sexta-feira, 20 de março de 2015

Beata Lúcia de Verona, Terciária Servita - 21 de março


     Na antiquíssima Fraternidade da Ordem Terceira dos Servos de Maria em Verona, inscreveu-se muito jovem uma menina nascida na mesma cidade por volta do ano 1514: o seu nome era Lúcia. Embora muito jovem, demonstrou uma grande caridade e uma fé coerente; revestida do hábito de Terciária, vivia em sua casa como se vivesse no mosteiro, consagrando a Deus a sua virgindade.
     Profundamente devota da Paixão de Jesus e da Virgem Compassiva, sempre teve grande atenção para com os que sofrem. As palavras de Jesus: "... Eu estava doente e me visitastes", se faziam fortes em seu coração. Lúcia não deixava nenhum doente sem a caridade de seus cuidados, sempre disponível para visitá-los, consolá-los, cuidar deles.
     Todos os dias ela ia para o Hospital da Misericórdia, onde passava muitas horas entre os doentes, preferindo os mais graves e relutantes. Ao limpar as feridas, aliviar a dor e abraçar os moribundos ela se sentia fortemente unida ao Esposo Crucificado, como também imitava Maria Desolada continuamente presente junto às cruzes de seu tempo.
     Companheira fiel de sua obra é sua irmã Barbara, também uma Terciária Servita e, juntas, elas se tornaram um ponto de referência para os doentes em toda Verona, especialmente ela, que demonstrava um heroísmo incansável.
     Isto se tornou patente especialmente na praga que se abateu sobre Verona. Ela não se cansava e ia para todos os lugares ajudando e encorajando, e toda Verona via esta humilde mulher revestida do hábito de Serva de Maria caminhar entre as vítimas da peste e, com o risco de sua própria vida, levar a todos os lugares a caridade e a carícia consoladora de Deus.
     O Evangelho diz: "... quem perder a sua vida por minha causa achá-la-á", com estas palavras no coração, ela se fazia mãe de todas as vítimas da peste abandonados pelo mundo. Fiel discípula de Cristo, abraçou com amor a sua cruz, e como o cordeiro inocente ela se tornou vítima da mesma doença de seus irmãos. Atingida pela praga saudou-a como uma coroa real, e quando percebeu estar perto da morte, devotamente recitou a Ladainha da Santíssima Virgem, e assim foi ao encontro do Esposo divino, acompanhada da Virgem Maria, sua Senhora e Rainha.
     Ela morreu no ano de 1574 e logo os seus devotos experimentaram a sua poderosa intercessão em doenças contagiosas.
 

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