Sveva Feltria pertencia à ilustre família dos Condes de Montefeltro, senhores de Urbino de 1234 a 1508. Nasceu em Urbino em meados de 1434, última filha de Guido Antônio e
Catarina Colonna, sobrinha do Papa Martinho V.
Em 1438 sua
mãe faleceu e cinco anos mais tarde seu pai também. Durante algum tempo
permaneceu em Urbino sob a tutela de seu irmão Odantonio e após a morte trágica
deste foi acolhida por seu irmão Frederico.
Em março de
1446 abandonou sua cidade natal e viveu em Roma por um ano, junto ao seu tio
materno, o Cardeal Próspero Colonna, que, segundo os costumes da época, promoveu
o casamento de sua jovem sobrinha com um senhor de Pésaro, Alexandre Sforza, de
40 anos. O casamento ocorreu em 9 de janeiro de 1448.
Logo Sveva
ficou sozinha devido a partida de seu esposo chamado por seus compromissos
militares na guerra da Lombardia. Sveva se empenhou nos seus deveres de estado
assistida pela tia Vitória Colonna, pela prima Isabel Malatesta; cuidou da
educação de seus enteados, Batista e Constâncio Sforza, filhos de seu marido e
da sua falecida esposa, Constança Varano.
Sveva
passou a sofrer enormes dificuldades devido às desconfianças e calúnias
propagadas contra ela. Alexandre Sforza chegou a querer desfazer-se dela
tentando envenená-la várias vezes; uma noite inclusive tentou estrangulá-la. A
defesa que seus parentes fizeram dela de nada adiantaram. Foi obrigada por seu
marido e seu cunhado, o Duque de Milão, a ingressar no convento de Corpus
Christi das Clarissas, em Pésaro, onde, após a dispensa obtida do Papa Calixto
III, fez sua profissão religiosa em fins de agosto de 1457, tomando o nome de
Irmã Serafina.
Passou 21 anos no mosteiro de Corpus
Christi, durante os quais foi a edificação para suas coirmãs na prática das
virtudes cristãs, na caridade para com Deus e o próximo, na humildade, na
assistência às doentes e na rígida pobreza.
Em 1475, por votação unânime, foi eleita
abadessa. Nos últimos anos de sua vida teve a imensa alegria de ver a conversão
de seu marido. Este, arrependido de seus desmandos e de quanto a havia feito
sofrer, lhe pediu humildemente perdão de tudo, reconhecendo seus erros. Nos
vários encontros com ela no mosteiro, fixou as bases de uma nova vida
verdadeiramente cristã, na oração, na intima união com Deus, no cumprimento de
seus deveres. Alexandre Sforza faleceu em 1473.
Cinco anos depois, no dia 8 de setembro de
1478, Serafina faleceu em seu mosteiro de Pésaro, na idade de 44 anos. Sua
morte foi lamentada pelas Clarissas e por toda a cidade, que a venerava como
santa.
Bento XIV aprovou o seu culto em 17 de
julho de 1754. Ela é celebrada no dia 8 de setembro.
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