Martirológio
Romano: Em Madrid, capital de Espanha, Beata Maria Cecília (Maria Felicidade)
Cendoya y Araquistain, virgem, da Ordem da Visitação de Santa Maria, e mártir,
que, na grande perseguição, ao ver que suas irmãs haviam sido presas, se entregou
espontaneamente na mesma noite aos milicianos, e ao lado delas confirmou o testemunho
de sua fé com o supremo sacrifício da vida († 1936).
A pequena Maria Felicidade fez sua entrada
na vida no lar católico de Antônio Cendoya e Isabel Araquistain no dia 10 de
janeiro de 1910, em Azpeitia (Guipúzcoa), Navarra. Cresceu feliz ao lado de
suas irmãs. Seus pais imprimiram no coração de suas filhas o santo temor de
Deus e uma sólida piedade.
Embora tivesse um temperamento muito vivo,
seu amor a Maria Santíssima fez com que pudesse superar seu temperamento para
ser religiosa, como desejava. Sua mãe dizia que ela possuía algo diferente das
demais, mas quando ela manifestou o desejo de ser religiosa, ela lhe disse: “Você monja, com esse gênio?... Você tem que
corrigir esse gênio se quiser ser monja”. E sua mãe dizia que ela mudou
desde aquele momento.
Decidida e alegre, aos 20 anos ingressou
no Primeiro Mosteiro da Visitação de Madrid, em 9 de outubro de 1930. Em sua
tomada de hábito recebeu o nome de Maria Cecília. Seu temperamento vivo
contrastava com seu caráter amável, simples, humilde, abnegado e muito
serviçal. “Era o Anjo das pequenas práticas”,
costumava dizer as Irmãs.
Desde o princípio sofreu todas as
consequências da perseguição religiosa: distúrbios, queimas de igrejas e
conventos, dispersão de sua comunidade, etc. Ela teve muitas oportunidades de
voltar para sua família, mas por amor a Jesus e a sua vocação nunca aceitou as
propostas e sempre dizia com grande firmeza que por nada neste mundo deixaria o
convento.
Era simples, humilde. Tímida, costumava
cantar para Nossa Senhora enquanto trabalhava. Se distinguia por sua fidelidade,
espírito de recolhimento e de mortificação, sempre consciente de viver na
presença de Deus. Foi a Irmã que mais sofreu; era a mais jovem e estava a pouco
tempo no convento, não conhecia ninguém e, como era basca, não sabia bem o
castelhano; tudo isto ajudou a ser mais penosa a sua última solidão, porém Deus
velava por ela e a cumulou de fortaleza. Quando as Irmãs morreram, confessou
sua condição de monja e a fuzilaram três dias depois no cemitério de Vallecas.
Foi beatificada em 10 de maio de 1998.
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário