Na
bela cidade de Údine, Itália, nasceu Helena em 1396 (ou 1397), na família dos
Valentini, senhores de Maniago. Foi uma adolescente de boas qualidades e de
edificante espírito religioso. Muito jovem se casou, em 1414, com o nobre
Antônio Cavalcanti; o casal teve três filhos e três filhas.
Seu esposo faleceu em setembro de 1441, por causa de uma doença contraída
enquanto desempenhava uma embaixada de sua cidade em Veneza. Ela então decidiu
retirar-se do mundo e providenciou o que se fazia necessário à vida dos filhos.
Sob a influência da palavra vibrante do agostiniano Ângelo de São Severino, se
fez terceira agostiniana. Entregou-se às obras de misericórdia com sua ação e
seus bens. Antes e depois da oração, dedicava grande tempo à leitura. O
Evangelho era sua leitura preferida.
Autorizada pelo padre provincial dos
agostinianos, em 1444 fez voto de silêncio absoluto, interrompido somente por
ocasião do Natal para se entreter em breves e edificantes conversações com seus
filhos e alguns familiares.
Depois de ter emitido a profissão, até
1446, continuou a viver na casa deixada para ela pelo marido; em seguida foi
morar com a Irmã Perfeita, ela também terceira agostiniana. Amava a Ordem
Agostiniana de coração. Dando exemplo aos demais, obedecia ao Prior provincial
e aos outros superiores.
Levou sempre uma vida de penitência e de rigorosa mortificação, alimentando-se
quase que somente de pão e água, dormindo sobre um duro leito de pedras
recoberto de uma fina camada de palhas, flagelando-se continuamente e
caminhando com trinta e três pedras nos sapatos “por causa do amor que tive aos bailes e danças que no mundo frequentei
ofendendo ao meu Senhor, e pelo amor que levou o meu terno Jesus a caminhar
durante trinta e três anos no mundo por amor de mim”.
Todas as formas de penitência que ela se
impunha sempre foram inspiradas pelo duplo motivo: imitação de Nosso Senhor
Jesus Cristo e antítese de sua vida anterior. Com grande força e ânimo, numa
pequena cela na sua casa, enfrentou toda sorte de provações e somente saia para
rezar e meditar na sua querida igreja de Santa Luzia.
A sua vida de completa renúncia e de luta foi confortada por êxtases e visões
celestes, e Deus a recompensou com o dom dos milagres e do conhecimento de
coisas ocultas.
Como resultado da fratura dos fêmures, a Beata permaneceu os últimos três anos
de vida presa a seu pobre e duro leito, demonstrando uma grande serenidade e
paciência até a morte, que ocorreu no dia 23 de abril de 1458.
Foi sepultada na igreja de Santa Luzia
aonde costumava abandonar-se à contemplação, oculta no pequeno “oratório” de
madeira que mandara construir para livrar-se da admiração e curiosidade dos fiéis.
Depois de vários traslados, em 1845 os despojos da Beata encontraram um digno
local na Catedral de Údine, onde ainda hoje estão expostos à veneração pública.
Seu culto foi confirmado em 1848 pelo Beato Pio IX. A sua memória litúrgica
acontece em 23 de abril.
O espírito de penitência, a humildade, a
devoção à Paixão do Senhor, o amor à Eucaristia e o espírito de serviço ao
próximo marcaram sua vida.
Fontes:
www.santiebeati.it/
http://es.catholic.net/op/articulos/35002/elena-valentini-de-udine-beata.html#
http://augustinians.net/index.php?page=helenudine_es
Este resumo apareceu
pela 1ª vez neste blog em 22 de abril de 2013.
Údine, Itália
Em 983 a.D., Údine é mencionada pela
primeira vez, junta da doação do Castelo de Utinum pelo imperador Oto II aos
patriarcas de Aquileia, então principais senhores feudais da região. Em 1223,
com a fundação do mercado, a cidade transformou-se na mais importante para a
economia, e transformou-se também no assento dos patriarcas.
Udine, a histórica capital do Friuli
Venezia Giulia, é conhecida por sua rica história, saborosos vinhos e boa
comida. Fundada em 1220, é a maior cidade da região a 40 quilômetros da
fronteira com a Eslovênia, tendo uma linda vista para os Alpes e o Mar Adriático.
A cidade sofreu um grande terremoto em 1511 que destruiu as antigas construções, mas a reconstrução em estilo renascentista tornou Udine ainda mais maravilhosa. O patrimônio histórico e artístico de Udine está no Castelo que foi construído após o terremoto, um dos salões mais antigos do parlamento europeu.
A cidade sofreu um grande terremoto em 1511 que destruiu as antigas construções, mas a reconstrução em estilo renascentista tornou Udine ainda mais maravilhosa. O patrimônio histórico e artístico de Udine está no Castelo que foi construído após o terremoto, um dos salões mais antigos do parlamento europeu.
Em 1420, Údine foi conquistada pela
República de Veneza. Em 1511 foi o palco de uma guerra civil curta, seguida por
um terremoto e por uma epidemia. Údine remanesceu sob o controle veneziano até
1797, tendo grande importância. Depois de um curto domínio francês que seguiu,
tornou-se parte do reino de Lombardia-Veneza e por fim incluída no reino
recentemente formado, a Itália em 1866.
Durante a 1ª. Guerra Mundial, até a
derrota na Batalha de Caporetto, o alto comando italiano se estabeleceu em
Údine, que foi apelidada de "Capitale della Guerra” ("Capital da
Guerra") e "la Parigi del Fronte" ("a Paris da
Fronteira"). Depois da guerra, ela foi feita capital de uma província que
existiu durante pouco tempo (Província del Friuli) que incluía as atuais
províncias de Gorizia, de Pordenone e de Údine. Após o oito de setembro de 1943,
em que a Itália se rendeu aos aliados na 2ª. Guerra Mundial, a cidade passou à
administração direta da Alemanha, que cessou em abril de 1945.
Nenhum comentário:
Postar um comentário