jesus. Ela é mencionada treze vezes nos Evangelhos. Era irmã de Lázaro,
grande amigo de Jesus e de Maria, aquela que se sentava aos pés do Mestre para
ouvi-lo. A família de Marta vivia no vilarejo de Betânia, a três quilômetros de
Jerusalém. A casa de Marta era um verdadeiro local de descanso para Jesus e
seus discípulos. Convivendo com o Mestre, ouvindo-o e servindo-o, Marta
conheceu o Reino dos céus. Ela presenciou a ressurreição de seu irmão Lázaro,
operada por Jesus, quatro dias após sua morte.
Repreendida carinhosamente por Jesus
Certa vez Jesus se hospedou na casa de Marta, em Betânia. Para agradar e bem receber Jesus e seus discípulos, Marta mergulhou nos afazeres domésticos, sem perceber, talvez, que Jesus gostaria de ter sua presença, ao lado da irmã Maria, como ouvinte atenta e carinhosa, da mensagem do Reino dos Céus. Tal comportamento lhe rendeu uma repreensão carinhosa de Jesus, que, afinal, tornou-se grande ensinamento para todos nós:
o Mestre repreende Marta fazendo-lhe entender que seu louvável serviço arriscava levar-lhe a se descuidar da vida interior. Esta é uma advertência que faz refletir o quanto é importante o nutrimento do espírito.
Vejamos na passagem abaixo:
"Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher, chamada Marta, o recebeu em sua casa. Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-lo falar. Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude. Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada". (Lucas 10, 38-42)
Profissão de fé de Santa Marta Marta deu-nos um grande testemunho de fé! Das palavras que dirigiu a Jesus, há quatro dias da morte do irmão Lázaro, emerge um credo total, sem hesitação nem dúvida. Marta tem uma confiança ilimitada em Deus, mesmo diante daquilo que, aos homens, possa parecer impossível. «Marta, ouvindo que Jesus estava vindo, foi-lhe ao encontro. Maria ficou sentada em casa. Então, Marta disse a Jesus: “Senhor, se estivésseis aqui meu irmão não teria morrido. Mas, também, agora, sei que tudo o que pedir a Deus Ele lhe concederá”.
Esta, por si só, é uma extraordinária profissão de fé! Mas, a conversa entre Marta e Jesus continua. Desta simples mulher de Betânia aprendemos a lição do que significa acreditar em Jesus Cristo.
“Jesus lhe disse: Seu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a Ressurreição e a Vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso? Disse-lhe ela: Sim, Senhor, sei que sois o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”” (Jo 11,20-27).
Eis a essência do cristianismo! Marta condensa toda sua fé na sua resposta, porque esta é a fé de todo fiel; uma simples resposta na qual cada cristão encontra o seu propósito de vida.
As origens da memória litúrgica
A tradição narra que, depois das primeiras perseguições dos cristãos, Marta, Maria, Lázaro e outros discípulos e mulheres, que seguiam Jesus, tenham deixado sua terra e se transferido para Saintes-Maries-de-la-Mer, na região francesa da Provença, aonde teriam difundido a fé cristã. Os franciscanos foram os primeiros, em 1262, a festejar Santa Marta no dia 29 de julho, oito dias depois da festa de Santa Maria Madalena.
Em Betânia, hoje chamada El-Azariyeh (lugar de
Lázaro), ainda existe seu sepulcro e um santuário, construído sobre algumas
ruínas bizantinas e das cruzadas, que, por sua vez, confirmam lugares
preexistentes. Provavelmente, ali se encontrava também, a casa de Marta. A
igreja, em forma de cruz grega do santuário, foi decorada por mosaicos, que
representam os episódios evangélicos, que tiveram como protagonistas Marta,
Maria e Lázaro.
Padroeira
Apesar da chamada de atenção recebida de Jesus, o serviço que Marta prestava era importante e necessário. E jesus, em momento algum, questiona tal importância. Ele quer apenas colocar as coisas nos seus devidos lugares e valores.
