Numa relação escrita em 1480 pelo Vigário Geral ao Bispo de Eichstätt,
há a menção de uma peregrinação ao túmulo da Beata feita anos anteriores e da
fundação, próximo da igreja, do Convento de Marienburg.
A mais antiga versão da vida da Beata foi escrita pela freira
agostiniana Mônica Farcket († 1636) em 1593. O culto à Beata Stilla, conforme
documentado desde 1488, se estendeu a Mônaco, Augusta, Würzburg e Nuremberg. Ainda
hoje é muito vivo na região de Abenberg, da qual é patrona.
Em 1893 foi aberto um processo informativo sobre seu culto, que foi
aprovado no dia 12 de janeiro de 1927 pelo Papa Pio XI.
De nobre ascendência
Stilla pertencia à família dos condes de Abenberg que deu muitos padres,
bispos e homens santos à Igreja. Abenberg situa-se no centro da Baviera, na
Alemanha Ocidental, próximo do rio Abens, afluente do Danúbio. Seu pai
chamava-se Zelchus Graf zu Abenberg; tinha duas irmãs, das quais não se sabe
os nomes, e dois irmãos, Adalberto e Conrado.
Em 1136, Stilla mandou construir, sobre um monte junto ao seu castelo,
uma igreja que foi consagrada e dedicada a São Pedro e São Paulo. Ela ia a essa
igreja todos os dias e foi ali, na presença de Santo Otto († 1139), Bispo de
Bamberg, que ela fez seu voto de virgindade. Segundo um documento antigo, ela
fez também doações ao convento de Heilsbrunn.
Stilla vivia como uma religiosa no castelo de seu pai, atendendo
caridosamente todos os desafortunados. Segundo a tradição, ela vivia
devotamente com outras duas virgens, provavelmente suas duas irmãs. Ela
desejava construir um mosteiro onde ela pudesse terminar os seus dias, mas a
morte prematura impediu-a de realizar seus desejos.
Seus irmãos queriam enterrá-la em Heilsbrunn, mas os cavalos que
conduziam o carro funerário não puderam puxá-lo naquela direção, voltando-se
sempre para a Igreja de São Pedro onde eles então a sepultaram. Seu sepulcro
tornou-se local de peregrinação, e, nos séculos seguintes, muitos foram os
testemunhos do culto tributado a jovem e nobre virgem de Abenberg.
Em 1884, seu túmulo foi descoberto na Igreja de São Pedro, já
mencionada, e que hoje é conhecida como de Santa Stilla. Posteriormente
encontrou-se uma pedra tumular, em parte danificada por um incêndio havido na
igreja em 1675.
Em 1897, o Bispo de Eichstätt pode estabelecer que a veneração da Beata
existia antes de 1534. As relíquias da Beata foram distribuídas entre a
Paróquia de Abenberg, a Catedral de Eichstätt e a Igreja de Santa Stilla.
O Convento de Marienburg, ocupado desde 1488 pelas Irmãs Agostinianas,
secularizado em 1805, na época napoleônica, desde 1920 é ocupado pelas Irmãs
Misericordiosas de Na. Sra. das Dores.
Nos diversos monumentos, pinturas, pedras tumulares etc., Santa Stilla
às vezes é representada como uma virgem com roupas principescas, outras vezes
como monja tendo uma igreja nas mãos ou um lírio.
Uma curta menção a Santa Stilla, reportando alguns milagres, pode ser
encontrada na Acta Sanctorum, Julho, vol. iv. O decreto confirmando
seu culto e contendo um resumo de sua vida consta da Acta Apostolicae
Sedis, vol. xix (1927), pp.
Sua festa litúrgica é dia 19 de julho, mas alguns locais da Alemanha
comemoram-na dia 21 de julho.
Martirológio Romano: No Mosteiro de
Marienburg na Franconia, Alemanha, Beata Stilla, virgem consagrada, sepultada
na igreja fundada por ela.
(Stilla significa silenciosa,
quieta)
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