O seu nome de família é Carolina
Gerhardinger. Veio ao mundo em Stadtamhof - Regensburg, na Baviera (Alemanha),
a 20 de junho de 1797, filha única de Willibald Gerhardinger barqueiro e sua
esposa Mary Frances Huber. Seus pais a prepararam para a vida em seus vários
estilos e assim despertando a riqueza de seus dons, da mente e do coração. Sua
vida, e parte de sua obra, se desenvolveu em meio às vicissitudes sociais,
políticas e religiosas originadas pela nefanda Revolução Francesa iniciada em
1789.
Fez os estudos com as Cônegas Agostinianas de Nossa Senhora, fundadas por São Pedro Fourier. Supressa a Congregação e a escola em 1809 pelo governo de Napoleão, o pároco da catedral, Pe. Miguel Wittmann, futuro Bispo de Ratisbona (Regensburg), com o fim de dar continuidade à formação das meninas, escolheu três das melhores alunas para fazerem o curso de magistério. Entre elas estava Carolina. Obtido o diploma de professora primária, ensinou na terra natal de 1816 a 1833.
Sua habilidade como professora crescia, pois as meninas eram receptivas às suas instruções e treinamentos. Por mais de duas décadas como professora na escola de Stadtamhof, fez desta uma escola modelo. Ela se preocupava com a pessoa como um todo, com todas as suas necessidades. Ela acreditava que através da educação cristã das mulheres e mães poderia fazer uma renovação na vida familiar e, através desta, uma mudança positiva na sociedade. Por isso, ela se dedicou à educação para meninas ao longo de sua vida.
Carolina e as outras duas professoras levavam uma vida dura de estrita pobreza, penitência e oração fervorosa. Durante estes anos, o seu desejo de entregar-se totalmente a Deus na vida religiosa cresceu mais ainda.
Em 1828, ao restabelecer-se as liberdades religiosas e com a possibilidade de as religiosas voltarem ao ensino, Dom Miguel Wittmann pensou em fundar uma nova Congregação com as três professoras, mas somente Carolina logrou perseverar e superar as grandes dificuldades que se levantaram, sobretudo depois da morte do Bispo Wittmann, em 1834.
Com uma firme confiança em Deus e apoiada pelo Pe. Francis Sebastian Job, um amigo de Wittmann, Carolina seguiu o que ela reconheceu como sendo a vontade de Deus: com duas companheiras ela começou a viver a vida religiosa apostólica em Neunburg vorm Wald em 24 de outubro de 1833. Ela fez sua Profissão Perpétua em Regensburg em 16 de novembro de 1835 e escolhendo o nome de Maria Teresa de Jesus por sua admiração pela vida e obra de Santa Teresa d' Ávila.
As
Pobres Irmãs Escolares de Nossa Senhora, fundadas por ela, que se estenderam a
diversos continentes, foram além disso o ponto de partida para alguns
Institutos autônomos em vários países da Europa. Recebeu a aprovação pontifícia
de sua Regra e Constituições em 1854.
Com a ajuda de Luís I da Baviera transferiu a Casa Mãe para o antigo convento das Clarissas em Anger, Munich. Ela administrou e desenvolveu a Congregação com grande entusiasmo, apesar das inúmeras dificuldades, durante quarenta anos.
Em 1847, Maria Teresa de Jesus, aceitando o pedido de missionários americanos, partiu junto com mais cinco religiosas para os Estados Unidos. Ali, com a ajuda do Beato João Neumann, fundou um orfanato em Baltimore, abriu escolas em Pittsburg e Philadelphia, destinadas a atender os filhos dos emigrantes alemães.
A partir de 1850, as Irmãs Escolares foram para países da Europa, fora da Baviera. Elas viviam em pequenas comunidades e trabalhavam em escolas, creches e orfanatos, principalmente rurais e áreas pobres. As irmãs se tornaram pioneiras no desenvolvimento do sistema de educação do século XIX na Alemanha e deram uma contribuição essencial para a organização do sistema escolar paroquial na América do Norte.
A Beata Maria Teresa manifestou vocação inata como dirigente de religiosas e educandas. Seu carisma e profunda fé permitiu a rápida expansão de sua Congregação por toda Europa e América do Norte. Fundou escolas - diurnas e noturnas para trabalhadoras -, primárias e para pré-escolares, orfanatos e as chamadas "Casas de Dia", onde as mães trabalhadoras deixavam seus filhos enquanto trabalhavam; fundou também escolas femininas de capacitação para o trabalho em fábricas ou oficinas.
Madre Teresa reconheceu que a rápida expansão global da jovem congregação precisava de uma liderança forte. Lutava para regular um governo central da congregação através de uma Superiora Geral. A visão de Madre Teresa foi confirmada e ela provou seu amor e fidelidade à Igreja. Depois de uma longa e dolorosa polêmica com o arcebispo de Munich-Freising, ela recebeu o reconhecimento Papal para a sua Congregação em 1854.
Em 1865 o seu projeto de regra foi aprovado
pela Sé Apostólica. Assim, a unidade de sua congregação foi garantida e uma
nova forma de governo para as Congregações Religiosas foi aceita pela Igreja.
Em todo o seu sucesso e em todo sofrimento, Madre Teresa permanecia como a “Serva do Senhor”. Ela perseverou nesta atitude também nas grandes provas de seus últimos anos, quando as guerras na Europa e América ameaçaram dividir famílias e nações, e forçaram o fechamento de algumas de suas obras. Sua missão começou em tempos difíceis e foi assim até o fim.
