Esta heroína, como também Judite, deu o nome a um dos livros das
Sagradas Escrituras. Por ocasião da morte de seus pais, foi adotada por seu tio
Mardoqueu. Ambos pertenciam à tribo de Benjamim. A família havia sido deportada
no ano 597 a.C., no tempo do rei Nabucodonosor, e Mardoqueu nascera no exílio.
Mardoqueu cuidou de Ester como se fosse a
pupila de seus olhos.
Xerxes I, conhecido com o nome de
Assuero (485-465 a.C), foi o terceiro sucessor de Ciro, rei dos persas. Ele havia repudiado sua mulher, Vasti, porque ela
recusara obedecê-lo, e procurava uma nova esposa. Por conselho de Mardoqueu,
Ester se candidatou, mantendo em segredo que era judia. E o rei a elegeu sua
esposa favorita. Para manter viva a lembrança de seu matrimônio com
Ester, concedeu indultos, distribuiu benesses e concedeu paz a todas as
províncias de seu reino.
Mardoqueu tornou-se agradável ao rei por
ter descoberto um atentado contra a sua vida e comunicado o fato à Rainha
Ester.
Mas Aman, primeiro-ministro de
Assuero, homem soberbo e cruel, impôs a seus subordinados a obrigação de
ajoelharem-se diante dele. Ora, o hebreu Mardoqueu (os hebreus tinham sido
feitos cativos pelos persas) não quis proceder dessa forma com Aman porque
julgava que esta homenagem era devida somente a Deus. Por esta razão, Aman fez
promulgar um decreto condenando à morte todos os hebreus.
Mardoqueu pediu que Ester intercedesse
junto ao rei para que a matança não acontecesse. Ester sabia que ninguém podia
ver o rei sem antes ter sido convocado pelo monarca; apresentar-se diante dele
sem ter sido chamado tinha como pena a morte.
Depois de ter se preparado com jejuns e
orações a Deus, Ester se apresentou diante do rei e o convidou para um banquete
em seus aposentos reais. Xerxes aceitou com muito gosto o convite. Durante a
recepção, na qual estava presente Aman, ele ouviu o pedido que ela lhe fazia. E
como havia prometido que atenderia qualquer pedido que ela fizesse, não pode
negar diante dos rogos de Ester: o ministro Aman foi condenado e o povo judeu
se salvou graças à intercessão da Rainha Ester.
*
O primeiro ministro Aman, que
desejou a condenação dos hebreus, representa o príncipe das trevas, o demônio.
Ester é uma pré-figura de Maria, pois pela
intercessão da Santíssima Virgem junto a seu Divino Filho o gênero humano obteve
seu resgate e todos os filhos espirituais dEla são salvos da morte eterna.
São
Boaventura proclama: “Virgem santa, verdadeira Ester, vós sois o apoio e a
consolação de todo bem”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário