sábado, 6 de junho de 2020

Irmã Josefa Menendez e as Mensagens do Coração de Jesus

  
   Irmã Josefa Menendez (1890-1923) recebeu mensagens de Jesus no convento da Sociedade do Sagrado Coração de Jesús en Les Feuillants, em Poitiers, França, entre 1920 e 1923. O então Cardeal Eugênio Pacelli, depois Papa Pio XII, aprovou a sua divulgação.

25/8/1920: “Abandone-se em minhas Mãos. Não me importa sua pequenez ou sua fraqueza. Eu peço é que me ame e ofereça tudo para consolar meu Coração. Quero que saiba o quanto te amo e que tesouros meu amor te reserva. Quero que descanse sem medo em meu Coração. Olhe-o e verá que esse fogo é capaz de consumir tudo o que você tem de imperfeito. Abandone-se ao meu Coração e não pense mais do que em me dar gosto. Quero que me ofereça tudo, até a mais pequena dor, para compensar a dor que me causam as ofensas das almas”.

19/11/1920: “Um só ato de amor, quando você se sente desamparada, repara muitas ingratidões de outras almas. Meu Coração as conta e as recolhe como bálsamo precioso”.
     “Creiam na minha misericórdia; esperem tudo da minha bondade e não duvidem do meu perdão. Sou Deus, mas Deus de amor! Sou Pai, mas Pai que ama com ternura e não com severidade”.

     Não há como ler estas palavras e não sentir-se comovido, não é mesmo? Esta são apenas algumas frases das longas revelações de Jesus Cristo à Irmã Josefa Menendez, uma religiosa espanhola que viveu no início do século passado e teve sua vida dedicada à divulgação das mensagens de amor do Sagrado Coração de Jesus ao mundo.
     Josefa Menendez nasceu em Madrid, em 4 de fevereiro de 1890. Ainda muito jovem entrou para a Sociedade do Sagrado Coração, na França, onde muito cedo foi objeto das revelações do Divino Mestre. Teve uma vida breve, faleceu em 1923, aos 33 anos de idade. E em 30 de novembro de 1948, foi iniciado seu processo de beatificação.
     Dez anos antes de se instaurar o processo, o Cardeal Eugênio Pacelli, futuro Papa Pio XII, deu a conhecer ao mundo um livro escrito pela Irmã Josefa, intitulado “Apelo ao Amor”, que relatava as experiências místicas da religiosa durante sua breve vida.
     Nas revelações, encontramos em palavras pungentes a manifestação do amor infinito e aparentemente incompreensível de Deus que se entregou por nós.
     Além das mensagens do Sagrado Coração, Josefa Menendez teve também revelações sobre o Inferno, que Deus permitiu para nosso conhecimento e reflexão. É tão terrível a experiência desta alma privilegiada, mas ela sofreu para a salvação das almas, segundo vontade do Divino Redentor. 
     Lembremo-nos que Nossa Senhora em Fátima insistia sempre com as três crianças – Jacinta, Francisco e Lúcia – para que rezassem pelos pecadores. E a pequena Jacinta fazia muitos sacrifícios, extraordinários para sua idade, pelos pecadores. Mas é preciso que eles se convertam... Senão as orações destas almas santas serão inúteis!
     É bom lembra que, assim como Deus atormenta no Inferno os precitos, Ele acaricia no Céu e inebria de carícias os seus eleitos; Ele fala aos seus eleitos e lhes diz coisas, e mostra de Si coisas que os deixariam ébrios de alegria, se no Céu pudesse haver ebriedade. É o afago contínuo, é a palavra de bem-aventurança, de afeto, a carícia incessante, sempre igual e sempre diversa, e que nunca termina. Ele disse de Si mesmo: "Eu serei eu mesmo a vossa recompensa demasiadamente grande".
Nossa Senhora vem consolar Irmã Josefa
    Quando a tristeza e a angústia tinham tomado conta de seu coração, Josefa teve um encontro único com ninguém menos que Nossa Senhora...
     A festa da Assunção de Nossa Senhora, quarta-feira, 15 de agosto de 1923, abre parênteses luminosos no meio das lutas cotidianas. É nesga (faixa) de Céu azul, no meio das nuvens que tentam encobri-lo. 
     Na tarde daquele dia glorioso, Maria Santíssima aparece à filha no esplendor da sua beleza. Escuta maternalmente tudo o que ela lhe confia a respeito das atribulações presentes, das apreensões sobre o futuro e, principalmente, da sua fraqueza e da sua miséria.
     “Filha – diz-lhe imediatamente – tua fraqueza não te deve desanimar, confessa-a humildemente, mas não percas a confiança, pois não podes mais duvidar que foi por causa de tua miséria e da tua indignidade que Jesus fitou em ti o Olhar. Muita humildade, mas muita confiança”. 
     E aludindo às perseguições redobradas do demônio: “Não receies, ele só pode multiplicar ocasiões de grande merecimento para tua alma. Eu te defendo e Jesus nunca te abandona”.
     Então, afastando de si mesma o pensamento, Josefa não pensa senão na alegria da Mãe Imaculada, cuja entrada no Céu o mundo inteiro celebra.
     Maria parece estremecer diante da evocação da ventura que, para Ela, é um eterno presente. Inclina-se sobre a filha e, abrindo-lhe o Coração, traça diante de Josefa o itinerário que a conduziu, das sombras e dores da terra à claridade do Dia sem fim.     

