São Patrício e seus pequenos discípulos |
Eithne
e sua irmã Fidelma são duas santas irlandeses de Leinster, relativamente obscuras,
que devem ter florescido no século V/VI. Elas são comemoradas juntas nos martirológios
irlandeses.
John
Colgan, estudioso do século XVII, acreditava que uma vida escrita sobre elas tenha
sido testemunhada por Cathal Óg Mac Maghnusa (d. 1498), que ele considerou o
autor de adições ao Félire Óengusso. Embora nada do tipo tenha saído à luz, elas
aparecem nas Vidas de dois santos mais conhecidos do século VI e VII, Áedan e
Moling, ambos bispos de Ferns.
Desde
as suas primeiras aparições nos dois primeiros martirológios irlandeses, o
Martirológio de Tallaght e o de Félire Óengusso (início do século VIII), as
irmãs são chamadas de filhas de Baite ou Baithe. Elas aparecem sob essa
descrição no Félire Óengusso, enquanto um comentarista tardio do texto, muitas
vezes identificado como Cathal Óg Mac Maghnusa, as nomeia Eithne e Fidelma.
Como Colgan já observou, as genealogias
dos santos da Irlanda descrevem-nas como filhas de Cairbre, rei de Leinster,
filho de Cormac, filho de Ailill, filho de Dunlong (etc.). A vida de São Áedan
de Ferns, por outro lado, as torna filhas do filho de Cairbre e sucessor Áed.
Com base no relato da morte de Cairbre em 546 nos Anais dos Quatro Mestres, Colgan
conclui que sua descendência vai até meados do século 6 ou mais tarde.
Colgan propõe que o nome Baite deve referir-se ao seu avô Cairbre, filho de Cormac, ou representar o nome irlandês baide denotando afeição divina ou caridade, em vez de qualquer nome ou epíteto pessoal. Esta designação ele explica como se referindo ao ato milagroso de piedade pelo qual elas eram lembradas principalmente, a saber, a sua devoção à Cristo como uma criancinha. O comentário nos Félire afirma que elas tinham visões nas quais elas "costumavam cultuar Cristo [...] e Cristo costumava vir na forma de um bebê", de modo que ele era amorosamente embalado e as osculava.
Colgan propõe que o nome Baite deve referir-se ao seu avô Cairbre, filho de Cormac, ou representar o nome irlandês baide denotando afeição divina ou caridade, em vez de qualquer nome ou epíteto pessoal. Esta designação ele explica como se referindo ao ato milagroso de piedade pelo qual elas eram lembradas principalmente, a saber, a sua devoção à Cristo como uma criancinha. O comentário nos Félire afirma que elas tinham visões nas quais elas "costumavam cultuar Cristo [...] e Cristo costumava vir na forma de um bebê", de modo que ele era amorosamente embalado e as osculava.
A
igreja ou o eremitério das duas irmãs é identificado pelo comentarista do
Félire como Tech ingen mbóiti (House of
the Baite's daughters - Casa das Irmãs Caridosas – em tradução aproximada)
perto de Swords, ou seja, na baronia de Nethercross (Co. Dublin), que o
martirológio de Cashel localiza em Fingal, na planície de Brega. De acordo com
as genealogias, Eithne e Fidelma eram veneradas em Killnais, o antigo nome de
uma região na mesma localidade.
Em
uma das legendas contidas nos Atos de São Moling, Bispo de Ferns, é dito que
Eithne e sua irmã foram visitadas por este venerável santo.
Santa
Eithne teria sido enterrada na Catedral da São Patrício em Armagh.
Outra versão
A história de Santa Eithne provavelmente
seja pura legenda (o que é desmentido por inúmeros textos antigos). Nascida como
princesa, Eithne conheceu São Patrício e seus discípulos em sua missão para
converter a Irlanda (o que é bastante plausível, visto a atuação daquele grande apóstolo da Irlanda). Ela e sua irmã pediram a São Patrício para batizá-las. Ele
concordou, e elas pediram para ver o rosto de Deus. São Patrício explicou que
não era tão fácil. Mas depois de receber a Primeira Comunhão, as meninas morreram.
As irmãs foram enterradas no local onde elas caíram e os discípulos de São Patrício
construíram uma igreja em seu último lugar de repouso.
Etimologia:
Eithne, irlandês = Amande, francês (Amêndoa). O nome Eithne não é facilmente pronunciável,
há quatro variantes: ETnah, ENyah, ENah e ETHnah. A forma anglicizada de Eithne
é Edna. Edna, por sua vez, em hebreu significa prazer. Este nome aparece na Bíblia,
no livro apócrifo de Tobias.
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