Em
Kharsk, próximo de Tomsk, na região russa da Sibéria, Beata Lourença (Leocádia)
Harasymiv, virgem da Congregação das Religiosas de São José, que, durante o
regime de opressão perpetrado em sua pátria pelos perseguidores da fé, foi
conduzida àquele campo de concentração, onde com sua morte gloriosa uniu à
pureza de sua vida a perseverança na fé.
Leocádia Harasymiv nasceu em Rudnyku, região
de Lvov, Ucrânia, no dia 17 de agosto de 1911. Teve uma educação católica e em
maio de 1932 ingressou na Congregação das Religiosas de São José. Dois anos
depois, emitiu os seus primeiros votos assumindo o nome religioso de Lourença. Dedicava-se
aos trabalhos religiosos e sociais próprios de sua família religiosa.
Com a chegada do regime comunista, junto
com a Beata Olímpia Bidá, substituiu junto aos fiéis a atenção religiosa
supressa pelos revolucionários com a prisão dos sacerdotes e o consequente desaparecimento
destes nos campos de concentração soviéticos.
Em 1951, foi feita prisioneira pelos
agentes da KGB, junto com a Beata Olímpia, quando elas acompanhavam um fiel
defunto ao cemitério. Enviada para Borislav, foi depois deportada e encarcerada
na fortaleza de Kharsk, perto de Tomsk, na província russa da Sibéria.
Irmã Lourença já estava doente, com
tuberculose. Apesar de sua saúde febril, dividia uma cela com um paralítico afetado
pela tuberculose, que fora rejeitado por todos pelo medo do contágio. Suportou
com paciência as condições de vida desumanas, continuando a rezar intensamente.
Era assistida pela Beata Olímpia da melhor maneira possível, porém, a falta de
atenção médica e de remédios levaram-na à morte no dia 28 de agosto de 1952.
Seu glorioso martírio conjugou a firmeza da fé à pureza que distinguira toda
sua vida.
Foi beatificada por João Paulo II em 27 de
junho de 2001, junto com outras 24 pessoas de nacionalidade ucraniana, vítimas do
regime soviético.
Fontes:
www.santiebeati/it e “Año Cristiano”-
AAVV, BAC, 2003
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