Via Sacra - Irmã Josefa Menéndez
Ensinada pelo Divino Mestre à Irmã Josefa Menendez

I ESTAÇÃO   [Jesus é condenado à morte]
     Almas, que procurais imitar Minha conduta, aprendei a guardar o silêncio e a serenidade diante do que vos mortifica e contraria.
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

II ESTAÇÃO [Jesus leva a Cruz às costas]
     Almas que amais, comparai o vosso sofrimento e amor que me tendes e não deixeis que o desânimo apague a chama deste amor.
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

III ESTAÇÃO [Jesus cai pela primeira vez]
     Almas que chamei para partilhar o peso da minha cruz, vede se vosso zelo pelas almas vos dá nova vida para prosseguir no caminho da abnegação e da renúncia, ou se vosso amor próprio, excessivo, abate vossas forças e não vos deixa suportar o peso da cruz.
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

IV ESTAÇÃO [Encontro de Jesus com sua Mãe]
     Almas que caminhais pela mesma senda e tendes o mesmo ideal, que a vista de Nossos mútuos sofrimentos vos anime e vos fortaleça para que o amor triunfe. Que a união na dor vos sustente e vos faça abraçar generosamente os espinhos do caminho.
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

V ESTAÇÃO [Jesus ajudado pelo Cirineu a levar a Cruz]
     Olhai como Cirineu aceita essa carga penosa e cruel. Olhai também como Meu corpo vai perdendo as forças...
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

V ESTAÇÃO [A Verônica enxuga o rosto de Jesus]
     Ah! vós que haveis abandonado o mundo e o que mais amáveis, não deixeis que agora um ligeiro temor de perder a reputação ou a fama, vos impeça de enxugar meu rosto com atos de generosidade e de amor. Vede como o Sangue o cobre!
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

VI ESTAÇÃO [Jesus cai pela segunda vez]
     Não desanimeis, almas que caminhais após Mim, se em vossa vida sem consolo humano e cheia de aridez vos virdes abandonadas de todo consolo espiritual, reanimai-vos à vista de vosso Modelo no caminho do Calvário. Vede que é pela segunda vez que cai, porém se levanta e segue seu caminho até o fim. Se quiserdes tomar um pouco de força, vinde e beijai-Lhe os pés.
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

VIII ESTAÇÃO [Jesus consola as filhas de Jerusalém]
     As mulheres de Jerusalém choram ao ver-Me em tal estado de ignomínia. O mundo chora diante do sofrimento, porém Eu vos digo, almas que Me seguis pelo caminho estreito, que mais tarde o mundo vos verá andar por vastos prados floridos, ao passo que ele e os seus caminharão sobre o fogo que eles mesmos prepararam para si com os seus gozos.
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

IX ESTAÇÃO [Jesus cai pela terceira vez]
     Almas que desejais imitar-me, não recuseis nunca um ato que vos custe, ainda que vos produza novas feridas! Que importa! Esse sangue dará vida a uma alma... Imitai o vosso Modelo que se adianta até o Calvário.
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

X ESTAÇÃO [Jesus despojado de suas vestes]
     Deixai-vos despojar de tudo que possuis, seja de vossos bens ou de vossa vontade própria. Em troca, Eu vos cobrirei com a túnica da pureza e com os tesouros do meu próprio coração.
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

XI ESTAÇÃO [Jesus pregado na Cruz]
     Vós que estais pregados na cruz da vida religiosa e presos a ela pelos vossos votos, que são os pregos do amor, não vos queixeis, não murmureis quando estes cravos benditos vos rasgarem as mãos e os pés. Vinde e beijai os meus! Aqui encontrareis força.
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.
XII ESTAÇÃO [Jesus morre na Cruz]
     Almas que tivestes a cruz por companheira inseparável durante a vossa vida, ficai certas de que em seus braços exalareis vosso último suspiro, e ficai certas também de que ela será o por onde entrareis na vida. Abraçai-a com ternura e amai-a como maior de vossos tesouros.
     E beijando o chão: Sangue divino do meu Redentor, adoro-vos com grande respeito e grande amor para reparar os ultrajes que recebestes das almas.

XIII ESTAÇÃO [Jesus descido da Cruz]
     Almas escolhidas e chamadas para serem esposas e vítimas, vinde! Tomai meu corpo e embalsamai-o com o aroma de vossas virtudes! Adorai suas chagas! Beijai-as e deixai que as lágrimas caiam sobre meu rosto... Depois colocai-me no sepulcro de vossos corações!
     Eterno Pai, recebei o Sangue divino, que Jesus Cristo, Vosso Filho, derramou na Sua Paixão. Por suas chagas, por sua cabeça transpassada pelos espinhos, por seu Coração, por seus méritos divinos, perdoai as alma e salvai-as.

XIV ESTAÇÃO [Jesus posto no sepulcro]
     Olhai com que delicadeza me põem no sepulcro. É novo e, portanto, limpo da mais ligeira mancha.
     Eterno Pai, recebei o Sangue divino, que Jesus Cristo, Vosso Filho, derramou na Sua Paixão. Por suas chagas, por sua cabeça transpassada pelos espinhos, por seu Coração, por seus méritos divinos, perdoai as almas e salvai-as.
     Agora, Josefa, adora minhas chagas, beija-as e reza o “Miserere”.

Fontes: Apelo ao Amor de Josefa Menendez

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