Maura
nasceu em Troyes, região de Champagne, França. Era filha do nobre Maurano e da
rica Sedulia. Seu irmão, Eutrópio, sacerdote, foi um eminente prelado de
Troyes.
Existe uma Vita contemporânea de Santa Maura, breve, mas confiável, escrita por São Prudêncio de Troyes (celebrado a 6 de abril), que baseia o seu relato em conversas mantidas com a mãe da Santa. Ele narra que desde a mais tenra idade Maura, que nasceu em 827, levou uma vida de intensa oração, completamente focada em Deus. Existem também escritos sobre ela em Goujet e Mezangui, Vidas dos Santos.
Como seu irmão renunciara à sua parte na herança, Maura dispunha de um grande dote que utilizou para promover instituições voltadas para a assistência aos pobres. Preferiu entregar-se ao Senhor e não a um homem. Dizia ter quatro noivos: os Santos Apóstolos Pedro e Paulo, São Gervásio e São Protásio. Rezava para eles com frequência e mantinha igrejas a eles dedicadas.
Com a oração e o exemplo, se bem que fosse ainda menina, converteu o pai, Maurano, que levava uma vida dissipada. Graças às advertências da filha mudou de vida e se converteu em pai honrado e virtuoso.
Com sua caridade e devoção havia impelido o irmão, Eutrópio, a se tornar sacerdote e posteriormente bispo de Troyes. Maura, entretanto, continuou a viver junto à família onde passava o tempo rezando, ajudando a mãe e assistindo aos pobres e aos necessitados.
Sua vida era planejada com esmero para desempenhar qualquer atividade e pontuada por atos de penitência: ela jejuava todas as quartas-feiras e sextas-feiras, por exemplo, e às vezes caminhava descalça pelos três ou quatro quilômetros que a separavam da Abadia de Mantenay, onde se encontrava com o santo abade que era seu diretor espiritual.
A Santa passava longas horas na igreja, adorando a Deus e meditando sobre a Vida e a Paixão de Nosso Senhor. Naqueles momentos de adoração era frequente que lágrimas corressem dos olhos de Maura, refletindo seu amor, sua alegria e o encanto de seu relacionamento com o Deus escondido no sacrário.
Era grande o seu entusiasmo ao costurar vestimentas sagradas, ao aparar as mechas das velas na igreja e preparar a cera das velas para o altar. O Bispo Prudêncio de Troyes, um amigo pessoal, usava uma alba fiada e tecida por ela.
Maura era muito humilde e procurava não atrair a atenção para os seus dons, embora fossem conhecidos vários milagres alcançados graças às suas orações.
A Santa virgem faleceu em 21 de setembro de 850, com somente 23 anos de idade, após uma longa enfermidade. Ela recebeu a Extrema Unção e o Viático com extraordinárias demonstrações de alegria divina e de amor, recitando orações. Ela expirou quando eram ditas estas palavras: Venha a nós o vosso reino.
Santa Maura foi sepultada em Château Nore de Troyes. Suas relíquias são veneradas em várias igrejas por toda a França.
Após a morte de Santa Maura, São Prudêncio, Bispo de Troyes, fez um sermão muito longo, que era a memória que ele tinha desta jovem que conheceu até sua morte. Temos a sorte deste precioso documento ter sido preservado, o que nos permite traçar a vida exemplar desta santa: um santo fala de uma santa contemporânea!
Milagres
e santidade
Pelo menos três milagres póstumos são atribuídos a Maura de Troyes. Após sua morte, seu corpo foi lavado com água, mas a água foi transformada em leite. Acredita-se que um jovem tenha sido curado de "uma febre ardente" depois de beber o leite. Uma jovem mulher, cujo marido não gostava de uma grande marca de nascença em seu rosto, também bebeu o leite e a marca de nascença desapareceu. Na mesma hora da morte desta virgem, o monge Verano, que há muito tempo havia perdido o olfato, estando no mosteiro de Leão, sentiu o mesmo cheiro doce que sentiram aqueles que estavam perto do corpo sagrado.
Ela foi declarada santa pela comunidade, como era o processo normal antes da criação da Congregação para as Causas dos Santos.
Em 1865, o túmulo da santa foi aberto, diante do Bispo Ravinet e do Príncipe e Princesa de Faucigny-Lusinge, donos do castelo de Sainte-Maure. A santa fora enterrada em um sarcófago galo-romano, reutilizado nos tempos carolíngios, e que nunca havia sido aberto. Mas havia um buraco aberto na tampa, e durante séculos peregrinos estavam usando relíquias mergulhando suas mãos dentro.
A Imperatriz Eugenia, uma católica fervorosa, esposa de Napoleão III, foi convidada a restaurar a tumba. Em 1867, o velho sarcófago foi revestido com uma caixa de bronze dourada, e forrada de seda; uma representação de cera da jovem santa na época de sua morte foi colocada.
Em 2002, o sarcófago foi danificado pela queda de um cofre, e foi restaurado em 2006. Há sua estátua na igreja de São Juliano e aparece em dois vitrais do triforium da catedral.
Etimologia:
Mauro (a), do latim Maurus, do grego, Mauros: “nativo da Mauritânia”;
ou “pardo como um mouro”.
Fontes: www.santiebesti/it; http://es.catholic.net/santoral/articulo.php?id=12715;
http://www.catholic.org/saints/saint.php?saint_id=742
Postado
neste blog em 20 de setembro de 2013
Existe uma Vita contemporânea de Santa Maura, breve, mas confiável, escrita por São Prudêncio de Troyes (celebrado a 6 de abril), que baseia o seu relato em conversas mantidas com a mãe da Santa. Ele narra que desde a mais tenra idade Maura, que nasceu em 827, levou uma vida de intensa oração, completamente focada em Deus. Existem também escritos sobre ela em Goujet e Mezangui, Vidas dos Santos.
