A d v e n t o
Advento é um tempo litúrgico que começa no
domingo mais próximo da festa de Santo André Apóstolo (30 de novembro) e abarca
quatro domingos. O primeiro domingo pode adiantar-se até o dia 27 de novembro
(Festa da Medalha Milagrosa), então o Advento tem vinte e oito dias, ou
atrasar-se até o dia 3 de dezembro, tendo só vinte e um dias. Em 2013 o Advento
se inicia no próximo domingo, dia 1º de dezembro.
Com o Advento o ano eclesiástico se inicia
nas Igrejas Ocidentais. Durante este tempo os fiéis são exortados a preparar-se
dignamente para celebrar o aniversário da vinda de Nosso Senhor ao mundo, de
maneira que suas almas sejam moradas adequadas ao Redentor que vem através da
Sagrada Comunhão e da graça, e em conseqüência estejam preparadas para sua
vinda final como Juiz, na morte e no fim do mundo.
Simbolismo
A Igreja prepara a
Liturgia neste tempo para alcançar este objetivo. A oração oficial, no
Breviário, no Invitatório de Matinas, chama seus ministros para adorar "o
Rei que vem, o Senhor que se aproxima", "o Senhor que está
perto", "amanhã contemplareis Sua glória". Nos Evangelhos a
Igreja fala do Senhor que vem em sua glória; dAquele no qual e através do qual
as profecias são cumpridas.
Origem Histórica
A primeira referência ao "Tempo do Advento" é encontrada na
Espanha, quando no ano 380 o Sínodo de Saragoça prescreveu uma preparação de
três semanas para a Epifania, data em que antigamente também se celebrava o
Natal. Na França, Perpétuo, bispo de Tours, instituiu seis semanas de
preparação para o Natal e em Roma o Sacramentário Gelasiano cita o Advento no fim do século V.
Há relatos de
que o Advento começou a ser observado entre os séculos IV e VII em vários
lugares do mundo como preparação para a festa do Natal.
No final do século IV, na Gália (atual França)
e na Espanha, tinha caráter ascético com jejum, abstinência e duração de 6
semanas como na Quaresma (quaresma de São Martinho). Duas
homilias de São Máximo, Bispo de Turim (415-466), intituladas "In Adventu
Domini", porém não fazem referência a nenhum tempo especial.
Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos
catecúmenos para o Batismo na festa da Epifania. Somente no final do século
VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a
segunda vinda do Senhor, passando a ser celebrado durante 5 domingos. No século oitavo, desde o dia 15 de novembro à Natividade, o
Advento era observado não como uma celebração litúrgica, mas como um tempo de
jejuns e abstinência que foi posteriormente reduzido a sete dias. Porém, um
concílio ordenava o jejum de acordo com a velha regra desde o quinze de
novembro.
A
Coroa do Advento
Origem: A Coroa do
Advento tem sua origem numa tradição pagã européia que consistia em acender
velas durante o inverno para representar o fogo do deus sol, pedindo que
regressasse com sua luz e calor durante o inverno. Os primeiros missionários
aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. A partir de seus
costumes, ensinaram-lhes a Fé Católica. A coroa é formada por uma grande
variedade de símbolos:
A forma circular:
O círculo não tem princípio nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem
princípio e sem fim, e também de nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve
terminar.
Os ramos verdes:
Verde é a cor da esperança e da vida, e Deus quer que esperemos Sua graça, o
perdão dos pecados e a glória eterna no final de nossas vidas. O anelo mais
importante em nossas vidas deve ser chegar a uma união mais estreita com Deus,
nosso Pai.
As quatro velas
nos fazem pensar na obscuridade provocada pelo pecado que cega o homem e o
afasta de Deus. Depois da primeira queda do homem, Deus foi dando pouco a pouco
uma esperança de salvação que iluminou todo o Universo como as velas a coroa.
Assim como as trevas se dissipam com cada vela que acendemos, os séculos foram
se iluminando com a proximidade cada vez maior da chegada de Cristo a nosso
mundo.
São quatro as velas que se coloca na coroa e
que acendemos uma após a outra, cada uma representando um dos quatro domingos
do Advento. Elas vão sendo acesas uma de cada vez. Assim, no 1o
domingo só haverá uma vela acesa; no 2o duas; e assim por diante.
Nos domingos do Advento a família deve se reunir em torno da Coroa do Advento
para fazer alguma oração, todos se preparando para receber o Menino Jesus que
vem nos trazer abundantes graças “aos homens de boa vontade”.
Os que esperavam a
Cristo:
Durante o Advento podemos nos recordar de alguns personagens do
Antigo e do Novo Testamento que esperavam a vinda do Messias. Alguns
personagens que se podem incluir:
Abraão:
Deus disse a Abraão que sua descendência ia ser numerosa como as estrela do céu
e os grãos de areia do mar, e assim foi.
David: Deus disse ao
rei David que o Messias ia nascer de sua família.
Isaías: Deus
disse ao profeta Isaías que o Messias ia nascer da Virgem.
Jeremias: Deus disse ao profeta
Jeremias que quando nascesse o Messias, Ele ia dar aos homens um coração novo
para conhecê-lo e amá-lo muito.
Ezequiel: Deus
disse ao profeta Ezequiel que o Messias ia ressuscitar.
Miquéias: Deus
disse ao profeta Miquéias que seu Filho ia nascer em Belém.
Oséias: Deus
disse ao profeta Oséias que Ele ia chamar seu Filho do Egito.
Zacarias: Deus
disse ao profeta Zacarias que seu filho ia entrar em Jerusalém montado em um jumento.
Homens Sábios ou Reis Magos: esperavam
a vinda do Salvador dos homens.
Os pastores: Foram
avisados por um anjo do grande acontecimento.
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