Sua
figura sobressai entre os terceiros carmelitas do século passado. Liberata
Ferrarons (1803-1842) se parece com os antigos terceiros nos aspectos místicos
e extraordinários de sua vida. Era filha de Juan Ferrarons y Trias, um tecelão
pobre de Olot, na Catalunha, onde havia um convento carmelita desde 1565, e de
Teresa Vives i Coll, cuja família estava ainda unida entre si por estreitos
laços de amor paterno e filial. Foi batizada como Liberata Margarida Rosa.
Juan Ferrarons apenas podia manter a família, quando, em 1816, caiu enfermo e morreu. Devido a morte dos irmãos, Liberata era a mais velha e não havia mais remédio que mandá-la, aos seis anos, pedir esmolas pelas ruas. Durante dois anos, a menina manteve a família desta forma, até que pode arranjar emprego numa fábrica de tecidos. Vai ser rebobinadeira na fábrica de tecidos de Sant Joan les Fonts, para onde se deslocava diariamente a pé, trabalhando doze a catorze horas por dia.
Em 1820, trabalhou na fábrica de Doménec Jou, em Olot, em trabalhos de manipulação de algodão, e desde 1823, na fábrica de Antoni Carbó. Então já começara a adoecer e obteve algumas facilidades de horário por este motivo.
Nos dezenove anos em que pode estar ativa, desenvolveu grande habilidade que, juntamente com sua diligência, converteu-se numa empregada excelente e solicitada. Subiu à posição de encarregada de outras trabalhadoras na fábrica.
Em 1819, proclamou seus votos na Ordem Terceira do Carmo. Este acontecimento marcou mais um passo em sua vida de oração e solidariedade, à qual se dedicou totalmente. No trabalho, seus dedos voavam ágeis sobre o tear, deixando seus pensamentos livres para viver em Deus. Supervisionava as outras jovens com prudência e animação para o bem. Organizou a recitação do Rosário durante o trabalho – piedosa prática que não era rara nas fábricas espanholas daqueles tempos. Liberata tinha aparência de moça elegante com atraentes traços, alta e forte. Sua saúde não era muito boa, devido, sem dúvida, a sua infância desnutrida e sobrecarregada de trabalhos. Um quisto hidático começou a provocar complicações nos sistemas circulatório, digestivo e respiratório. Em maio de 1829, a doença se agravou e no ano seguinte teve que se acamar de maneira definitiva até o dia de sua morte. Sua enfermidade, sem dúvida, desconcertava os médicos tanto nos sintomas como na evolução, porque somente levava à conclusão de que era algo sobrenatural, pois como poderia permanecer viva e suportar tantas dores.
Em seus últimos anos, experimentou visões e outras graças místicas, como afirmam seus confessores. Segundo seus biógrafos, durante os anos de enfermidade teve visões sobrenaturais e assistiu, em espírito, a várias manifestações litúrgicas celebradas em Olot, Madrid e Roma, as quais descrevia diante da admiração de todo mundo.
Liberata faleceu no dia 21 de junho de 1842, na casa de número 11 da rua de Sant Bernat, onde vivia desde 1839.
A vida virtuosa de Liberata, os sofrimentos sublimados pacientemente e a oração mística não foram esquecidos pelo povo, que conserva toda sua veneração, esperando sua canonização.
Veneração
A fama de santidade com que morreu motivou que poucos meses depois de sua morte se recopilassem toda uma série de notas e documentos biográficos e testemunhais, que foram enviados a Roma para se estudar a possível causa de beatificação. O reitor de San Esteban de Olot, Esteve Ferrer, se referiu a ela como serva de Deus já em 1898, quando se erigiu uma lápide em sua honra. Em 1942 foram celebrados vários atos religiosos em Olot em comemoração do centenário de sua morte.
Em 19 de junho de 1966, depois das oportunas provas testemunhais e de verificação de autenticidade, seus restos foram trasladados em procissão à igreja paroquial de San Esteban de Olot.
Liberata havia sido proposta como modelo de trabalhadora cristã
Em 17 de janeiro de 2009 o Papa Bento XVI, recebeu em audiência privada Sua Excelência Mons. Ângelo Amato, SDB, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos. Durante a audiência, o Santo Padre autorizou a Congregação a promulgar o decreto reconhecendo as virtudes heroicas da Serva de Deus. Este é o primeiro importante passo no caminho da beatificação. Agora é necessário um milagre por intercessão da Venerável Liberata para que seja declarada bem-aventurada.