A hospitalidade, virtude verdadeiramente importante na história do povo hebreu, era para Marta imprescindível para receber bem seus convidados. Naquele tempo, quando se recebia alguém, o visitante era cumprimentado com a tradicional saudação, era-lhe apresentada água, num recipiente, para lavar os pés e era perfumado com óleo, derramado na sua cabeça (Lc. 7, 44-47). Com respeito à acomodação e à refeição, tudo era cuidado nos mínimos detalhes.
Assim, pela preocupação de Santa Marta com a alimentação, a acolhida e o bem-estar de Jesus e de seus discípulos, Santa Marta se tornou a Padroeira dos anfitriões, hoteleiros, nutricionistas, cozinheiros e nutrólogos.
Fonte:
S. Marta - Informações sobre o Santo do dia - Vatican News
Repreendida carinhosamente por Jesus
Certa vez Jesus se hospedou na casa de Marta, em Betânia. Para agradar e bem receber Jesus e seus discípulos, Marta mergulhou nos afazeres domésticos, sem perceber, talvez, que Jesus gostaria de ter sua presença, ao lado da irmã Maria, como ouvinte atenta e carinhosa, da mensagem do Reino dos Céus. Tal comportamento lhe rendeu uma repreensão carinhosa de Jesus, que, afinal, tornou-se grande ensinamento para todos nós:
o Mestre repreende Marta fazendo-lhe entender que seu louvável serviço arriscava levar-lhe a se descuidar da vida interior. Esta é uma advertência que faz refletir o quanto é importante o nutrimento do espírito.
Vejamos na passagem abaixo:
"Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher, chamada Marta, o recebeu em sua casa. Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-lo falar. Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude. Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada". (Lucas 10, 38-42)
Profissão de fé de Santa Marta Marta deu-nos um grande testemunho de fé! Das palavras que dirigiu a Jesus, há quatro dias da morte do irmão Lázaro, emerge um credo total, sem hesitação nem dúvida. Marta tem uma confiança ilimitada em Deus, mesmo diante daquilo que, aos homens, possa parecer impossível. «Marta, ouvindo que Jesus estava vindo, foi-lhe ao encontro. Maria ficou sentada em casa. Então, Marta disse a Jesus: “Senhor, se estivésseis aqui meu irmão não teria morrido. Mas, também, agora, sei que tudo o que pedir a Deus Ele lhe concederá”.
Esta, por si só, é uma extraordinária profissão de fé! Mas, a conversa entre Marta e Jesus continua. Desta simples mulher de Betânia aprendemos a lição do que significa acreditar em Jesus Cristo.
“Jesus lhe disse: Seu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a Ressurreição e a Vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso? Disse-lhe ela: Sim, Senhor, sei que sois o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”” (Jo 11,20-27).
Eis a essência do cristianismo! Marta condensa toda sua fé na sua resposta, porque esta é a fé de todo fiel; uma simples resposta na qual cada cristão encontra o seu propósito de vida.
A tradição narra que, depois das primeiras perseguições dos cristãos, Marta, Maria, Lázaro e outros discípulos e mulheres, que seguiam Jesus, tenham deixado sua terra e se transferido para Saintes-Maries-de-la-Mer, na região francesa da Provença, aonde teriam difundido a fé cristã. Os franciscanos foram os primeiros, em 1262, a festejar Santa Marta no dia 29 de julho, oito dias depois da festa de Santa Maria Madalena.
Apesar da chamada de atenção recebida de Jesus, o serviço que Marta prestava era importante e necessário. E jesus, em momento algum, questiona tal importância. Ele quer apenas colocar as coisas nos seus devidos lugares e valores.
A hospitalidade, virtude verdadeiramente importante na história do povo hebreu, era para Marta imprescindível para receber bem seus convidados. Naquele tempo, quando se recebia alguém, o visitante era cumprimentado com a tradicional saudação, era-lhe apresentada água, num recipiente, para lavar os pés e era perfumado com óleo, derramado na sua cabeça (Lc. 7, 44-47). Com respeito à acomodação e à refeição, tudo era cuidado nos mínimos detalhes.
Assim, pela preocupação de Santa Marta com a alimentação, a acolhida e o bem-estar de Jesus e de seus discípulos, Santa Marta se tornou a Padroeira dos anfitriões, hoteleiros, nutricionistas, cozinheiros e nutrólogos.
S. Marta - Informações sobre o Santo do dia - Vatican News
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