Em torno de
1100, Bolonha, após cerca de três séculos de dependência de Ravena, se
constituiu em comuna livre, mas a vida era continuamente perturbada pelas lutas
entre guelfos e gibelinos.
Neste clima político veio ao mundo uma menina a quem a mãe dedicou uma
sincera educação religiosa. Estes cuidados zelosos da mãe resultaram que nos
anos seguintes a criança, que se tornou uma jovem esplêndida, desejasse se
dedicar à oração e à contemplação.
A jovem fez os votos na igreja bolonhesa de Santo Estevão, escolhendo o
nome de Lúcia, dando adeus definitivo à vida secular. Ela ficou conhecida pelo
nome de Lúcia de Settefonti (ou de Stifonti) porque o convento que escolhera
para concretizar sua vocação religiosa foi o mosteiro camaldulense de Santa
Cristina, ou mosteiro camaldulense de Stifonti, local não distante de Bolonha,
na comuna de Ozzano Emilia, fundado em 1097.
À morte de Matilde, fundadora do mosteiro, Lúcia se tornou abadessa. O
hábito monacal entretanto não toldou sua beleza, cuja fama se espalhou por toda
a região.
Após sua morte, sua figura de monja e abadessa se tornou tema de
narrativas populares que, dando testemunho do valor de sua intercessão e
caridade fraterna, incrementaram o seu culto, particularmente na igreja de
Santa Cristina de Bolonha onde fora sepultada.
Em 7 de novembro de 1573, o Cardeal Paleotti transladou suas relíquias
para a igreja de Santo André de Ozzano, onde surgira um outro mosteiro da mesma
Ordem. Em 1779, Pio VI confirmou o culto a Beata Lúcia e fixou o dia 7 de
novembro como data de celebração de sua memória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário