A piedade e
a devoção ela recebeu em casa, onde o Rosário era rezado diariamente e a Missa
dominical era a forma da família agradecer a Deus os dons que dEle recebia. Com
frequência Carolina reunia vizinhos e parentes, especialmente as crianças, e
liam as Sagradas Escrituras sob uma pereira próximo de sua casa. Ela gostava de
rezar o Rosário usando o terço que sua mãe lhe dera. Devido às suas orações,
ela geralmente dormia menos do que precisava. “Durante o dia ela sempre sussurrava as palavras ‘Ave Maria’, pois,
como ela mesma dizia, estas palavras faziam-na ‘sentir uma grande alegria no
coração’”.
Ela rezava
o Rosário constantemente e mesmo no seu trajeto para ir a igreja assistir à
Missa; além da Missa dominical, ela a assistia também durante a semana. O tio
de Carolina, Franciszek Borzecki, era uma inspiração para sua fé.
Ela o auxiliava na biblioteca e na organização de outras coisas na paróquia;
também ensinava catecismo para seus irmãozinhos e para as crianças da
vizinhança. Desde a adolescência ela era dirigida pelo Padre Ladislao
Mendrala, que a acompanhava na sua ativa vida no núcleo paroquial da aldeia.
Com o início da 1ª. Guerra Mundial (1914-1918) a
Polônia foi invadida pelo exército soviético. A situação em Tárnow era cada dia
mais difícil devido aos abusos e a brutalidade dos soldados. Em novembro de
1914 eles controlaram Wal-Ruda. Seis meses antes, no mês de maio de 1914,
Carolina recebera o sacramento da Crisma.
Na noite de
18 de novembro de 1914, um soldado bêbado irrompeu na casa da família Közka
exigindo alimento. Como não ficou satisfeito, obrigou o pai e Carolina a
acompanhá-lo para reportar a conduta da família às autoridades.
Nas
proximidades da floresta, o soldado obrigou o pai, sob as ameaças de matá-lo e
à sua família, a voltar para casa, ficando em poder de Carolina. Dois rapazes
que voltavam para casa foram testemunhas do que aconteceu em seguida. O soldado
tentou violentá-la, mas ela defendeu-se lutando com ele. Enfurecido, o homem
feriu-a várias vezes com sua baioneta. Carolina correu em direção ao pântano,
que a salvou de mais ataques, pois a caça ali era difícil para o soldado. Mas
era tarde demais para Carolina: as feridas que ele fizera causaram muita perda
de sangue. Ela morreu no pântano, mas com sua pureza intacta. Ela tinha somente
16 anos.
Dezesseis
dias depois, no dia 4 de dezembro, o seu corpo foi encontrado. Ele estava mutilado
apresentando feridas de baioneta na cabeça, pernas, costas e peito. Suas mãos
ensanguentadas demonstravam a resistência que opôs.
Toda a
aldeia compareceu ao seu enterro; Carolina foi sepultada no cemitério da
paróquia. Ela passou a ser conhecida como “a Estrela de Tárnow”. Após o seu
sepultamento, os habitantes da região vinham rezar no seu túmulo e no local de
sua morte. Seu martírio causara muita comoção nos habitantes da
região e, no dia 18 de junho de 1916, um monumento em sua memória foi construído
próximo à igreja de Zabawa, e no local do delito foi erguida uma cruz.
Em
fevereiro de 1965, o Bispo Jerzy Ablewicz submeteu à apreciação a
causa de sua beatificação e canonização (também de seu martírio). Em 10 de junho de 1987, ela
foi beatificada em Tárnow. Ao beatificá-la, João Paulo II disse: “A morte de Carolina nos diz que o corpo
humano tem um valor e uma dignidade imensa que não se pode baratear. Carolina Közka
tinha consciência desta dignidade. Consciente desta vocação, ela entregou sua
jovem vida, quando foi necessário entregá-la, para defender sua dignidade de
mulher”.
Após sua
beatificação, suas relíquias foram colocadas no altar mor e veneradas pelos
paroquianos e peregrinos. Sua casa foi transformada em um museu onde os visitantes
podem conhecer mais sobre esta corajosa jovem.
Carolina
ainda não foi canonizada, mas milagres têm sido alcançados por sua intercessão.
No 10º dia de cada mês há uma cerimônia junto às suas relíquias pedindo que ela
seja canonizada.
Conhecida
como a “Maria Goretti da Polônia”, a Beata Carolina é vista como um grande
exemplo de pureza para os jovens do 3º milênio, devido à sua humildade, coragem
e fé em Deus. Ela é patrona da juventude e dos agricultores.
Fontes: en.wikipedia.org;wiki; santiebeati.it
Etimología: Carolina, feminino e diminutivo de Carlos =
do latim Carolus, por sua vez do alto alemão antigo, Kharal,
“homem”, sentido pritivo “viril, varonil, vigoroso”.
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