Com fama de santidade, querida, respeitada e admirada por alunas e religiosas, entregou sua alma a Deus em Munich, Alemanha, na Casa Mãe de sua Congregação, no dia 9 de maio de 1879. Seu desejo começou a ser realizado de “adorar e amar eternamente; alegrar-se eternamente na glória de Deus e de seus santos", que ela havia manifestado na vida.
Em 17 de novembro de 1985, João Paulo II proclamou-a Beata, instituindo sua festa litúrgica para o dia de sua morte.
Cf. Pe. José Leite, S.J. e fontes
diversas
Postado neste blog em 8 de maio
de 2012
Fez os estudos com as Cônegas Agostinianas de Nossa Senhora, fundadas por São Pedro Fourier. Supressa a Congregação e a escola em 1809 pelo governo de Napoleão, o pároco da catedral, Pe. Miguel Wittmann, futuro Bispo de Ratisbona (Regensburg), com o fim de dar continuidade à formação das meninas, escolheu três das melhores alunas para fazerem o curso de magistério. Entre elas estava Carolina. Obtido o diploma de professora primária, ensinou na terra natal de 1816 a 1833.
Sua habilidade como professora crescia, pois as meninas eram receptivas às suas instruções e treinamentos. Por mais de duas décadas como professora na escola de Stadtamhof, fez desta uma escola modelo. Ela se preocupava com a pessoa como um todo, com todas as suas necessidades. Ela acreditava que através da educação cristã das mulheres e mães poderia fazer uma renovação na vida familiar e, através desta, uma mudança positiva na sociedade. Por isso, ela se dedicou à educação para meninas ao longo de sua vida.
Carolina e as outras duas professoras levavam uma vida dura de estrita pobreza, penitência e oração fervorosa. Durante estes anos, o seu desejo de entregar-se totalmente a Deus na vida religiosa cresceu mais ainda.
Em 1828, ao restabelecer-se as liberdades religiosas e com a possibilidade de as religiosas voltarem ao ensino, Dom Miguel Wittmann pensou em fundar uma nova Congregação com as três professoras, mas somente Carolina logrou perseverar e superar as grandes dificuldades que se levantaram, sobretudo depois da morte do Bispo Wittmann, em 1834.
Com uma firme confiança em Deus e apoiada pelo Pe. Francis Sebastian Job, um amigo de Wittmann, Carolina seguiu o que ela reconheceu como sendo a vontade de Deus: com duas companheiras ela começou a viver a vida religiosa apostólica em Neunburg vorm Wald em 24 de outubro de 1833. Ela fez sua Profissão Perpétua em Regensburg em 16 de novembro de 1835 e escolhendo o nome de Maria Teresa de Jesus por sua admiração pela vida e obra de Santa Teresa d' Ávila.
Neunburg worm Wald |
Com a ajuda de Luís I da Baviera transferiu a Casa Mãe para o antigo convento das Clarissas em Anger, Munich. Ela administrou e desenvolveu a Congregação com grande entusiasmo, apesar das inúmeras dificuldades, durante quarenta anos.
Em 1847, Maria Teresa de Jesus, aceitando o pedido de missionários americanos, partiu junto com mais cinco religiosas para os Estados Unidos. Ali, com a ajuda do Beato João Neumann, fundou um orfanato em Baltimore, abriu escolas em Pittsburg e Philadelphia, destinadas a atender os filhos dos emigrantes alemães.
A partir de 1850, as Irmãs Escolares foram para países da Europa, fora da Baviera. Elas viviam em pequenas comunidades e trabalhavam em escolas, creches e orfanatos, principalmente rurais e áreas pobres. As irmãs se tornaram pioneiras no desenvolvimento do sistema de educação do século XIX na Alemanha e deram uma contribuição essencial para a organização do sistema escolar paroquial na América do Norte.
A Beata Maria Teresa manifestou vocação inata como dirigente de religiosas e educandas. Seu carisma e profunda fé permitiu a rápida expansão de sua Congregação por toda Europa e América do Norte. Fundou escolas - diurnas e noturnas para trabalhadoras -, primárias e para pré-escolares, orfanatos e as chamadas "Casas de Dia", onde as mães trabalhadoras deixavam seus filhos enquanto trabalhavam; fundou também escolas femininas de capacitação para o trabalho em fábricas ou oficinas.
Madre Teresa reconheceu que a rápida expansão global da jovem congregação precisava de uma liderança forte. Lutava para regular um governo central da congregação através de uma Superiora Geral. A visão de Madre Teresa foi confirmada e ela provou seu amor e fidelidade à Igreja. Depois de uma longa e dolorosa polêmica com o arcebispo de Munich-Freising, ela recebeu o reconhecimento Papal para a sua Congregação em 1854.
Mosteiro em Neunburg |
Em todo o seu sucesso e em todo sofrimento, Madre Teresa permanecia como a “Serva do Senhor”. Ela perseverou nesta atitude também nas grandes provas de seus últimos anos, quando as guerras na Europa e América ameaçaram dividir famílias e nações, e forçaram o fechamento de algumas de suas obras. Sua missão começou em tempos difíceis e foi assim até o fim.
Com fama de santidade, querida, respeitada e admirada por alunas e religiosas, entregou sua alma a Deus em Munich, Alemanha, na Casa Mãe de sua Congregação, no dia 9 de maio de 1879. Seu desejo começou a ser realizado de “adorar e amar eternamente; alegrar-se eternamente na glória de Deus e de seus santos", que ela havia manifestado na vida.
Em 17 de novembro de 1985, João Paulo II proclamou-a Beata, instituindo sua festa litúrgica para o dia de sua morte.
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