Maria Bartolomea, de uma nobre família florentina,
nasceu em 1514 e foi um lírio magnifico que cresceu entre agudos espinhos. Ela
desejou ser toda de Jesus desde a mais tenra idade e dizia isto com um
entusiasmo infantil. Se seus familiares por acaso respondiam com uma negação,
ela ficava inconsolável e chorava.
Tendo ficado sem mãe muito cedo, era o
anjo do ambiente doméstico, que logo ficou sob sua direção, o que fazia com uma
rara aptidão. O pai a via crescer bela e gentil e pressagiava um róseo porvir
para ela.
Muito jovens nobres, atraídos pelo seu
suave encanto, a desejaram como esposa. O pai falou com a filha sobre isto,
dizendo que para ele não se tratava de escolher, porque ele não desejava outra
coisa senão vê-la feliz. Mas, Maria sente um frêmito estranho e todos os seus
membros pareceram se deslocar. Levada para seu leito, começou para ela um
martírio que durou 45 anos: golpeada por uma grave e misteriosa doença, que se
intensificada a cada sexta-feira, na Semana Santa e em várias outras
solenidades litúrgicas, ela tudo suportou com fé e paciência.
Aos 33 anos, teve uma trégua milagrosa de
seus males físicos e pode receber o hábito de Terceira da Ordem Dominicana, que
ela tanto desejara. Aos sofrimentos físicos se juntaram calúnias dos homens e
assaltos do demônio, mas nada podia abater a sua paciência.
O seu leito foi uma cátedra e com seus
exemplos, suas palavras, suas cartas ela se tornou luz de vida para muitas
almas.
A Beata faleceu no dia 28 de maio de 1577.
Foi sepultada no Mosteiro Carmelita de Santa Maria dos Anjos de Florença, onde
ainda seu corpo incorrupto pode ser venerado.
Anos mais tarde, Santa Maria Madalena de
Pazzi entraria naquele mosteiro e seria milagrosamente curada por sua
intercessão.
Seu culto foi aprovado pelo Papa Pio VII
em 11 de julho de 1804.
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