Constância de Castro y Osorio
nasceu em Viveiro (Lugo, Espanha) na nobre família dos Condes de Lemos. Esposou
o valoroso capitão Rui Diaz de Andrade, senhor de São Pantaleão das Vinhas
(Betanzos), que morreu heroicamente na guerra contra Granada, combatendo pelo
Rei São Fernando III, provavelmente entre 1245 e 1250.
Antes de morrer, Rui enviou a sua esposa uma carta escrita em galego, a
maneira de testamento, em que dava a ela e a seu filho Heitor, caso ele
morresse em batalha, os seus bens para que ela os administrasse. A carta estava
datada de 13 de agosto de 1250.
Constância permaneceu viúva durante 40 anos; tomou o hábito da Ordem
Terceira de São Francisco e se dedicou à oração e à caridade.
Após uma vida de oração e de exercícios de piedade, faleceu em odor de
santidade em data desconhecida. Foi sepultada na Capela da Cruz, no convento de
São Francisco de Viveiro, que já existia em 1258. Em 1611, quando seria
transladado, seu corpo foi encontrado incorrupto.
À intercessão da Beata são atribuídos alguns milagres que foram julgados
favoravelmente pelos seus examinadores, mandados pelo Bispo de Mondonedo, Pedro
Fernandez Zorrilla (1616-18): Wadding possui uma cópia deste relatório.
Entretanto, o processo de beatificação ficou interrompido. Apesar disto,
é conhecida popularmente como “a Beata” e consta de alguns santorais. O Martirológio
da Ordem de São Francisco a recorda em 14 de junho, fixando arbitrariamente a
data de sua morte em 1286. A Igreja lhe outorga o título de Venerável.
Cenas da vida da Beata na cúpula da igreja de Vivieiro, Espanha |
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