Aos sete anos recebeu a
Primeira Comunhão na igreja de Santo Egídio, anexa ao convento Capuchinho do
mesmo nome.
Como muitas crianças camponesas do sul da
Itália daquela época, não frequentou a escola e sempre cresceu à sombra da casa
colonial edificada nos campos daquela zona do país. Adolescente, manifestou o
desejo de consagrar sua vida a Deus. Em contínua união com Deus,
Teresa desde jovenzinha convidava com gentileza suas companheiras a cultivar a
pureza e o amor a Deus e ao próximo. Tinha predileção pelas crianças, que
cuidava como mãe dedicada.
Como prova
de sua particular devoção à Virgem Imaculada, bem jovem Teresa cortou sua longa
e farta cabeleira e fez dela um presente a Nossa Senhora. A vida da jovem
terceira franciscana era penetrada de orações marianas tão intensas, que
poderia parecer inacreditável se se considera que ela se dedicava aos afazeres
domésticos da manhã à noite. O Rosário preenchia toda a sua jornada. Teresa
concluiu sua existência terrena repetindo a sua bela invocação: “Ó minha querida Mamãe! Só em vossa
companhia serei digna de me apresentar ao vosso Filho, ao meu belo Esposo,
Jesus!”
A "Farmácia"
de Teresa, que ela criara em sua casa com medicamentos extraídos das ervas
cultivadas por ela, estava sempre aberta. Ali ela fazia o papel de enfermeira:
lavava com água morna as lesões, com delicadeza as medicava com as poções
preparadas por ela, curava micoses, eczema, sarna, doenças que figuravam no
século XIX entre “as mais asquerosas da
espécie humana”.
Quando
tinha 18 anos, o Padre Ludovico Acernese, homem sincero e
humilde, cheio de caridade, de grande talento e de piedade seráfica, mas também
determinado em suas ações, chegou
ao convento de Santo Egídio. Este padre instituiu em Montefusco a Ordem Terceira
Franciscana.
Teresa se sentiu atraída pelo ideal
franciscano e correu registrar-se, tornando-se a primeira terceira de
Montefusco; elegeu o Padre Acernese como seu diretor e confessor. Em 15 de maio
de 1870, aos 21 anos, vestiu o hábito e no ano seguinte fez a profissão dos
votos, tomando o nome de Irmã Maria Luísa.
O Padre
Ludovico Acernese soube reconhecer nela todas as qualidades mais profundas de
sua alma, o que o fez nomeá-la primeira conselheira e depois, pela perfeição do
seu ideal franciscano, mestra de noviças.
A família
nunca apoiou seu desejo de se tornar monja, principalmente para não privar-se
da grande ajuda que era ter Teresa vivendo em casa; ela levava um estilo de
vida monacal; foi chamada popularmente "monachella santa";
estava sempre presente na Missa diária na igreja de Santo Egídio, além disso,
vivia intensamente a oração que junto a ásperas mortificações corporais
oferecia pela reparação dos escândalos. Apesar disso, sempre e em toda parte
mostrava um sorriso que atraía a todos.
Teresa
se sentia chamada a um alto e difícil apostolado: a reparação. Compreende que
deve rezar e expiar os males cometidos no mundo e desta forma se antecipou ao
que foi pedido por Nossa Senhora em Fátima aos três pastorinhos: “Muitos vão para o inferno porque não há
quem reze e se sacrifique por eles. Vós quereis vos oferecer?” Teresa havia
se oferecido pela conversão dos pecadores e sempre teve nos lábios a sua
jaculatória preferida: “Misericórdia,
Senhor, misericórdia dos pecadores!”
Hoje podemos admirar, expostos no
“Memorial Teresa Manganiello”, preparado na Casa Mãe das Irmãs Franciscanas
Imaculatinas em Pietradefusi, os instrumentos de seu suplício voluntário,
diurno e noturno, realizado no silêncio, na alegria, na ânsia apostólica de
converter os pecadores e salvar as almas.
Embora
fosse analfabeta, respondia com sabedoria inclusive a pessoas de vasta cultura;
foi a executora do Movimento Terciário Franciscano em Irpina e em Sannio, junto
com o Padre Acernese, que ante a insistência de Teresa Manganiello pelo seu
ideal religioso e falando dele com outras terceiras, planejou a fundação de uma
comunidade para elas.
Para obter uma aprovação especial, ele a mandou em
1873 a uma audiência com o Papa Pio IX, para lhe apresentar sua intenção. O
beato pontífice a abençoou e a animou a ir adiante; e quando Teresa já era
considerada como a primeira superiora da nascente Congregação de Religiosas
Terceiras Franciscanas, sua saúde começou a declinar.
Em 14 de fevereiro
de 1874, enquanto rezava na igreja teve a primeira hemoptise acompanhada
de uma grave artrite; naquela época foi uma enfermidade que atacou pessoas de
toda idade e condição social. Teresa seguiu adiante entre os altos e baixos da
enfermidade até que no verão de 1876 o mal a prostrou.
A muitos
sacerdotes e fieis que foram visitá-la presenteou sempre com seu maravilhoso
sorriso, totalmente entregue nas mãos de Deus, a quem rezava fervorosamente. Do
leite de dores Teresa deu os extremos ensinamentos com o sangue, com a palavra
e com o heroico sorriso. A quem se admirava com tanta resignação ela dizia: “O Senhor me fez a graça de sofrer por Ele e
eu devo me lamentar? Ele já sabe que eu preciso de ajuda!”
Faleceu no
dia 4 de novembro de 1876 com apenas 27 anos e foi sepultada no cemitério de
Montefusco.
Cinco anos
após sua morte, o Padre Ludovico Acernese, confiando em sua proteção
espiritual, fundou em Pietradefusi a Congregação das Monjas Franciscanas
Imaculatinas, das quais Teresa é a "Pedra angular" e a "Mãe
espiritual". Em seu patrimônio espiritual cada monja encontra ricos exemplos
e ensinamentos para uma vida de total consagração ao serviço de Deus e da Igreja.
Em 1976,
por ocasião dos cem anos de sua morte, as Monjas Franciscanas Imaculatinas
iniciaram a causa para sua beatificação, reconhecendo nela o papel fundamental na
fundação da Congregação. As atas do processo foram aprovadas pela Santa Sé em
12 de dezembro de1992. Teresa Manganiello foi beatificada em 22 de maio de
2010.
Continuam sendo
frequentes os sinais de graças, curas e favores de ordem moral e espiritual
conseguidos por sua intercessão.
Fonte: Santiebeati.it
Obrigada pela partilha, ganhei uma imagem dela de presente e já tinha uma grande admiração, agora só aumentou!
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