segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Beata Berta, Abadessa de Cavriglia - 4 de agosto (1o. domingo de agosto)

    
     A comunidade de Cavriglia está localizada no lado direito do Rio Arno, entre as montanhas áridas que dividem o Chianti da província do Valdarno. Cavriglia, o principal castelo, está localizado em uma colina, a sua construção é estreita, áspera e mesquinha, em suma, não merece qualquer palavra para descrevê-lo. À distância de uma milha de Cavriglia, na estrada que conduz à província de Siena, se encontra o Mosteiro, antiga reclusão de monjas, em cuja igreja estão os restos mortais da Beata Berta, que os habitantes invocam como sua protetora e advogada. 

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     No ano 1106, Berta nascia em Vernio, na ilustre família dos Condes Cadolingi, Senhores de Borgonuovo e de Settimo, filha do Conde Lotário Alberti. Berta tinha apenas dois anos de idade quando seus pais venderam o castelo de Vernio para a Condessa Matilde e se mudaram para Florença, dedicando toda a sua atenção à educação de sua filha que, obediente aos seus ensinamentos, cresceu em idade e sabedoria diante de Deus e dos homens.
     Ela entrou muito jovem no mosteiro beneditino Vallombrosano de Santa Felicidade em Florença. Em 1131, com a idade de 25 anos, Berta fez os votos e se destacou pela grande santidade demonstrada, de modo que, em 1153, o Geral da Ordem Vallombrosana, o Beato Gualdo Gualdi, confiou-lhe a tarefa de reformar o mosteiro de Cavriglia, na província de Arezzo, no vale superior do Arno. Berta, acompanhada de suas companheiras fieis foi enviada como Abadessa do Mosteiro de Santa Maria de Mantignano, sete milhas de Florença, na Via Pisana, que dirigiu por 42 anos.
     Berta aceitou o novo posto onde a obediência a levava e empenhou-se ativamente na tarefa que lhe foi confiada, reflorescendo o mosteiro espiritual e numericamente, com uma maior observância da Regra.
     Em 1190, aos 84 anos, Berta retornou a Cavriglia e fez renascer o antigo mosteiro abandonado, onde morreu em 1197 na idade de 92 anos.
     Durante a Quaresma, Berta teve a percepção do fim de sua vida terrena; na Quinta-feira Santa participou da solene liturgia lavando os pés de suas monjas, na Sexta-feira Santa participou com grande fervor dos ritos da Cruz, e no Sábado Santo reuniu as monjas, exortou-as pela última vez a permanecerem unidas na oração e na caridade, e durante a noite morreu. A tradição conta que a Beata Berta faleceu no momento preciso da Ressurreição, isto é, entre duas e três horas do Domingo de Páscoa (6 de abril).
     Seu corpo foi enterrado no mosteiro, no século XIV desapareceu durante as guerras entre Siena e Florença, apesar de até hoje o povo de Cavriglia afirmar que se encontra sob um altar lateral da igreja paroquial.
     Desde 1773 ela é padroeira das cidades de Montano e Cavriglia; em sua honra foi construída uma obra que tinha a intenção de manter o seu culto; em 1815 se transformou em uma Congregação e em 1831 se formou outra para os sacerdotes. Estas duas Congregações ainda são prósperas e ativas e têm o mérito de perpetuar o culto da Beata Berta, cuja festa é celebrada no primeiro domingo de agosto.
 
Fonte: Santa Berta Abadessa, de D. Emiliano Lucchesi - Firenze, 1938. Com notas - Prato 1979.

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