Como seu irmão renunciara à sua parte na herança, Maura dispunha de um grande dote que utilizou para promover instituições voltadas para a assistência aos pobres. Preferiu entregar-se ao Senhor e não a um homem. Dizia ter quatro noivos: os Santos Apóstolos Pedro e Paulo, São Gervásio e São Protásio. Rezava para eles com frequência e mantinha igrejas a eles dedicadas.
Com a oração e o exemplo, se bem que fosse ainda menina, converteu o pai, Maurano, que levava uma vida dissipada. Graças às advertências da filha mudou de vida e se converteu em pai honrado e virtuoso.
Com sua caridade e devoção havia impelido o irmão, Eutrópio, a se tornar sacerdote e posteriormente bispo de Troyes. Maura, entretanto, continuou a viver junto à família onde passava o tempo rezando, ajudando a mãe e assistindo aos pobres e aos necessitados.
Sua vida era planejada com esmero para desempenhar qualquer atividade e pontuada por atos de penitência: ela jejuava todas as quartas-feiras e sextas-feiras, por exemplo, e às vezes caminhava descalça pelos três ou quatro quilômetros que a separavam da Abadia de Mantenay, onde se encontrava com o santo abade que era seu diretor espiritual.
A Santa passava longas horas na igreja, adorando a Deus e meditando sobre a Vida e a Paixão de Nosso Senhor. Naqueles momentos de adoração era frequente que lágrimas corressem dos olhos de Maura, refletindo seu amor, sua alegria e o encanto de seu relacionamento com o Deus escondido no sacrário.
Era grande o seu entusiasmo ao costurar vestimentas sagradas, ao aparar as mechas das velas na igreja e preparar a cera das velas para o altar. O Bispo Prudêncio de Troyes, um amigo pessoal, usava uma alba fiada e tecida por ela.
Maura era muito humilde e procurava não atrair a atenção para os seus dons, embora fossem conhecidos vários milagres alcançados graças às suas orações.
A Santa virgem faleceu em 21 de setembro de 850, com somente 23 anos de idade, após uma longa enfermidade. Ela recebeu a Extrema Unção e o Viático com extraordinárias demonstrações de alegria divina e de amor, recitando orações. Ela expirou quando eram ditas estas palavras: Venha a nós o vosso reino.
Santa Maura foi sepultada em Château Nore de Troyes. Suas relíquias são veneradas em várias igrejas por toda a França.
Após a morte de Santa Maura, São Prudêncio, Bispo de Troyes, fez um sermão muito longo, que era a memória que ele tinha desta jovem que conheceu até sua morte. Temos a sorte deste precioso documento ter sido preservado, o que nos permite traçar a vida exemplar desta santa: um santo fala de uma santa contemporânea!
Catedral de Sts. Pedro e Paulo, Troyes |
Pelo menos três milagres póstumos são atribuídos a Maura de Troyes. Após sua morte, seu corpo foi lavado com água, mas a água foi transformada em leite. Acredita-se que um jovem tenha sido curado de "uma febre ardente" depois de beber o leite. Uma jovem mulher, cujo marido não gostava de uma grande marca de nascença em seu rosto, também bebeu o leite e a marca de nascença desapareceu. Na mesma hora da morte desta virgem, o monge Verano, que há muito tempo havia perdido o olfato, estando no mosteiro de Leão, sentiu o mesmo cheiro doce que sentiram aqueles que estavam perto do corpo sagrado.
Ela foi declarada santa pela comunidade, como era o processo normal antes da criação da Congregação para as Causas dos Santos.
Em 1865, o túmulo da santa foi aberto, diante do Bispo Ravinet e do Príncipe e Princesa de Faucigny-Lusinge, donos do castelo de Sainte-Maure. A santa fora enterrada em um sarcófago galo-romano, reutilizado nos tempos carolíngios, e que nunca havia sido aberto. Mas havia um buraco aberto na tampa, e durante séculos peregrinos estavam usando relíquias mergulhando suas mãos dentro.
A Imperatriz Eugenia, uma católica fervorosa, esposa de Napoleão III, foi convidada a restaurar a tumba. Em 1867, o velho sarcófago foi revestido com uma caixa de bronze dourada, e forrada de seda; uma representação de cera da jovem santa na época de sua morte foi colocada.
Em 2002, o sarcófago foi danificado pela queda de um cofre, e foi restaurado em 2006. Há sua estátua na igreja de São Juliano e aparece em dois vitrais do triforium da catedral.
Troyes - Centro histórico |
A cidade de Troyes em 1634 |
Fontes: www.santiebesti/it; http://es.catholic.net/santoral/articulo.php?id=12715;
http://www.catholic.org/saints/saint.php?saint_id=742
ResponderExcluirSou catequista e, outro dia, numa reunião com o padre para preparar a missa de primeira eucaristia critiquei o folheto que servia de modelo onde o comentarista dizia, após a comunhão: "Vamos agora fazer um momento de silêncio..."
Que incoerência, o comentarista romper o silêncio para pedir silêncio!!
Ora vc faz a mesma coisa em seu Blog
E eu que já nem me lembrava dessa abominação de pachamama, que tinha meu coração "em silêncio", fui perturbada por esse seu "selo" que quebra o silêncio trazendo à memória essa figura abominável...
Tão incoerente como o comentário do folheto, seu "selo" apenas torna o seu blog uma ZONA NÃO LIVRE de pachamama... ele a traz presente, ela está aqui, perturbando e tirando a paz...