Nasceu no dia 7 de outubro de
1877 na aldeia de Kattoor (Índia), na paróquia de Edathuruthy, que formava
parte do então vicariato de Trichur (posteriormente passou a ser diocese e foi
dividida) e que atualmente pertence à diocese de Irinjalakuda. Era filha de
Antony e Kunjethy de Eluvathingal Cherpukara, uma rica família católica do rito
siro-malabar. Foi batizada com o nome de Rosa.
Desde pequena, por influência de sua mãe,
mulher muito piedosa, começou a exercitar-se nas virtudes. Na idade de nove anos
consagrou a Deus sua virgindade. Contra a vontade de seu pai, na idade de doze
anos ingressou no internato das religiosas da Congregação da Mãe do Carmelo de
Koonammavu.
Depois da reorganização dos vicariatos
apostólicos realizada no ano 1896, no dia 9 de maio de 1897 as religiosas e as
aspirantes do vicariato de Trichur se trasladaram de Koonammavu para
Ambazhakkad.
No dia seguinte, Rosa recebeu o véu e se tornou
postulante com o nome de Eufrásia do Sagrado Coração de Jesus. Em 10 de janeiro
de 1898 tomou o hábito na Congregação da Mãe do Carmelo, o primeiro instituto
feminino surgido na Igreja siro-malabar, que fora fundado em 13 de fevereiro de
1866 em Koonammavu, no Estado de Kerala, pelo beato Kuriakose Elias Chavara e o
padre Leopoldo Beccaro, da Ordem dos Carmelitas Descalços, então delegado
carmelita em Kerala, como terceira ordem dos Carmelitas Descalços. Desde 1967 é
de direito pontifício.
Em 24 de maio de 1900, por ocasião da
fundação do convento de Santa Maria em Ollur (a 5 k da cidade de Trichur), Irmã
Eufrásia emitiu os votos perpétuos. Nesse convento viveu durante 48 anos.
Em 1904 foi nomeada mestra de noviças,
ocupando este cargo até ser nomeada superiora em 1913.
Por causa de seu profundo espírito de
oração chamavam-na de “madre orante”. Alcançou uma profunda união com Nosso
Senhor, especialmente na Sagrada Eucaristia. As Irmãs carmelitas a chamavam
“sacrário móvel”. Passava longas horas diante do sacrário na capela do
convento, esquecida de si mesma e de tudo que a rodeava.
Em uma carta a seu diretor espiritual
expressa a sede que sentia de adorar, amar e consolar Cristo na Eucaristia: “Como aqui a maior riqueza, a Santa Missa,
não se celebra a miúdo, experimento uma grande dor interior e sinto um grande
desejo de suprir essa ausência. Tenho uma grande fome e uma grande sede de
fazer algo a respeito” (3 de julho de 1902).
Ela foi uma grande
apóstola da Eucaristia; se esforçava por fazer com que todos amassem, adorassem
e consolassem a Jesus no Santíssimo Sacramento. Também tinha uma devoção
especial por Cristo Crucificado. Beijava com frequência o crucifixo e falava
interiormente com ele, apertando-o contra o peito. O sofrimento, a paixão e a
dor de Cristo provocavam uma grande dor em seu coração.
Foi uma grande apóstola da Eucaristia. Se
esforçava por fazer com que todos amassem, adorassem e consolassem Jesus no Santíssimo
Sacramento.
Professava uma filial devoção à Virgem
Maria, que considerava como sua verdadeira mãe. Era especialmente devota do
santo rosário; rezava os 15 mistérios meditando na vida de Nosso Senhor e de
sua Mãe Santíssima.
Levou uma vida muito simples e austera,
realizando numerosos atos de penitência e mortificação. Comia uma só vez por
dia, evitando a carne, o pescado, os ovos e o leite.
Conjugava perfeitamente a ação e a
contemplação em sua vida. Seu amor a Deus se manifestava na compaixão e no amor
às pessoas que se dirigiam a ela para que as ajudasse em suas dificuldades
econômicas ou problemas familiares, ou para pedir-lhe orações a fim de curar-se
de uma enfermidade, obter um emprego ou superar um exame. Sabiam que ela
intercederia junto a Mãe de Deus e que suas orações eram sempre escutadas. Era
um modelo exemplar de caridade.
Madre Eufrásia, que havia oferecido sua
vida como sacrifício de amor a Deus, faleceu no dia 29 de agosto de 1952. Foi
beatificada em 3 de dezembro de 2006 na igreja de Santo Antônio Forane, em
Ollur, arquidiocese de Trichur, pelo Cardeal Varkey Vithayathil, arcebispo mor
de Ernakulam-Angamaly dos siro-malabares.
Foi canonizada em 23 de novembro de 2014.
http://es.catholic.net/op/articulos/36462/cat/214/eufrasia-del-sagrado-corazon-de-jesus-eluvathingal-beata.html
Obrigado, Dona Zeni, por sua dedicação e zelo por esse blog. Não pare. Não desista. Continue evangelizando através da divulgação da vida dessas verdadeiras Heroínas: as da Cristandade! Seja feliz e abençoada!
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