Martirológio Romano: Em
Laval, França, Beata Maria Lhuillier, virgem e mártir, que, recebida na
Congregação das Irmãs Hospitalárias da Misericórdia, durante a Revolução
Francesa foi decapitada por manter-se fiel aos votos religiosos da Igreja
(1794).
Maria Lhuillier nasceu em Arquenay, França, em 18 de novembro de 1744.
Cresceu analfabeta e logo ficou órfã. Depois de servir uma senhora do lugar, foi
trabalhar no convento de São Juliano das Canonisas Regulares Hospitalárias da
Misericórdia de Jesus. Foi enviada ao hospital de Château Gontier e em 1778, depois
de muitos sofrimentos e humilhações, ela foi admitida na profissão religiosa deste
Instituto como Irmã conversa, tomando o nome de Maria de Santa Mônica.
Quando a Revolução Francesa eclodiu, em fevereiro
de 1794, as religiosas foram obrigadas a abandonar o hospital e a refugiar-se em
Laval, no ex-convento das Ursulinas.
Acusada de distribuir parte da roupa limpa
do hospital a pessoas necessitadas, Maria Lhuillier foi presa e conduzida diante
de uma comissão. O juiz declarou que ignoraria aquela infração se a religiosa
prestasse o juramento de "Liberdade e Igualdade", porém ela não quis
fazê-lo. O juiz a ameaçou com a guilhotina, e a quantos seguissem seu exemplo,
porém ela permaneceu corajosa e disse: "Tanto melhor para mim e para minhas
Irmãs. Assim teremos a alegria de morrer por nossa fé, e mais rápido poderemos
ver a Deus”. O juiz insinuou: "Veja que queremos salvar-te e te oferecemos
o melhor". Ela porém respondeu: "Todos os meios que me ofereces são somente
para enganar-me, mas graças a Deus, não o consegues. Eu não quero perder-me por
toda a eternidade".
Ao ouvir a sentença de morte, nossa beata
se ajoelhou e exclamou: "Deus meu, quantas graças me fazeis contando-me no
número de vossos mártires, embora eu seja uma grande pecadora".
Depois, estando sozinha, cortou os cabelos,
então um ajudante do verdugo a agarrou e com um golpe de sabre cortou suas roupas.
A mártir empalideceu pelo ultraje e desmaiou. Quando se recompôs comentou:
"A morte não me dá medo, porém podias poupar-me desta dor". Novamente
foi convidada a prestar juramento, porém ela suspirou: "Ó Deus! Preferir uma
vida passageira e caduca a uma vida gloriosa e imortal? Não, não, prefiro a morte".
Antes de subir ao cadafalso exclamou:
"Deus meu, eu devo morrer de uma morte assim doce, enquanto tu sofreste
tanto por mim...". Morreu em Laval.
Em 15 de junho de 1955 o Papa Pio XII
beatificou 19 mártires franceses de Laval.
Fonte: www.santiebeati.it
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