No
volume de Ludovico Iacobilli "Vidas
dos santos e beatos da Úmbria e daqueles cujos corpos descansam nessa província",
publicado em Foligno, em 1647, ele relata que "A família dos Gabrielli de Gubbio, que teve muitas figuras ilustres em
dignidade eclesiástica e militar, com o domínio de vários castelos, gerou a Beata
Castora. Ela era irmã de Paulo Gabrielli, bispo de Lucca. Ela era belíssima, de
uma estatura adequada, muito modesta e retraída; desprezava toda vaidade e
coisa mundana, devotíssima do Pai São Francisco de Assis e toda dedicada ao
serviço de Deus e a assistência do próximo. E somente se casou para obedecer a
seus pais".
Castora
Gabrielli se casou muitíssimo jovem com o jurista Santuccio (ou Gualtiero)
Sansoneri, Conde de S. Martino e Bassinario, no território de Sant’Angelo in
Vado (PS). Foi um casamento difícil, porque o marido a tratava asperamente.
"Empregava na oração - continua Iacobilli
- o tempo que lhe sobrava das tarefas
domésticas, particularmente na igreja de São Francisco, chamada da Terra, e
quando voltava para casa seu marido, de natureza severa e rígida, a maltratava
com palavras e atos: ela, no entanto, suportava tudo com admirável paciência por
amor de Deus”.
Castora foi uma mulher de rara piedade e
profunda caridade; criou seu filho com piedade. À morte de seu marido, com o
consentimento de seu filho Odão, ela distribuiu seus bens aos pobres e vestiu o
hábito da Ordem Terceira Franciscana, passando o resto de sua vida em
penitência e oração.
"E
com o hábito da Ordem Terceira de São Francisco - continua relatando Iacobilli
- viveu o resto de sua vida em orações,
penitências e outras obras santas; e, acima de tudo, na observância exata da
regra que ela professava; e célebre pelos muitos milagres que o Senhor Deus
operou por seu intermédio".
Ela
morreu em 14 de junho de 1391 em Macerata. Após sua morte, o filho quis transladar
o corpo da Beata Castora para a igreja de São Francisco em Sant’ Angelo in
Vado.
E a este respeito, sempre segundo Iacobilli, nos é relatado que "seu corpo está todo preservado até o presente na sacristia da referida igreja de São Francisco em Sant'Angelo in Vado, onde foi enterrado com o hábito de terceira franciscana".
E a este respeito, sempre segundo Iacobilli, nos é relatado que "seu corpo está todo preservado até o presente na sacristia da referida igreja de São Francisco em Sant'Angelo in Vado, onde foi enterrado com o hábito de terceira franciscana".
O
Padre Gregório de Urbino, que em 1675 estava vivendo naquele convento, e que havia
consultado uma antiga "Chronica Custodiae
Feretranae", testemunhou que o corpo da Beata foi exposto à veneração
dos fiéis no dia da Ascensão daquele ano.
Ainda
hoje, na igreja franciscana de Santo Ângelo, a Beata é venerada e invocada como
padroeira dos casamentos difíceis.
É
comemorada no dia da sua morte, 14 de junho.
Corpo da Beata em Sant'Angelo in Vado |
http://www.santiebeati.it/dettaglio/97593
Etimologia: Castor, de origem grega, Kástor,
derivado do radical kas: “distinguir-se” -
“o que se destaca”. Feminino de Castor, Castorina (ou Castora).
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