Juan Ferrarons apenas podia manter a família, quando, em 1816, caiu enfermo e morreu. Devido a morte dos irmãos, Liberata era a mais velha e não havia mais remédio que mandá-la, aos seis anos, pedir esmolas pelas ruas. Durante dois anos, a menina manteve a família desta forma, até que pode arranjar emprego numa fábrica de tecidos. Vai ser rebobinadeira na fábrica de tecidos de Sant Joan les Fonts, para onde se deslocava diariamente a pé, trabalhando doze a catorze horas por dia.
Em 1820, trabalhou na fábrica de Doménec Jou, em Olot, em trabalhos de manipulação de algodão, e desde 1823, na fábrica de Antoni Carbó. Então já começara a adoecer e obteve algumas facilidades de horário por este motivo.
Nos dezenove anos em que pode estar ativa, desenvolveu grande habilidade que, juntamente com sua diligência, converteu-se numa empregada excelente e solicitada. Subiu à posição de encarregada de outras trabalhadoras na fábrica.
Em 1819, proclamou seus votos na Ordem Terceira do Carmo. Este acontecimento marcou mais um passo em sua vida de oração e solidariedade, à qual se dedicou totalmente. No trabalho, seus dedos voavam ágeis sobre o tear, deixando seus pensamentos livres para viver em Deus. Supervisionava as outras jovens com prudência e animação para o bem. Organizou a recitação do Rosário durante o trabalho – piedosa prática que não era rara nas fábricas espanholas daqueles tempos. Liberata tinha aparência de moça elegante com atraentes traços, alta e forte. Sua saúde não era muito boa, devido, sem dúvida, a sua infância desnutrida e sobrecarregada de trabalhos. Um quisto hidático começou a provocar complicações nos sistemas circulatório, digestivo e respiratório. Em maio de 1829, a doença se agravou e no ano seguinte teve que se acamar de maneira definitiva até o dia de sua morte. Sua enfermidade, sem dúvida, desconcertava os médicos tanto nos sintomas como na evolução, porque somente levava à conclusão de que era algo sobrenatural, pois como poderia permanecer viva e suportar tantas dores.
Em seus últimos anos, experimentou visões e outras graças místicas, como afirmam seus confessores. Segundo seus biógrafos, durante os anos de enfermidade teve visões sobrenaturais e assistiu, em espírito, a várias manifestações litúrgicas celebradas em Olot, Madrid e Roma, as quais descrevia diante da admiração de todo mundo.
Liberata faleceu no dia 21 de junho de 1842, na casa de número 11 da rua de Sant Bernat, onde vivia desde 1839.
A vida virtuosa de Liberata, os sofrimentos sublimados pacientemente e a oração mística não foram esquecidos pelo povo, que conserva toda sua veneração, esperando sua canonização.
Veneração
A fama de santidade com que morreu motivou que poucos meses depois de sua morte se recopilassem toda uma série de notas e documentos biográficos e testemunhais, que foram enviados a Roma para se estudar a possível causa de beatificação. O reitor de San Esteban de Olot, Esteve Ferrer, se referiu a ela como serva de Deus já em 1898, quando se erigiu uma lápide em sua honra. Em 1942 foram celebrados vários atos religiosos em Olot em comemoração do centenário de sua morte.
Em 19 de junho de 1966, depois das oportunas provas testemunhais e de verificação de autenticidade, seus restos foram trasladados em procissão à igreja paroquial de San Esteban de Olot.
Liberata havia sido proposta como modelo de trabalhadora cristã
Em 17 de janeiro de 2009 o Papa Bento XVI, recebeu em audiência privada Sua Excelência Mons. Ângelo Amato, SDB, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos. Durante a audiência, o Santo Padre autorizou a Congregação a promulgar o decreto reconhecendo as virtudes heroicas da Serva de Deus. Este é o primeiro importante passo no caminho da beatificação. Agora é necessário um milagre por intercessão da Venerável Liberata para que seja declarada bem-aventurada.
Igreja de San Estevan de Olot onde a Venerável está enterrada |
Joaquin Smet, O. Carm.
http://vidas-santas.blogspot.com/
Referencias
- «El vaticà aprova el reconeixement de dos catalans com a probables futurs sants». CCMA (en catalán). junio de 2015. Consultado el 15 de enero de 2017.
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