Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro é um título que os cristãos deram a Maria
Santíssima em homenagem e agradecimento à sua atenção constante e perpétua para
com a humanidade. Esta imagem recorda o cuidado da Virgem por Jesus, desde a
concepção até a morte, e hoje continua a proteger os seus filhos que recorrem a
Ela. A mãe nunca esquece o filho, nunca abandona os filhos. Assim é o Perpétuo
Socorro de Maria.
Um homem que ganhava a vida como
comerciante roubou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no século XV.
Sua intenção era vendê-la em Roma. Durante a travessia do Mar Mediterrâneo, uma
violenta tempestade quase fez o navio naufragar. O comerciante pegou o quadro,
pediu socorro e o mar se acalmou. Em Roma, arrependido, estando muito doente,
contou a um amigo sua história e pediu-lhe que após sua morte ele devolvesse o
ícone à uma Igreja para ser venerado pelos fiéis, e lhe disse que um dia todo o
mundo renderia homenagem a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Após a morte do comerciante, porém, seu
amigo, que não queria desagradar a esposa que havia se apegado a imagem e não
queria devolvê-la, não cumpriu com o prometido. Várias vezes Nossa Senhora lhe apareceu
pedindo para devolver sua imagem à Igreja, mas ele hesitava. Depois de sua
morte, Nossa Senhora apareceu à sua filha de seis anos lhe dizendo para colocar
o quadro em uma igreja. A mãe se assustou e a uma vizinha que zombou do
ocorrido surgiram dores tão fortes que só aliviaram quando invocou arrependida
a ajuda da Virgem e tocou o quadro. Nossa Senhora apareceu novamente para a
menina e lhe disse que a pintura devia ser colocada ou na Igreja de São João
Latrão, ou na de Santa Maria Maior. Só então que a imagem foi devolvida.
No dia 27 de março de 1499 o ícone foi
entronizado na Igreja de São Mateus, que era dirigida pelos Agostinianos,
ficando lá por mais de 300 anos.
Esquecimento e reencontro
Quando Roma foi invadida pelos os
franceses, no século XVIII, Napoleão destruiu muitas igrejas, incluindo a de
São Mateus, mas um monge agostiniano conseguiu secretamente tirar o quadro e,
mais tarde, a pintura foi colocada em uma capela agostiniana em Posterula. Ali permanecendo
esquecida por 30 anos. Mas um monge agostiniano que tinha muita devoção a Nossa
Senhora do Perpetuo Socorro, antes de morrer contou a história da imagem e da
devoção a um coroinha, que tempos depois se tornou padre Redentorista.
Os Redentoristas posteriormente
construíram a Igreja de Santo Afonso sobre as ruínas da Igreja de São Mateus e,
em suas investigações, com a ajuda do jovem padre, descobriram que antes havia
ali o milagroso quadro do Perpétuo Socorro e que estava com os Agostinianos.
Assim, o superior dos Redentoristas
solicitou ao Beato Pio IX, que a pintura lhes fosse devolvida. No começo de
1866, o Beato Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas. Na ocasião,
o papa fez a eles esta recomendação: “Fazei
com que todo o mundo conheça esta devoção”. Os Agostinianos, uma vez que
souberam da história e do desejo do Papa, de bom grado devolveram a imagem
mariana.
Os Redentoristas fizeram então muitas
cópias do ícone e as difundiram por todas as partes do mundo. Depois desta
missão recebida do papa, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro passou a ser
oficialmente a Padroeira dos Redentoristas.
O Sagrado Ícone
O
ícone célebre é venerado desde 1866 em Roma, na Igreja de Santo Afonso de
Ligório no Esquilino, dos Redentoristas, na Vila Merulana.
A tipologia da Mãe de Deus da Paixão está
presente no repertório da pintura bizantina desde, no mínimo, o século XII,
apesar de rara. No século XV, esta composição que prefigura a Paixão de Jesus,
é difundida em um grande número de ícones.
Andreas Ritzos, pintor grego do século XV,
realizou as mais belas pinturas neste tema. Por esta razão, muitos lhe atribuem
este tipo iconográfico. Na verdade, a tipologia é bizantina, e quase acadêmica
a execução do rígido panejamento das vestes; mas é certamente novo o movimento
oposto e assustado do Menino, de cujo pé lhe cai a sandália, e ainda a
comovente ternura do rosto da Mãe.
O ícone é uma variante do tipo hodigítria
cuja representação clássica é Maria em posição frontal: num braço Ela porta
Jesus que abençoa e com o outro O aponta para quem olha para o quadro, aludindo
no gesto à frase “é Ele o caminho”.
Na representação da Virgem da Paixão, os
Arcanjos Gabriel (manto lilás) e Miguel (manto verde), na parte superior, de um
lado e do outro de Maria, apresentam os instrumentos da Paixão. Um dos arcanjos
segura a cruz e os cravos que perfuraram os pés e as mãos de Jesus, e o outro a
lança e a cana com uma esponja na ponta ensopada de vinagre (João 19:29).
Ao ver estes instrumentos, o Menino se
assusta e agarra-se à Mãe, enquanto uma sandália lhe cai do pé. Sobre as
figuras estão algumas letras gregas. As letras “IC XC” são a abreviatura do
nome “Jesus Cristo” e “MP ØY” são a abreviatura de “Mãe de Deus”. As letras que
estão abaixo dos arcanjos correspondem à abreviatura de seus nomes.
Fontes:
https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-nossa-senhora-perpetuo-socorro/49/102/
https://www.acidigital.com/noticias/hoje-e-celebrada-nossa-senhora-do-perpetuo-socorro-36190
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_do_Perpétuo_Socorro
Nenhum comentário:
Postar um comentário