Ela nasceu em Barbania, filha de Armerico
(ou Emerico), senhor de Barbania, Corio, Busano, Rocca e Rivara, e descendente
dos antigos duques lombardos.
Emerico nomeou Libânia como co-senhora de
Rivara, mas esta aos 15 anos recusou casar-se e fugiu para São Benigno de
Fruttuaria, onde recebeu o hábito beneditino das mãos de São Guilherme de
Volpiano (*), fundador da abadia.
Seu pai fundou para ela e suas
companheiras o mosteiro de Busano, dedicado a São Tomás e dependente da Abadia
de Fruttuaria. Libânia se tornou a abadessa. O mosteiro teve entre seus hospedes
ilustres Inês, mãe do Imperador Henrique IV.
Diz-se que estando perto de seu fim, um
anjo veio para sua cela e a levou para a igreja, onde "a alma se separou
do corpo de puro amor". Quando ela morreu, em 8 de abril de 1064, foi
enterrada em um lugar secreto dentro da igreja de São Tomás para evitar a
desfiguração a fim de colher relíquias.
No claustro, perto da igreja, há uma
inscrição: "Aceita, ó terra, as cinzas da benigna virgem abadessa Libânia,
ornamento da fé, tributo de louvor, filha de Emerico". Do mosteiro de
Busano restam atualmente escassos vestígios.
Fonte: www.villaschiari.it – www.santiebeati.it
Etimologia: Libânia,
do latim Libanius: “do monte Líbano”.
Há quem prenda ao grego libanos:
“incenso”; do hebraico lebonáh: “o
branco”, isto é, “o monte branco”.
(*)
Filho do nobre suevo Roberto de Volpiano e de Perinzia, talvez irmã de Arduino
de Ivrea, rei da Itália de 1002 a 1014,
nasceu no Piemonte, segundo alguns em Volpiano, perto de Turim; segundo outras
fontes, em Orta San Giulio durante o assédio do imperador Oto da Saxônia, rei
da Itália, para derrotar o exército de Berengário II, destituído do trono itálico. O próprio
imperador e sua mulher, Adelaide, foram seus padrinhos de batismo.
Artista e arquiteto, São Guilherme
trabalhou entre a França e a Itália fundando cerca de quarenta mosteiros e igrejas. Ao
promover a construção de edificações religiosas, contribuiu também para
difundir na França a cultura arquitetônica românica e, em particular, a solução
da cobertura em abóboda.
Depois de muito viajar pela Itália, se tornou abade da
Igreja de São Benigno, em Dijon, em 990 e comandou a reconstrução (989-1002) da
igreja.
Na Itália, a sua obra mais importante é a
fundação da Abadia Fruttuaria, na comuna de San Benigno Canavese, da qual ainda
há remanescentes subterrâneos. Foi discípulo de São Maiolo de Cluny, aderindo à
reforma que terá como centro a Abadia de Cluny. Como reformador, atuou em mais
de 80 monastérios, notadamente na Normandia, em Fécamp, Jumièges, Bernay e
Troarn.
Também reconstruiu a abadia de
Saint-Germain-de-Près e atuou na construção da abadia do Monte Saint-Michel, em
1023.
É celebrado pela Igreja no dia 1º de janeiro.
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