Este
posto de proeminência ao lado de Cristo Rei provém dos múltiplos títulos,
ilustrados por Pio XII na encíclica Ad
Coeli Reginam (11 de outubro de 1954), de Mãe do Corpo Místico, de augusta
soberana e rainha da Igreja, que a torna participante não só da dignidade real
de Jesus, mas também do seu influxo vital e santificante sobre os membros do
Corpo Místico.
A palavra latina regina, como rex, deriva de regere,
isto é, reger, governar, dominar. Do ponto de vista humano é difícil atribuir a
Maria o papel de dominadora, Ela que se proclamou “a escrava do Senhor” e
passou toda sua vida no maior e mais humilde escondimento. São Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca
Maria no meio aos Onze, após a Ascenção, recolhida com eles em oração, mas não
é Ela que preside, é Pedro. Entretanto, naquela circunstância Ela constitui-se
no elo que uniu ao Redentor Ressuscitado todos os homens que ainda não tinham
recebido os dons do Espírito Santo.
Maria é Rainha
porque é Mãe de Cristo, o Rei. Ela é Rainha porque é entre todas as criaturas a
mais excelente em santidade. Todos os cristãos veem e veneram nEla a
superabundante generosidade do amor divino que a colmou de todos os bens espirituais. Mas Ela distribui
regiamente e maternalmente tudo quanto recebeu do Rei: protege com seu poder os
filhos conquistados em virtude de sua correspondência e lhes dará os seus dons,
pois o Rei dispôs que todas as graças passem por suas mãos de munificente
Rainha.
Por isto
a Igreja convida os fieis a invocá-La não só com o doce nome de Mãe, mas também
com o de Rainha, como no Céu A saúdam com alegria e amor os anjos, os
patriarcas, os profetas, os apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens.
Maria foi coroada com o diadema duplo da virgindade e da maternidade divina: “O Espírito Santo virá sobre ti, e a virtude
do Altíssimo te cobrirá. Por isto o Santo que nascerá de ti será chamado Filho
de Deus”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário