sábado, 22 de agosto de 2015

Nossa Senhora Rainha - 22 de agosto

     
 
     Esta festividade, paralela a de Cristo Rei, foi instituída por Pio XII em 1955. Até a recente reforma do calendário litúrgico era comemorada no dia 31 de maio, coroamento da devoção mariana do mês a Ela dedicado. O dia 22 de agosto era reservado à comemoração do Imaculado Coração de Maria, que foi substituída pela festa de Maria Rainha, para aproximar a realeza da Virgem à sua glorificação na Assunção ao Céu, comemorada no dia 15 de agosto.
     Este posto de proeminência ao lado de Cristo Rei provém dos múltiplos títulos, ilustrados por Pio XII na encíclica Ad Coeli Reginam (11 de outubro de 1954), de Mãe do Corpo Místico, de augusta soberana e rainha da Igreja, que a torna participante não só da dignidade real de Jesus, mas também do seu influxo vital e santificante sobre os membros do Corpo Místico.
     A palavra latina regina, como rex, deriva de regere, isto é, reger, governar, dominar. Do ponto de vista humano é difícil atribuir a Maria o papel de dominadora, Ela que se proclamou “a escrava do Senhor” e passou toda sua vida no maior e mais humilde escondimento.  São Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca Maria no meio aos Onze, após a Ascenção, recolhida com eles em oração, mas não é Ela que preside, é Pedro. Entretanto, naquela circunstância Ela constitui-se no elo que uniu ao Redentor Ressuscitado todos os homens que ainda não tinham recebido os dons do Espírito Santo.
     Maria é Rainha porque é Mãe de Cristo, o Rei. Ela é Rainha porque é entre todas as criaturas a mais excelente em santidade. Todos os cristãos veem e veneram nEla a superabundante generosidade do amor divino que a colmou de todos os  bens espirituais. Mas Ela distribui regiamente e maternalmente tudo quanto recebeu do Rei: protege com seu poder os filhos conquistados em virtude de sua correspondência e lhes dará os seus dons, pois o Rei dispôs que todas as graças passem por suas mãos de munificente Rainha.
     Por isto a Igreja convida os fieis a invocá-La não só com o doce nome de Mãe, mas também com o de Rainha, como no Céu A saúdam com alegria e amor os anjos, os patriarcas, os profetas, os apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens. Maria foi coroada com o diadema duplo da virgindade e da maternidade divina: “O Espírito Santo virá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá. Por isto o Santo que nascerá de ti será chamado Filho de Deus”.

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