No
segundo Domingo da Páscoa, a Igreja celebra a Divina Misericórdia.
E todos nós, católicos, precisamos conhecer esta iluminadora e alentadora
celebração da nossa fé em Deus Misericordioso.
No ano 2000, o Papa João Paulo II
canonizou Santa Faustina e, durante a celebração, declarou: “É importante,
então, que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus
neste segundo Domingo de Páscoa, que de agora em diante na Igreja inteira
tomará o nome de ‘Domingo da Divina Misericórdia’” (Homilia, 30 de abril
de 2000).
Esta celebração acontece no segundo
Domingo da Páscoa. Baseia-se nas revelações privadas a Santa Faustina Kowalska,
religiosa polonesa que recebeu as mensagens de Jesus sobre sua Divina
Misericórdia no povoado de Plock, na Polônia.
Entre outras coisas, esse domingo
especialíssimo oferece a possibilidade da indulgência plenária: “Para fazer
com que os fiéis vivam com piedade intensa esta celebração, o mesmo Sumo
Pontífice (João Paulo II) estabeleceu que o citado domingo seja enriquecido com
a Indulgência Plenária”, “para que os fiéis possam receber mais amplamente o
dom do conforto do Espírito Santo e desta forma alimentar uma caridade
crescente para com Deus e o próximo e, obtendo eles mesmos o perdão de Deus,
sejam por sua vez induzidos a perdoar imediatamente aos irmãos” (Decreto
da Penitenciaria Apostólica de 2002).
Esta imagem foi revelada a Santa Faustina
em 1931 e o próprio Jesus lhe pediu que a pintasse. Em seguida, explicou-lhe
seu significado e o que os fiéis alcançarão com ela. Na maioria das versões,
Jesus se mostra levantando sua mão direita em sinal de bênção e apontando com
sua mão esquerda o peito do qual fluem dois raios: um vermelho e outro branco.
“O raio pálido significa a Água que
justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas
(…) Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da
justiça de Deus” (Diário, 299).
Toda a imagem é um símbolo da caridade, do
perdão e do amor de Deus, conhecida como a “Fonte da Misericórdia”.
O Terço da Divina Misericórdia é
um conjunto de orações usadas como parte da devoção à Divina Misericórdia. Costuma-se
rezá-lo às 15h, momento da morte de Jesus, usando as contas do terço, mas com
um conjunto diferente de orações:
- Primeiramente, reza-se o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Credo.
- Nas contas da Ave-Maria, reza-se: “Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro”.
Depois, nas
contas do Pai-Nosso, diz-se: “Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e
Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, nosso Senhor Jesus
Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro”.
A imagem da Divina Misericórdia representa
Jesus no momento em que aparece aos discípulos no Cenáculo – após a
ressurreição –, quando lhes dá o poder de perdoar ou reter os pecados. Este
momento está registrado em João 20,19-31, que é a leitura do Evangelho deste
domingo.
A leitura é colocada neste dia porque
inclui a aparição ao apóstolo Tomé (quando Jesus o convida a tocar suas
chagas). Isto ocorreu no oitavo dia depois da Ressurreição (João 20,26) e, por
isso, é utilizado na liturgia oito dias depois da Páscoa.
Em João 20, 21-23, afirma-se: “Novamente,
Jesus disse: ‘A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos
envio’. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o
Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem
os não perdoardes, eles lhes serão retidos’”.
Jesus capacitou os apóstolos (e seus
sucessores no ministério) com o Espírito Santo para perdoar ou reter (não
perdoar) os pecados. Como estão facultados com o Espírito de Deus para fazer
isso, sua administração do perdão é eficaz: realmente elimina o pecado em vez
de ser um símbolo de perdão.
Jesus promete regressar em glória para
julgar o mundo no amor, como claramente diz em seu discurso do Reino nos
capítulos 13 e 25 de São Mateus. Somente no contexto de uma revelação pública
como é ensinado pelo Magistério da Igreja se pode situar as palavras da
revelação privada dada a Irmã Faustina.
“Prepararás o mundo para a minha última
vinda” (Diário, 429).
“Fala ao mundo da Minha misericórdia, que
toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para
os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo,
recorram à fonte da Minha misericórdia” (Diário, 848).
“Fala às almas desta Minha grade misericórdia,
porque está perto o dia terrível, o dia da Minha justiça” (Diário, 965).
“Prolongo-lhes o tempo da Misericórdia,
mas ai deles, se não reconhecerem o tempo da Minha visita” (Diário, 1160).
“Antes do Dia da justiça envio o dia da
misericórdia” (Diário, 1588).
“Quem não queira passar pela porta de
Minha misericórdia, tem que passar pela porta de Minha justiça” (Diário, 1146).
Fonte: Redação da
Aleteia | Abr 04, 2018 - A
partir de matéria da agência ACI
Digital
Nota: Para conhecer Santa Faustina, vide um pequeno resumo neste blog no dia 5 de outubro de 2011.
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