quinta-feira, 7 de abril de 2016

Beata Libânia de Busano, Abadessa - 8 de abril

Torre da Abadia Fruttuaria
     Ela nasceu em Barbania, filha de Armerico (ou Emerico), senhor de Barbania, Corio, Busano, Rocca e Rivara, e descendente dos antigos duques lombardos.
     Emerico nomeou Libânia como co-senhora de Rivara, mas esta aos 15 anos recusou casar-se e fugiu para São Benigno de Fruttuaria, onde recebeu o hábito beneditino das mãos de São Guilherme de Volpiano (*), fundador da abadia.
     Seu pai fundou para ela e suas companheiras o mosteiro de Busano, dedicado a São Tomás e dependente da Abadia de Fruttuaria. Libânia se tornou a abadessa. O mosteiro teve entre seus hospedes ilustres Inês, mãe do Imperador Henrique IV.
     Diz-se que estando perto de seu fim, um anjo veio para sua cela e a levou para a igreja, onde "a alma se separou do corpo de puro amor". Quando ela morreu, em 8 de abril de 1064, foi enterrada em um lugar secreto dentro da igreja de São Tomás para evitar a desfiguração a fim de colher relíquias.
     No claustro, perto da igreja, há uma inscrição: "Aceita, ó terra, as cinzas da benigna virgem abadessa Libânia, ornamento da fé, tributo de louvor, filha de Emerico". Do mosteiro de Busano restam atualmente escassos vestígios.
 
Fonte: www.villaschiari.it – www.santiebeati.it
Etimologia: Libânia, do latim Libanius: “do monte Líbano”. Há quem prenda ao grego libanos: “incenso”; do hebraico lebonáh: “o branco”, isto é, “o monte branco”.
(*) Filho do nobre suevo Roberto de Volpiano e de Perinzia, talvez irmã de Arduino de Ivrea, rei da Itália de 1002 a 1014, nasceu no Piemonte, segundo alguns em Volpiano, perto de Turim; segundo outras fontes, em Orta San Giulio durante o assédio do imperador Oto da Saxônia, rei da Itália, para derrotar o exército de Berengário II, destituído do trono itálico. O próprio imperador e sua mulher, Adelaide, foram seus padrinhos de batismo.
     Artista e arquiteto, São Guilherme trabalhou entre a França e a Itália fundando cerca de quarenta mosteiros e igrejas. Ao promover a construção de edificações religiosas, contribuiu também para difundir na França a cultura arquitetônica românica e, em particular, a solução da cobertura em abóboda.
     Depois de muito viajar pela Itália, se tornou abade da Igreja de São Benigno, em Dijon, em 990 e comandou a reconstrução (989-1002) da igreja.
     Na Itália, a sua obra mais importante é a fundação da Abadia Fruttuaria, na comuna de San Benigno Canavese, da qual ainda há remanescentes subterrâneos. Foi discípulo de São Maiolo de Cluny, aderindo à reforma que terá como centro a Abadia de Cluny. Como reformador, atuou em mais de 80 monastérios, notadamente na Normandia, em Fécamp, Jumièges, Bernay e Troarn.
     Também reconstruiu a abadia de Saint-Germain-de-Près e atuou na construção da abadia do Monte Saint-Michel, em 1023.
     É celebrado pela Igreja no dia 1º de janeiro.

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