Tendo ficado viúva em 1441, decidiu
retirar-se do mundo e, sob a influência da palavra vibrante do agostiniano
Ângelo de São Severino, se fez terceira agostiniana.
Depois de ter emitido a profissão, até
1446 continuou a viver na casa deixada para ela pelo marido, quando foi morar
com a irmã Perfeita, ela também terceira agostiniana.
Levou sempre uma vida de penitência e de
rigorosa mortificação, alimentando-se quase que somente de pão e água, dormindo
sobre um duro leito de pedras recoberto de uma fina camada de palhas,
flagelando-se continuamente e caminhando com trinta e três pedras nos sapatos “por causa do amor que tive aos bailes e
danças que no mundo frequentei ofendendo ao meu Senhor, e pelo amor que levou o
meu terno Jesus a caminhar durante trinta e três anos no mundo por amor de mim”.
Todas as formas de penitência que ela se
impunha sempre foram inspiradas pelo duplo motivo: imitação de Nosso Senhor
Jesus Cristo e antítese de sua vida anterior. Com grande força e ânimo, numa
pequena cela na sua casa, enfrentou toda sorte de provações e somente saia para
rezar e meditar na sua querida igreja de Santa Luzia.
A sua vida de completa renúncia e de luta
foi confortada por êxtases e visões celestes, e Deus a recompensou com o dom
dos milagres e do conhecimento de coisas ocultas.
Como resultado da fratura dos fêmures, a
Beata permaneceu os últimos anos de vida presa a seu pobre e duro leito,
demonstrando uma grande serenidade e paciência até a morte, que ocorreu no dia
23 de abril de 1458.
Depois de vários traslados, em 1845 os
despojos da Beata encontraram um digno local na Catedral, onde ainda hoje estão
expostos à veneração pública. Seu culto foi confirmado em 1848 pelo Beato Pio
IX. A sua memória litúrgica acontece em 23 de abril.
Nenhum comentário:
Postar um comentário