sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Beata Lúcia de Settefonti, Virgem camaldulense - 7 de novembro

    
     Em torno de 1100, Bolonha, após cerca de três séculos de dependência de Ravena, se constituiu em comuna livre, mas a vida era continuamente perturbada pelas lutas entre guelfos e gibelinos.
     Neste clima político veio ao mundo uma menina a quem a mãe dedicou uma sincera educação religiosa. Estes cuidados zelosos da mãe resultaram que nos anos seguintes a criança, que se tornou uma jovem esplêndida, desejasse se dedicar à oração e à contemplação.
     A jovem fez os votos na igreja bolonhesa de Santo Estevão, escolhendo o nome de Lúcia, dando adeus definitivo à vida secular. Ela ficou conhecida pelo nome de Lúcia de Settefonti (ou de Stifonti) porque o convento que escolhera para concretizar sua vocação religiosa foi o mosteiro camaldulense de Santa Cristina, ou mosteiro camaldulense de Stifonti, local não distante de Bolonha, na comuna de Ozzano Emilia, fundado em 1097.
     À morte de Matilde, fundadora do mosteiro, Lúcia se tornou abadessa. O hábito monacal entretanto não toldou sua beleza, cuja fama se espalhou por toda a região.
     Após sua morte, sua figura de monja e abadessa se tornou tema de narrativas populares que, dando testemunho do valor de sua intercessão e caridade fraterna, incrementaram o seu culto, particularmente na igreja de Santa Cristina de Bolonha onde fora sepultada.
     Em 7 de novembro de 1573, o Cardeal Paleotti transladou suas relíquias para a igreja de Santo André de Ozzano, onde surgira um outro mosteiro da mesma Ordem. Em 1779, Pio VI confirmou o culto a Beata Lúcia e fixou o dia 7 de novembro como data de celebração de sua memória.
 

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