A existência e o martírio de Afra são historicamente comprovados; o Martirológio Geronimiano lhes dá testemunho,
pois se baseia em uma notícia tomada, ao que parece, de um calendário milanês do século V (7
de agosto, com antecipação a 5 do mesmo mês).
Venâncio Fortunato visitou seu túmulo em 565 (Vita
S. Martini, IV, p. 640-643).
A vida preservada em duas versões, a primeira das quais é a mais curta e mais antiga, e a Conversio, são atribuídas ao século
VII; ambas são em grande parte lendárias.
De acordo com a vida mais antiga, Afra era uma cortesã que se converteu ao Cristianismo e foi martirizada.
De acordo com a Conversio,
o Bispo Narciso conquistou a cortesã Afra para o Cristianismo e a batizou juntamente com sua mãe, Hilária, e suas criadas. Durante a perseguição de Diocleciano, Afra foi presa e condenada
à fogueira. “Os meus pecados são
demais para agora lhes juntar este (sacrificar aos deuses). O meu martírio
servirá de batismo. Deus seja louvado por me dar esta graça”. Estas teriam
sido as palavras de Afra ao obrigarem-na a sacrificar aos deuses.
Seu martírio ocorreu em Augsburgo, na
Baviera, no ano de 304.
Nos calendários antigos de Augusta (de
1010, 1050 e
1100) Afra aparece como uma virgem. O seu corpo é venerado em Augusta, na
antiquissima Igreja dos Santos Ulrico e Afra.
Santa Hilaria, mãe de Afra,
havia consagrado a filha a Vênus, o que significava que a
destinava à prostituição. De acordo com o Conversio Sant'Afrae, converteu-se e foi batizada por Narciso. Segundo a paixão mais recente, ela enterrou o
corpo da filha, juntamente com suas
servas Degna, Eumenia e Euprepia. Recusando-se
a se afastar do túmulo de Afra
e a renunciar ao Cristianismo, foi queimada viva.
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