segunda-feira, 4 de junho de 2018

Beata Margarida Lucia Szewczyk, Fundadora - 5 de junho

   
     A Beata viveu em tempos difíceis e teve que agir muitas vezes de forma ilegal e secretamente. O que pode parecer um ato de corajosa bravura digna de cavaleiros poloneses, pode ser um obstáculo para aqueles que, em condições de conspiração, estão fazendo obras para ajudar a sociedade e devem sobreviver no tempo da ocupação. Como uma mulher sozinha pode realizar sua obra quando vivia sob a ameaça de deportação para a Sibéria? Onde ela encontrou forças para confiar no Senhor e acreditar que seu trabalho fazia sentido apesar do mundo pessimista ao seu redor?
     O sofrimento foi presente em sua vida desde o nascimento. Tendo nascido em Szepetówka (Ucrânia) em 1828, em tenra infância perdeu seus pais e foi criada por sua meia-irmã mais velha. Sentindo-se atraída pela vida religiosa, ela não podia realizar seu maior sonho, porque naquela época todos os conventos haviam sido fechados pelos russos. Aos 20 anos Lúcia tornou-se terceira da Ordem Franciscana: cuidava dos pobres, dos doentes, preparava crianças para a primeira comunhão.
     Em 1870, a fim de fortalecer sua fé e seu amor a Deus, ela fez uma peregrinação à Terra Santa. Ela seguiu a pé até Odessa, na Ucrânia, onde tomou o barco para chegar ao local desejado. Chegando em Jerusalém, ela trabalhou no Hospital São José com freiras francesas. Durante sua estadia de 3 anos na terra de Cristo, ela ofereceu sua vida a Nossa Senhora das Dores.
     De volta a Polônia, ela desejava realizar algo pelos mais fracos. A forma concreta ela encontrou quando conheceu o Padre Honório Koźmiński, graças ao qual Lúcia pode se tornar religiosa e com sua ajuda fundar de uma nova ordem.
Gravura antiga de Szepetówka
     Em 1881, Lúcia fundou a Congregação das Filhas da Bem-aventurada Virgem Maria das Dores chamada de Ordem Seráfica, tomando então o nome de Irmã Margarida (Małgorzata). Ela cuidava dos pobres em um abrigo em Varsóvia, e depois de um tempo comprou uma casa em Zakroczym.
     De acordo com relatos, ela levou duas mulheres idosas nas costas até o andar superior, para cuidar delas. Foi assim que nasceu a Congregação de Nossa Senhora das Dores. Madre Margarida não parou por aí. Novas casas nasceram e a congregação cresceu apesar da vigilância policial. O fim das inspeções foi para a congregação um sinal da Providência, que velava pela nova obra e a salvava apesar do terror que reinava.
     Outras obras da Congregação de Nossa Senhora das Dores começaram a aparecer na Galícia, para onde Madre Margarida se mudou. Ela construiu novas casas para idosos, crianças e órfãos, em condições mais favoráveis ​​do que na Polônia. Ela fundou escolas para meninas pobres, oficinas de costura, enquanto as Irmãs visitavam os doentes e trabalhavam em hospitais. As "seráficas" (este é o nome mais popular da congregação) oferecem suas intenções à Divina Providência, que nunca as desapontou.
     Após vinte anos de compromisso, Madre Margarida nomeou uma nova superiora e voltou para as terras da ocupação russa. Ela continuou a ajudar os necessitados e, no final de sua vida, ofereceu seus sofrimentos por sua intenção. Os últimos meses de sua vida transcorreram no convento de Nieszawa, cidade localizada no centro-norte da Polônia.  
     Madre Margarida deixou esta terra em 5 de junho de 1905, em Nieszawa. Uma multidão compareceu ao seu funeral.
     A "mãe dos pobres e órfãos" foi beatificada dia 9 de abril de 2013 em Cracóvia, onde, na 3 Rue Łowiecka, é atualmente a Casa Geral da Congregação por ela fundada.
     Seu processo de beatificação foi aberto na fase diocesana em 1993. A causa foi passada para a fase romana em 1996 para ser examinada pela Congregação para as Causas dos Santos. Em 20 de dezembro de 2012, o Papa Bento XVI reconheceu um milagre a ela atribuído com a finalidade de sua beatificação, que foi celebrada em 9 de junho de 2013.
     A Missa e a cerimônia de beatificação foram realizadas no Santuário da Divina Misericórdia em Lagiewniki (Cracóvia, Polônia), na presença de 20.000 fiéis, sob a presidência do Cardeal Ângelo Amato SDB, representando o Papa Francisco, e a direção do Cardeal Stanislaw Dziwisz, Arcebispo metropolitano de Cracóvia e o Arcebispo Józef Kowalczyk, Primaz da Polônia.
     Na ocasião foram beatificadas duas religiosas polonesas: Margarida Lúcia Szewczyk e Sofia Czeska Maciejowska, que na metade do século XVII fundou a Congregação das Virgens da Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria.

Aspecto da cidade de Nieszawa
http://misericordiae.net/fr/saint/bienheureuse-marguerite-lucie-szewczyk-1828-1905
www.santiebeati/it
http://reflexionchretienne.e-monsite.com/pages/vie-des-saints/juin/bse-marguerite-lucie-szewczyk-religieuse-fondatrice-fete-le-05-juin.html#Skl7RJgLytsH6hk0.99

Em 5 de junho de 2014 este blog postou um pequeno resumo sobre esta Beata.

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