Igreja de Santo Estêvão, Rosate, Itália |
Os restos mortais dessa mártir,
provenientes das Catacumbas de São Sebastião na Via Apia em Roma, foram extraídos,
em 1621, com a permissão do Papa Gregório XV, e entregues a Massa Lubrense.
No século XX, o bispo de
Sorrento, sob cuja jurisdição recai Massa Lubrense, doou-os ao Cardeal Alfredo
Ildefonso Schuster, Arcebispo de Milão, particularmente interessado em arqueologia
sagrada e ao culto dos mártires (Beato desde 1996).
Em
1933, por ocasião do ano Jubilar
extraordinário da Redenção, Schuster decidiu doar para algumas comunidades de
sua vasta Arquidiocese relíquias de mártires, o que ele mesmo considerava
"ferramenta para renovar a fé". Santa Lucina, em seguida, foi levada para
a antiga paróquia de Santo Estevão em Rosate, perto de Milão.
Em 12 de fevereiro de 1933, o próprio
arcebispo em pessoa liderou a procissão que acompanhou as relíquias ao seu novo
destino. Inicialmente colocadas em uma urna de estanho acompanhada de selos do
bispo de Sorrento, foram depois, por decisão do pároco reitor Pe. Gaetano
Orsenigo, recolocadas em uma imagem de cera, inserida em uma urna de bronze e
cristal, que foi abrigada na capela do Crucifixo no final da necessária
restauração da mesma.
Em 17 de julho de 1933, procedeu-se ao
reconhecimento e ao tratamento conservador dos ossos escavados: a mandíbula com
doze dentes muito desgastados; uma tíbia esquerda; dois fêmures esquerdos
(evidentemente não pertenciam à mesma pessoa); dois ossos do metatarso ou
talvez do metacarpo; um pequeno osso no pulso; uma vértebra cervical; uma
falange; numerosos fragmentos de ossos provenientes de costelas e da calota do
crânio.
Ficou acertado que do mesmo corpo santo
fosse extraída outra relíquia, conservada na igreja de Santa Lucina em
Cortereggio de S. Jorge Canavese (Turim).
Padroeira de Rosate, Santo
Lucina é lembrada no dia 30 de junho; em Cortereggio, no entanto, é festejada no
primeiro domingo de julho. O Cardeal Schuster especulava que talvez os ossos
tidos como desta Santa provavelmente são da matrona homônima, de Roma, uma
discípula dos apóstolos e colaboradora do Papa Marcelo, mas não há certeza sobre
este assunto.
Bem interessante. Gosto muito de conhecer as histórias dos santos, e ainda não conhecia a de santa Lucina. Parabéns pelo Blog.
ResponderExcluir