A Beata Gisela com seu filho Sto. Américo |
Gsela, filha do duque Henrique II da
Baviera, e de Gisela da Borgonha, nasceu c. 980/985. Era a irmã mais nova de
Henrique II da Alemanha, de Bruno, que depois se tornaria bispo de Augsburgo, e
de Brígida, futura abadessa de Mittelmuenster.
Foi a época em que seu pai se reconciliou
definitivamente com a imperatriz Teofana, regente da Alemanha. Ela recebeu uma
educação católica muito profunda, notadamente por parte do Bispo Wolfgang de
Ratisbonne, confessor e conselheiro da corte ducal.
Por toda sua infância ela viu seu pai em
conflito quase constante com a Hungria. Em agosto de 995, seu pai faleceu
deixando a Baviera ao seu filho mais velho, o futuro imperador Henrique II.
Gisela foi logo dada em noivado ao herdeiro da Hungria, Estevão. Desde pequena
ela desejara tornar-se religiosa, mas decidiu aceitar um casamento que
contribuiria muito para a expansão do cristianismo, deixando sua vocação para
mais tarde.
A união teve lugar no Castelo de Scheven
no fim de 995, ou no início de 996, com concessões de ambas as partes: os
húngaros cederam o sudeste da Morávia e a bacia de Vienne. Além disso, eles
aceitaram a evangelização do país. Em troca, a Baviera prometia a paz: por nove
séculos a fronteira de Morávia e de Leitha permaneceu estável. Um cortejo
numeroso acompanhou Gisela ao país de seu esposo e muitos eram religiosos. Gisela
se tornou a primeira rainha católica húngara.
Gisela e Estevão tiveram muitos filhos: o
primogênito, nascido em 1002 e outro nascido depois, morreram muito jovens, e
as fontes que os mencionam são posteriores, já as informações sobre o mais
velho, Américo da Hungria, que foi canonizado, são mais extensas. Nascido em
1007, ele faleceu em 1031, antes de seus pais.
Gisela construiu muitas igrejas e
mosteiros, inclusive a Catedral de Vezprim, decorando-a com trabalhos dos mais
importantes artistas da época, até mesmo de escultores gregos.
Além da importância religiosa e cultural
que seu reinado obteve, há de considerar-se também a importância política que
permitiu, graças a seu casamento e à conversão da Hungria, que as boas relações
com a Alemanha chegassem até o século XXI.
Gisela cumpriu essa missão com muito
sofrimento pessoal: a perda de seu filho mais velho e de uma filha; duas filhas
seguiram seus maridos para terras distantes e ela nunca mais as viu; como
vimos, o herdeiro, Américo, sucessor natural do trono, também faleceu. Mas,
embora tivesse enfrentado várias tragédias, a que a fez mais sofrer ocorreu em
1038: a morte de seu esposo, Santo Estevão.
Ainda teria que enfrentar os húngaros
opostos a ela, que assumiram o poder desejando neutralizar a sua influência
junto ao povo. Pedro, sobrinho e sucessor de seu esposo, negou seus
compromissos e tiranizou os habitantes, inclusive ela. Despojada de seus bens,
permaneceu presa por vários anos, sem qualquer contato com os parentes do
exterior. Em 1045, depois de muitas negociações com o rei Henrique III, Gisela
pôde retornar à sua Baviera natal.
Na Baviera, ela se retirou no Mosteiro de
Niedernburg, Passau. Gisela foi eleita abadessa, governando até o dia 7 maio de
1065, quando faleceu. O seu túmulo em Passau foi objeto de peregrinações e
veneração dos fieis.
Assim, esta grande figura feminina da
história da Igreja deixou uma marca profunda no final do primeiro milênio. Gisela,
a rainha católica que se fez abadessa, patrocinou grandes obras de caridade,
construiu igrejas, ajudou a converter a Hungria e por isso teve grande participação
política na expansão do Cristianismo.
Seu culto é muito antigo e ainda intenso
em todo o norte da Itália, Hungria, Alemanha, França, por todo o Oriente e
pelos países onde os beneditinos se instalaram, levando com eles a comemoração
litúrgica desta rainha abadessa no dia 7 de maio.
Gisela foi declarada Beata em 1975. Em 1908,
foi realizado um reconhecimento de suas relíquias.
Etimologia: Gisela: do alemão Geisila = “bastão, vara, açoite”; ou ainda abreviação de Gisel = “prisioneiro de guerra, refém”.
As notícias sobre a excomunhão do hoje ex-“padre Beto”, da diocese de
Bauru-SP, servem para mostrar como o mal se desenvolve por etapas. Ele aparece
de início em atitudes, afirmações ou posições tênues e aparentemente
inofensivas, mas aos poucos destrói por dentro o bem e faz isso de modo que
quase ninguém tome consciência do tamanho do estrago que ele produzirá quando
chegar ao extremo. [...]
Em relação às notícias que a mídia publica que são, obviamente
tendenciosas, e escritas por pessoas que não sabem NADA sobre doutrina
católica, já deixamos claro que a excomunhão não se deu pelo fato do padre
defender os homossexuais. A excomunhão foi declarada porque ele se negou a
cumprir o que prometera em sua ordenação sacerdotal: fidelidade ao Magistério
da Igreja e obediência aos seus legítimos pastores.
Leia mais, inclusive o comunicado
oficial da Diocese de Bauru-SP em:
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