Martirológio Romano: Em
Roma, comemoração de Santa Prisca (ou Priscila), nome sob o qual foi dedicada a
basílica edificada na colina do Aventino (antes de 499).
Etimologicamente Prisca
significa “antiga”, no latim. Priscila,
diminutivo de Prisca.
Numa Passio
datada do século X, que não tem verdadeiro valor histórico, nos relata que
Prisca era uma menina de 13 anos, que para a lei romana já era uma adulta, que
foi detida entre um numeroso grupo de cristãos durante a perseguição do
imperador Cláudio II (ano 269).
O seu martírio é descrito com todas as
torturas próprias a demover uma cristã de manter sua Fé e termina fora de Roma,
na Via Ostia, sendo decapitada ali. Foi sepultada nas catacumbas desta zona da
cidade romana, que passaram a chamarem-se catacumbas de Santa Priscila.
As evidências históricas
Deixando de lado o relato do martírio, os
documentos antigos criam confusões, chegando-se ao fato de haver três pessoas
diferentes chamadas Prisca (ou Priscila): uma, titular de uma igreja no
Aventino, como diz um epígrafe funerário do século V: “Adeodatus presb. Tit.
Priscae” (Adeodato, presbítero do título de Prisca). A esta se chama de
“fundadora” segundo os sínodos romanos de 499 e 595. Seria uma matrona romana?
No século VIII, esta Priscila passa a ser
confundida com a mulher de Áquila, a quem São Paulo menciona em várias de suas
epístolas. A este casal também era dedicada uma igreja em Roma.
E uma terceira Prisca (ou Priscila) é
lembrada nos Itinerários do século VIII, situada nas catacumbas de Santa
Priscila. O Sacramentário Gregoriano também a recorda no dia 18 de janeiro.
Quanto a esta, na mencionada igreja do
Aventino se encontra a urna de madeira com seus restos e sob a igreja foi
encontrada uma casa romana. A legenda diz que nela se hospedou São Pedro e se
conserva uma antiga pia batismal onde Prisca teria sido batizada. De fato, há
ali uma pintura onde São Pedro aparece batizando Santa Prisca, a matrona
romana, confundida com a mártir, porém sem nenhum fundamento histórico.
Áquila e Prisca (ou Priscila) tinham ido
para Roma após a expulsão dos judeus locais decretada pelo imperador Cláudio no
ano 49. Eles haviam oferecido hospedagem a São Paulo em Acaia e mais tarde
viajaram com ele, estabelecendo-se em Éfeso. No tempo da Epístola aos Romanos
(58) se encontravam em Roma, como prova a afetuosa e grata saudação a eles
dirigida pelo Apóstolo (16, 3-5). Uma notícia posterior, na Segunda Carta a
Timóteo (4, 19) se refere ao retorno a Éfeso. A atribuição aos cônjuges da
qualidade de “apóstolos e mártires” presente no Sinassário de Constantinopla,
na data de 13 de fevereiro, não tem fundamento e é uma amplificação da alusão
de São Paulo aos riscos que eles enfrentaram para alcançarem sua salvação (Rm
16,3).
A origem romana do casal, a grafia grega
do nome Áquila (Acylas), que remeteria à gens Acylia, bem como o cemitério na
Via Salaria, e a presença epigraficamente atestada no mesmo local de uma
Priscila (que não aquela Prisca recordada nos Itinerários do século VII),
certamente contribuíram para se acreditar na identificação e a provocar a
confusão de personagens e de épocas.
Além disto, também a legenda que colocava
Priscila (ou Prisca) relacionada com a atividade de São Pedro em Roma
contribuía para a contaminação com o ciclo hagiográfico relativo às Santas
Pudenciana e Praxede, filhas do senador Pudente (segundo a tradição) e
sobrinhas de uma Priscila, todas sepultadas no cemitério da Via Salaria.
Uma Priscila, matrona romana, aparece
também na Vita de São Marcelo, de
Anastásio Bibliotecário (século IX), como aquela a quem o papa recomendou a
construção do cemitério depois lembrado com o seu nome. A notícia e a
identificação com a fundadora são evidentemente fruto da fantasia do
hagiógrafo. Em todo caso, é interessante notar que o dia 16 de janeiro,
dedicado a Santa Priscila, é também a data tradicional da depositio no cemitério da Via Salaria do Papa Marcelo (Lib. pont.,
I, 164).
Barônio inscreveu Priscila, esposa de Áquila,
no Martirológio Romano no dia 16 de janeiro, baseando-se no Martirológio
Jeronimiano. Porém esta Priscila, esposa de Áquila, é confundida constantemente
com a matrona romana “fundadora” das catacumbas que levam seu nome em Roma.
Este é um problema sem solução até os dias atuais.
O que é evidente é que, apesar do
infundado de sua Passio, Santa Prisca
Mártir tem sua igreja e tem suas relíquias, bem como um culto muito antigo.
Que maravilha minha neta chama Priscila.
ResponderExcluirEla tem o filho de 4 anos e todas as noite vamos rezar o terço.
E é ele que reza a primeira parte, e no intervalo dos mistério ele faze as jaculatórias aí ele invo nossa senhora Aparecida de Fátima são Francisco e o nome dele Rafael é o pai dele Cecília e a irmã dele. E Priscila e a mãe dele.Ai a mãe dele fala para ele que não existe santa priscila.
Aí eu resolvi tirar as duvida.vou ler toda a história dela muito obrigada Deus lhes pague.pela informação
Obrigada pelas informações!
ResponderExcluirEu me chamo Priscila e nasci em 18 de janeiro!
ResponderExcluirEu também, nasci em 15 de janeiro
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