Ingrid, da nobre família Elofsdotter, nasceu em meados do século XIII. Por
parte de sua mãe, era neta do Rei Canuto da Suécia. Ela recebeu uma educação
condizente com sua condição social, sobretudo profundamente cristã. Alma de cândidos
ideais, viveu desde os primeiros anos de vida em fervorosa piedade. As virtudes
mais heroicas pareciam conaturais nela. Quando muito jovem foi obrigada por
seus pais a contrair um riquíssimo casamento, mas todo aquele esplendor do
mundo não a deslumbrou, continuando a viver no mundo sem ser do mundo.
Ficou viúva em pouco tempo. Com uma irmã e um devoto séquito de damas de
honra, empreendeu uma longa peregrinação à Terra Santa, onde seu coração se
acendeu ainda mais de terno amor pelo Salvador. Da Palestina ela foi para Roma
e depois para Santiago de Compostela. Em Roma, pediu ao Papa autorização para
fundar um mosteiro de religiosas contemplativas em seu país.
Retornando ao seu país, um único desejo a dominava: se dedicar para
sempre a uma vida de oração e penitência. Mas o demônio, furioso, engendrou uma
trama terrível, tentando ofuscar sua reputação entre os seus concidadãos. Tudo
entretanto foi esclarecido e a santa peregrina, recebida com alegre veneração, pode
logo realizar seus votos e, auxiliada por generosos benfeitores – entre eles
seu irmão, João Elovson, cavaleiro teutônico – construiu um mosteiro sob a
Regra de São Domingos, onde, juntamente com um bom número de virgens, se dedicou
inteiramente a contemplação e as santas austeridades.
O mosteiro foi inaugurado em 15 de agosto de 1281, em Skänninge, na
presença do Rei Magnus Ladulas, com a ajuda e o apoio do dominicano Padre Pedro
de Dacia (1230-1289), que dava assistência espiritual às religiosas, com a
autorização do Bispo de Linkoping e do Provincial da Ordem.
A Beata faleceu no dia 2 de setembro de 1282, quando era Priora daquele mosteiro,
com tanta fama de santidade e obtendo milagres prodigiosos, que logo o seu
culto se espalhou para os povos vizinhos.
Suas relíquias foram solenemente transladadas em 29 de julho de 1507,
pela autoridade do Papa Alexandre VI, estando o rei presente, uma grande
multidão, todos os bispos da Suécia e os Irmãos Pregadores daquela região.
Em 1414, o Bispo de Linkoping, Canuto Bosson, antes do Concílio de
Constança, pedira à Santa Sé autorização para abrir o processo de sua
canonização. Devido a Pseudo Reforma protestante, o processo não teve
continuidade. Durante os eventos da reforma, o Mosteiro de São Martinho foi destruído,
bem como as relíquias da Beata, e sua causa de canonização nunca chegou a uma formalização.
Mas, ela foi inserida no Martirológio Romano e sua memória é celebrada no dia
de seu falecimento.
Fontes: http://www.es.catholic.net/santoral;
www.santiebeati/it
Igreja de Nossa Senhora em Skänninge, Suécia |
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