Igreja de Santa Clara em Albaro (Gênova),
12 de agosto de 1834: nasce uma comunidade de futuras irmãs educadoras. Elas são
sete; abrem escolas para crianças pobres, logo recebem novas aspirantes,
algumas das quais adoecem, outras vão embora... E o pai da fundadora a faz
voltar para casa. Assim nasceram as Filhas da Santa Fé, depois Irmãs de Santa
Doroteia, fundadas por Paula Frassinetti, de 25 anos, de saúde frágil, de modos
tímidos e doces, mas de uma força de vontade férrea.
Paula Ângela Maria Frassinetti nasceu em 3
de março de 1809, na cidade de Gênova, Itália. Aos nove anos perdeu a mãe e com
o falecimento de uma tia que cuidava da casa, Paula assumiu suas tarefas aos 12
anos... Seu pai incutiu nos filhos profundos princípios católicos e todos
seguiram a vida sacerdotal. O mais velho foi o fundador da Congregação dos
Filhos de Maria Imaculada.
Paula tinha uma inteligência aguçada e uma
preferência para o estudo da filosofia e da teologia. O pai não consentiu que
frequentasse as escolas de Gênova, receando as ideias novas trazidas pelos
soldados de Napoleão. Seu pai e seus irmãos assumiram sua educação.
Em 1827, seu irmão José, já sacerdote, foi
encarregado da paróquia da aldeia de Quinto, perto de Gênova. Enfraquecida por
um teor de vida rígido, Paula adoeceu gravemente. O irmão convenceu o pai a
deixá-la ir para aquela aldeia, para mudanças de ares. A casa do pároco ficava
ao lado da igreja e Paula podia ver o sacrário de seu quarto. A pedido do irmão
abriu uma escola paroquial para as crianças da aldeia, iniciando uma ação
fecunda de apostolado com um pequeno grupo de fiéis seguidoras.
Em 1834, aos 25 anos, à frente daquele
grupo, Paula fundou uma congregação religiosa com o nome de Filhas da Santa Fé,
com o propósito de "evangelizar por meio da educação, com preferência pelos
jovens e pelos mais pobres".
Cerca de um ano depois, o Pe. Luca de
Passi visitou Gênova. Este sacerdote se preocupava com a situação das crianças
do meio operário e criava na Itália comunidades apostólicas de Santa Dorotéia,
com a finalidade de formar animadoras jovens também operárias, auxiliadas por
adultos. Pe. Passi temia pelo futuro dessa obra e pediu a Paula que se
responsabilizasse por ela. Após consultar o irmão e as companheiras Paula
aceitou e o antigo Instituto das Filhas da Santa Fé passou a ser chamado de
Irmãs de Santa Dorotéia.
Após as dificuldades inerentes a todo
início de grandes empreendimentos, a obra se expandiu e foram abertos novos
colégios pelas religiosas. Primeiro em Gênova, depois em Roma, sendo que o de
Santo Onofre, instituído em 1844, em Roma, foi mais tarde escolhido para ser a
Casa-mãe da instituição.
Inspirada nas regras de Santo Inácio,
fundador da Companhia de Jesus, Paula elaborou os estatutos das Irmãs de Santa
Dorotéia à semelhança das religiosas francesas do Sagrado Coração. Estabelecida
em Roma com seu instituto, Madre Paula foi recebida pela primeira vez pelo papa
Gregório XVI, por quem foi abençoada, recebendo novo estímulo para sua obra.
O ano de 1848, devido as lutas pela
unificação da Itália, foi muito doloroso para as Irmãs de Gênova. Num clima de
intolerância, as Doroteias foram expulsas das suas casas e só pouco a pouco
conseguiram reunir-se de novo.
Logo a força de sua obra foi reconhecida e difundiu-se com a criação de novas
casas por toda a Itália. Em 10 de janeiro de 1866 seis Irmãs chegaram ao Brasil,
e em 16 de junho do mesmo ano as Doroteias chegavam em Portugal. Daí por diante
se propagou por todos os continentes, com suas missionárias animadas por suas
palavras, que ainda ecoam entre elas: "O Senhor as encha do seu Espírito e
as converta em outras tantas chamas ardentes que, onde tocarem, acendam o fogo
do amor de Deus".
No dia 11 de junho de 1882, aos setenta e
três anos de idade, Madre Paula faleceu em Roma, sendo sepultada no cemitério
de São Lourenço. Em 1903, seus restos mortais foram exumados, e seu corpo foi
encontrado intacto. Três anos depois, foi transferido para a capela da Casa-mãe
do Instituto de Santo Onofre, em Roma.
Muitas foram as graças e milagres
atribuídos à intercessão de Madre Paula, e sua veneração tornou-se vigorosa entre
os fiéis. Em 1930, foi beatificada pelo papa Pio XI. Depois, em 11 de março de
1984, Paula Frassinetti foi canonizada durante uma comovente cerimônia solene
em Roma.
... Àquelas de entre as
noviças que estão prestes a fazer os Santos Votos, quantas coisas belas
quereria dizer! Mas, para não alongar demasiado a conversa, apenas direi que
procurem preparar-se com redobrado fervor para um ato tão grande, que se
lembrem de que, no feliz dia em que fizerem o seu holocausto, se tornarão
verdadeiras esposas do Cordeiro Imaculado. Por isso, o seu maior empenho deverá
consistir em procurar sempre, em todas as coisas, o maior gosto do seu Divino
Esposo, que se delicia entre os lírios e quer que as suas esposas O sigam sempre
com a sua cruz sobre os ombros, ainda que o caminho por onde tenham de passar
seja eriçado de espinhos. Mas, se elas procurarem seguir as suas pegadas
divinas, os espinhos transformar-se-ão em rosas. ...
Carta de Sta. Paula
Frassinetti de 31 janeiro 1876.
https://www.facebook.com/areapastoralsantapaula/
ResponderExcluirTemos aqui um site onde divulgamos fotos de nossa comunidade, videos das missas e eventos, músicas de SANTA PAULA!
https://www.youtube.com/watch?v=WDG945hBq7E&t=67s
ResponderExcluirSeu HINO. Paula Amada! S2
Sinto grande admiração e veneração por esta Santa. Uma irmã Dorotéia me contou detalhes sobre sua vida.
ResponderExcluirAmada Santa Paula Frassinetti!!! Posso me considerar um milagre seu. Com as orações e todo amor das madres Maranhão, madre Graziane e todas as madres do colégio Santa Dorotéia do Rio de Janeiro estou viva até hoje aos 66 anos de idade. Flor de Deus rogai por nós !
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