Na paz silenciosa do claustro, Josefina ocupou-se em servir ao Senhor
com crescente amor, fidelidade e perfeita alegria franciscana. Porém, bem cedo
a pobre terra da França deveria ser golpeada pelo furioso furacão da revolução.
Milhares de vítimas foram colocadas na prisão e sacrificadas. Os tribunais
revolucionários somente interrogavam os acusados, não lhes permitindo a
possibilidade de se defenderem.
Em 1791 as monjas clarissas foram expulsas de seu mosteiro e Josefina
foi hospedada por seus parentes em Cambrai. As irmãs ursulinas, com o desejo
ardente de continuar sua vida religiosa, atravessaram a fronteira e se uniram
às suas coirmãs da região de Mons. Este exílio durou de 17 de setembro de 1792
a 1º de novembro de 1793, quando as irmãs ursulinas puderam regressar ao seu
convento.
Vendo que não lhe era possível regressar junto com as outras irmãs,
desejosa de voltar à vida de comunidade, Josefina pediu para ser acolhida entre
as irmãs ursulinas, junto à sua irmã Escolástica. O gozo da recuperação da vida
conventual foi breve. Valenciennes caiu novamente nas mãos dos franceses e a
fúria tudo derrubou.
Na noite entre os dias 2 e 3 de setembro os emissários revolucionários,
percorrendo a cidade, aprisionaram Josefina, que se distinguiu por uma grande tranquilidade
de ânimo que jamais abandonou. Ao comissário disse que não havia necessidade de
tanta gente para apoderar-se de uma pobre mulher. Nessa mesma noite, junto com
sua irmã Maria Escolástica, foi recolhida à prisão e ali esperaram o momento
solene.
A 23 de outubro de 1794, subiram ao patíbulo recitando o "Te
Deum" e as ladainhas da Virgem. No cadafalso tiveram palavras de
agradecimento para os verdugos, cujas mãos elas beijaram. A Bem-aventurada
Josefina Leroux e as dez irmãs ursulinas foram assassinadas por ódio à fé, à
Igreja e à religião de Cristo. Quando foi guilhotinada tinha 47 anos.
As disposições em que se encontravam as religiosas, assim as indica
Maria Margarida, escrevendo às ursulinas de Mons em 20 de outubro: "Não
nos lastimeis; perguntai antes o que fizemos para merecer este favor. Cinco de
nós já sofreram a guilhotina. Subiram para ela a rir... Ficai bem certas que
sempre vos ficaremos reconhecidas no céu. Ao morrermos, abraçamo-nos de todo o
coração..."
As onze religiosas, juntamente com quatro irmãos da caridade, de Arrás,
foram beatificadas por Bento XV em 1920.
São totalmente desconhecidas as
circunstâncias em que foram sepultados os corpos das vítimas e os túmulos não
foram encontrados.
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