Maria Anunciação Peña Rodríguez nasceu em Ruanales, na região espanhola
da Cantábria, a 23 de março de 1900. Seus pais, Melitón e Agostinha, levaram-na
à pia batismal da paróquia do Triunfo da Santa Cruz (Exaltação da Santa Cruz)
dois dias depois.
Em breve, a dor se apresentou em sua vida com a perda de sua mãe em tenra
idade e no empenho no trabalho. Com o passar do tempo, se formou nela um
espírito austero, trabalhador e sensível às necessidades das pessoas ao seu
redor.
Em 14 de dezembro de 1924 ingressou como postulante no Instituto das
Irmãs Servas de Maria Ministras dos Enfermos, fundado pela Madre Maria Soledad
de Acosta (Santa desde 1970), na casa de Tudela, mas mudou-se para o noviciado
na Casa-Mãe, localizado em Madrid. Lá ela tomou o hábito de irmã coadjutora (denominação
semelhante ao de conversa, ou seja, irmã proveniente de uma família pobre) em 4
de julho de 1925, assumindo, em memória de sua mãe, o nome de Irmã Agostinha.
Durante o noviciado foi descrita como uma "pessoa de virtudes incomuns,
sentimentos muito nobres, e apesar da pouca instrução, muito inteligente".
Em Madrid, no dia 5 de julho de 1927, ela emitiu os primeiros votos e
quatro dias mais tarde tornou-se parte da comunidade de Pozuelo de Alarcón,
onde se tornou um grande apoio para as irmãs idosas e doentes hospitalizadas ali.
Dedicava-se principalmente ao cultivo de hortaliças e acorria assim que as
irmãs precisavam de algo. Assim que tinha um momento livre, era encontrada na
capela, recolhida diante de Jesus na Eucaristia.
A sua caridade se tornou patente quando lhe foi confiada a Irmã Aurélia
Arambarri Fuente, que sofria de paralisia. A noite ela se levantava, sem fazer
a menor queixa, toda vez que ela a chamava.
Com a eclosão da guerra civil espanhola, em julho de 1936, as religiosas
tiveram que deixar o hábito e foram forçadas a não se comunicarem umas com as
outras, nem mesmo para rezar. Aquelas que puderam se refugiaram na casa de
pessoas amigas. As que abrigaram a Irmã Aurélia e a Irmã Agostinha hospedavam
outras duas religiosas: Irmã Aurora López González, a mais velha de todo o
Instituto e a Irmã Daria Andiarena Sagaseta de cinquenta e sete anos.
A família declarou que quando os militantes vieram capturá-las e as insultaram suspeitando que fossem freiras à paisana, a Irmã Daria disse: "Na verdade, somos religiosas. Vocês podem dispor de nós como quiserem, mas peço-lhes para não fazer nada a esta família, porque ao ver-nos desabrigadas, e tendo sido autorizada pelo Comitê [organização civil que substituiu a Câmara Municipal] de Pozuelo, fomos recebidas em sua casa por caridade".
A família declarou que quando os militantes vieram capturá-las e as insultaram suspeitando que fossem freiras à paisana, a Irmã Daria disse: "Na verdade, somos religiosas. Vocês podem dispor de nós como quiserem, mas peço-lhes para não fazer nada a esta família, porque ao ver-nos desabrigadas, e tendo sido autorizada pelo Comitê [organização civil que substituiu a Câmara Municipal] de Pozuelo, fomos recebidas em sua casa por caridade".
Irmã Agostinha foi forçada a se separar das irmãs e se juntou a outra
família que fugia para Las Rozas, e ali, sozinha, foi acusada de ser religiosa
e de ter sido vista rezando. Em 5 de dezembro de 1936 sofreu o martírio, aos
trinta e seis anos. As outras três, no entanto, provavelmente morreram no dia
seguinte e são comemoradas no dia 6 de dezembro.
Em 3 de junho de 2013 Francisco I assinou o decreto reconhecendo o assassinato da Irmã Daria e de suas três companheiras por ódio à fé; a cerimônia de beatificação foi realizada no dia 13 de outubro de 2013 , em Tarragona.
Em 3 de junho de 2013 Francisco I assinou o decreto reconhecendo o assassinato da Irmã Daria e de suas três companheiras por ódio à fé; a cerimônia de beatificação foi realizada no dia 13 de outubro de 2013 , em Tarragona.
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